Juliana Melo (*)
“É revoltante saber que me deixaram de fora. Às vezes penso até em não me apresentar mais aqui em Aracaju. É lamentável”, desabafa o cantor e compositor Santana Baião da Penha, que se considera o “maior representante de Luiz Gonzaga, referindo-se ao Programa Forró Caju em Casa, que substitui o Forró Caju, devido à pandemia da covid-19. Ele diz que é “fã eterno” do Rei do Baião e sonha, depois de se aposentar da Aeronáutica, ir morar em Lisboa para difundir o autêntico forró em terras lusitanas e na cidade de Colônia, Alemanha, onde tem um festival de forró. Enquanto esses sonhos não se realizam, ele segue por aqui e no dia de São Pedro fará uma live na Feira do Turista. Na verdade, essa apresentação seria no dia de São João, mas como o sanfoneiro está doente, o projeto foi adiado. O interprete do Luiz Gonzaga conversou com o Só Sergipe essa semana. Leia.
SÓ SERGIPE: Como o senhor pretende se reinventar para o São João desta terça-feira?
SANTANA BAIÃO: Nós vamos colocar ideias novas, mostrando que a nossa criatividade nordestina é muito forte. Iríamos fazer uma live de São João na Feira do Turista cantando Gonzaga, Dominguinhos e Jackson do Pandeiro. A live iria acontecer no dia de São João, mas infelizmente meu sanfoneiro não pôde mais. Então, estamos organizando tudo para uma live no São Pedro com a mesma energia e criatividade.
SS – Quais as suas expectativas para essas comemorações juninas diferenciadas?
SB: Sempre confiei na minha capacidade, então serão as melhores. Eu só estou chateado porque eu, com o o maior representante do Luiz Gonzaga (Rei do Baião) do Estado de Sergipe, fiquei fora do Forró Caju, e nesse momento também estou fora do Forró Caju em Casa. É revoltante saber que me deixaram de fora. Às vezes penso até em não me apresentar mais aqui em Aracaju. É lamentável.
SS – Quantos eventos do Forro Caju o senhor já participou?
SB – Participei de seis eventos do Forró Caju.
SS – Você tem outas atividades profissionais?
SB – Sou militar da Força Aérea Brasileira (FAB), sou sargento paraquedista.
SS – Quando começou a sua admiração pelo Rei do Baião?
SB – Desde criança ouvia meu pai cantando as canções de Luiz Gonzaga em Penedo, Alagoas que foi onde nasci. Eu cresci vendo meu pai que é meu maior ídolo, recitando e cantando Luiz Gonzaga. Eu cresci nesse contexto musical, é uma admiração que vem de berço.
SS – O senhor é pesquisador do Luiz Gonzaga, no que consiste a sua pesquisa sobre ele ?
SB – Todo forrozeiro que quer crescer na área da verdadeira cultura nordestina tem que pesquisar Luiz Gonzaga, porque ele é a raiz da nossa cultura. Quando eu comecei a pesquisar esse grande gênio, eu vi a necessidade de representá-lo, então coloquei o gibão e o chapéu de couro para mostrar não só os sergipanos, mas aos turistas que aqui chegam na nossa capital.
SS –O senhor se considera um cover dele?
SB – Sim, em 2012 eu lancei o meu primeiro CD cantando o centenário de Luiz Gonzaga.
SS – Qual o seu maior desejo como cantor de forró?.
SB – Levar a nossa cultura a todos os lugares do mundo, inclusive em países da Europa, como Portugal, França, Itália, Alemanha, onde acontece o maior festival de forró pé de serra da Europa, na cidade Colônia. E meu sonho é ir morar em Lisboa.
Agora, curta um pouco de Santana Baião da Penha, num show no Teatro Atheneu, em 2016.
(*) Estagiária sob a supervisão do jornalista Antônio Carlos Garcia
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