O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) notificou a empresa AlmaViva para que registre o serviço de enfermagem junto a instituição. A visita do conselho de fiscalização ocorreu na última sexta-feira, 26, mas só foi divulgado na tarde desta segunda-feira (29). Na dia 24, a funcionária da empresa, Bárbara Monique Soares de Souza, morreu após um mal súbito. Motivada por denúncias de que o serviço de enfermagem não funcionava aos domingos e feriados, o Coren decidiu atuar.
A fiscalização foi coordenada pela conselheira do Coren, Maria Aparecida Vieir, que detectou que o serviço de enfermagem não estava devidamente registrado, o que é obrigatório pela legislação que regulamenta a profissão. Ou seja, o serviço de enfermagem, que funciona oito horas por dia, não tem o enfermeiro responsável técnico registrado pelo Coren.
A direção do Coren está elaborando um relatório que deverá ser entregue à empresa e neste documento constará o prazo para que sejam feitas as adequações necessárias. A empresa, que tem 5.049 funcionários, tem uma enfermeira e uma técnica do trabalho.
No dia em que a funcionária Bárbara Monique morreu, os colegas dela disseram que, por ser feriado, não havia médico e enfermeira na empresa. O socorro foi prestado por uma atendente que estuda enfermagem. Naquele dia, em virtude da comoção generalizada, a AlmaViva decidiu suspender o expediente. Para essa terça-feira (30), eles estão planejando uma manifestação para se queixarem das condições de trabalho ao qual estão submetidos.
Por meio da assessoria de imprensa, a AlmaViva do Brasil esclareceu que “cumpre estritamente a NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (3.214/78)”. A empresa confirmou que na última semana recebeu a visita de representantes do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (COREN/SE) “para conhecerem as instalações e atividades da companhia, sem fim de fiscalização”.