sábado, 16/11/2024
A pesquisa do IBGE foi realizada em todos os municípios sergipanos Foto: André Moreira

Comércio tem queda nas vendas

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Seguindo o ritmo de queda constante nas vendas, o comércio varejista de Sergipe apresentou mais um dado que caracteriza ainda mais a profundidade do quadro de crise enfrentado pelo estado no seu setor terciário. O comércio sergipano apresentou estabilidade no primeiro mês do ano de 2016, com aumento de 0,1% no volume de vendas e uma taxa de crescimento de 2,5% na receita nominal do setor em janeiro. O dado é comparativo ao mês anterior, dezembro de 2015, que também foi um mês de diminuição de vendas no comércio, com -3,6% apresentados.

No comparativo direto com o mês de janeiro de 2015, o número da retração no volume de vendas se torna ainda mais preocupante e caracteriza a completa instabilidade do setor em Sergipe. O Comércio Varejista Sergipano sofreu uma queda drástica. As lojas do comércio venderam em menor volume, com uma queda de -15,9% no total comparativo ao ano passado. No comparativo ao ano anterior, a receita do Comércio Varejista sofreu retração de -4,1%, diminuindo a receita circulante no estado promovida pelo setor do varejo.

O ano de 2015 apresentou uma trajetória difícil para o comércio varejista em Sergipe e inicia o ano de 2016 com perspectivas difíceis, lamenta o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira. “O resultado de janeiro mostra que o comércio continua com dificuldades de retomar o crescimento das vendas. A conjuntura não está contribuindo: desemprego, inflação alta, inadimplência, além do crédito mais caro. Tudo isso contribuiu com a piora do ambiente para o varejo, no Brasil e em Sergipe. O fechamento de 625 lojas do comércio varejista em Sergipe, no ano passado, é mais um indicador que contribui para expectativas ruins, pelo menos no primeiro semestre de 2016”, afirmou.

Para o comércio varejista ampliado, o resultado ainda é mais desanimador. Os meses seguidos em queda no volume de vendas foram agravados com o dado de janeiro, estudado pela assessoria econômica da Fecomércio-SE. A queda no setor entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016 foi de -22,9% no volume de vendas. A receita também recuou de forma significativa. Foram -13% no total de recursos circulantes no varejo ampliado. Ou seja, o ano começa com uma dificuldade enfrentada pelo setor de comércio, tanto no varejo restrito, quanto ampliado.

O comportamento de vendas do comércio varejista restrito e do varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, em Sergipe, no período de janeiro de 2015 até janeiro deste ano, mostra que o varejo ampliado possui uma trajetória declinante desde julho do ano passado, refletindo a dinâmica do mercado de construção que atualmente apresenta redução das atividades, com queda nas vendas e demissões e de veículos com queda nas vendas. Esses dois segmentos, em particular, ainda estão com dificuldades para retomar o crescimento.

Serviços – Já o setor de Serviços completa doze meses de variação negativa no volume de negócios do setor, com a análise dos números relativos à Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, realizada pela assessoria de economia da Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio-SE), no mês de janeiro de 2016, que apresentou uma queda de -1,5% no primeiro mês do ano.

O saldo acumulado no setor em Sergipe é de -5% no volume de transações comerciais ao longo dos últimos doze meses, entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2016, o que caracteriza a situação como algo extraordinário para o ramo de atividade que manteve crescimento em toda sua história. A retração dos Serviços em Sergipe é maior que a retração sofrida pelo varejo, que também atinge o setor de forma indireta.

O quadro de desemprego pode ser ampliado com a queda do volume de negócios do setor de Serviços, devido ao fechamento de empresas que atuam na área. A receita nominal do setor elevou em 3,9% relacionada ao primeiro mês do ano passado.

A redução do poder aquisitivo da população, combinada com a variação dos preços de vários segmentos do setor de serviços, acima da inflação, podem ter contribuído para que o volume dos negócios tivesse uma dinâmica negativa ao longo de doze meses.

 

 

 

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