Desde o início da pandemia em Sergipe, quando o governador Belivaldo Chagas emitiu o primeiro decreto de isolamento social, as festas foram proibidas e os cerimonialistas, profissionais responsáveis pela organização de eventos, estão sem nenhuma atividade. “São 100 dias sem nenhum evento”, lamenta o cerimonialista Vailton Linhares que quer, neste momento, abrir um diálogo com as autoridades de saúde do Governo do Estado para discutir protocolos sanitários e se preparar para o retorno das atividades.
Como os cerimonialistas ainda não têm uma associação ou sindicato, eles formaram uma comissão e encaminharam um documento ao Governo do Estado solicitando uma audiência, ainda que virtual. Além do próprio Vailton, a comissão é formada, também, pelos profissionais Danny Porto, Rosane Prado, Fabi Torres, Flávia Rezende e Sidney Muniz. “Em Sergipe, somos em torno de 219 profissionais, mas há diversas pessoas que trabalham num evento e estão todos parados”, lamenta Vailton.
Ele entende que neste momento de pandemia, não se pode nem imaginar no retorno de festas, mas argumenta que precisa discutir com o governo quais os protocolos a serem implementados, quando a atividade for retomada. “Se fala que será um novo normal. Em se tratando de eventos, quais os cuidados? Quantos convidados poderão ter numa festa, todos vão usar máscaras, luvas? Na casa de eventos poderá ser usado o ar condicionado? Colocaremos uma mesa para 10 convidados? Como será, quando voltarmos a trabalhar? Como será o futuro? ”, questiona.
“Tendo essas respostas agora, faremos tudo com planejamento e quando forem liberadas as festas estaremos aptos para atendermos a todas as normas sanitárias”, reforça. Na organização de um evento de pequeno porte são envolvidos cerca de 20 fornecedores, que vai desde o buffet, decoração, fotógrafo, cinegrafista, dentre outros. “Reunimos cerca de 70 pessoas somente nessa produção. E estamos todos parados”, lamenta.
O superintendente de Comunicação do Governo do Estado, jornalista Givaldo Ricardo, disse que o diálogo com os cerimonialistas será muito importante para que sejam discutidas as medidas sanitárias necessárias quando houver a retomada dos eventos.
Uma categoria que depende de eventos para sobreviver é a dos maquiadores. Uma dessas profissionais é a maquiadora Mima Souza, dona de um ateliê, e que está sem nenhuma atividade neste momento. ‘Só vou poder trabalhar quando os eventos retornarem. Esse é o quarto mês sem atendimento e não tenho outra atividade. Há 20 anos sou maquiadora”, contou Mima.
“Aluguei um imóvel para montar o ateliê, quando começou a ter movimento tive que parar tudo. Comecei a me virar vendendo cosméticos, mas é bem difícil. Dei entrada para receber o auxílio emergencial, mas clonaram meus dados, a Caixa Econômica bloqueou minha conta digital e a previsão é receber em dezembro”, disse.
Antes da pandemia, ela fazia 10 a 12 produções num dia de sábado, começando às 7 da manhã e parando às 21 horas. Nos outros dias da semana, o espaço ficava reservado para ensaio fotográfico.
Mima lamentou que duas amigas fecharam as portas das empresas, por não terem condições de continuar pagando os aluguéis: uma de aluguel de ternos e outra de aluguel de roupas femininas. “Uma amiga, que trabalha com festa infantil está com de depressão. Igual a ela existem muitos profissionais na mesma situação neste momento de dificuldade”, lamenta.
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