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Covid-19 infectou 22 bancários em Sergipe, informa sindicato; agências não abrirão na segunda, exceto Caixa

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Num universo de aproximadamente 3.600 bancários em Sergipe, 22 deles foram infectados pela covid-19, enquanto outros seis são suspeitos e todos estão afastados cumprindo isolamento domiciliar.  O levantamento é do sindicato da categoria que, desde o início da pandemia, definiu com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) um protocolo de enfrentamento da doença nas agências. Algumas das 212 agências bancárias de Sergipe foram fechadas porque funcionários foram acometidos da doença.

A presidente do sindicato, em Sergipe, Ivânia Pereira considera grave a situação dos bancários, porque todos os dias esses profissionais são afastados das funções sob suspeitas da covid-19, por suspeita ou confirmação da doença. “É muito grave, pois deveria haver condições de enfrentar esse problema sem expor tanto a categoria”, frisou.

Uma das exposições, por exemplo, é o fato dos bancários terem trabalhado hoje, no feriado antecipado pelo Governo do Estado, mas os bancos seguiram orientação da Fenaban. A presidente do sindicato protestou no Instagram, pois, em nota, ela afirmou que “passou as últimas 24 horas cobrando a adesão dos bancos à antecipação do feriado estadual de 8 de julho para hoje, 22, por parte das gestões regionais das instituições financeira e da Fenaban.

“Porém, até o final da tarde de ontem, os bancos não tinham acatado a decisão da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, que aprovou o feriado antecipado, sancionado pelo governador Belivaldo Chagas”, afirma a presidente, Ivânia Pereira. Em Sergipe, nesta sexta-feira, apenas a superintendência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) autorizou o fechamento das agências.

Agora à tarde, o Tribunal Regional do Trabalho 20ª Região acatou o pedido de antecipação de tutela de urgência, do Sindicato dos Bancários de Sergipe e expediu uma liminar determinando que os bancos públicos e privados não abram na segunda-feira,25, respeitando a antecipação do feriado estadual.  A exceção é para a Caixa que o juiz entendeu ser emergencial.  Leia aqui, na íntegra, a decisão.

Os casos

A presidente Ivânia Pereira ressalta que nestes tempos de covid-19, está ocorrendo a liberação de bancários que incluem profissionais que estejam no grupo de risco, outros estão atuando em home-office e outra parcela, nas agências, fazendo rodízio. Logo quando o Governo Federal anunciou o pagamento da primeira parcela de R$ 600 do auxílio emergencial, as filas pipocaram nas agências da Caixa, sem a população obedecer ao menor critério de distanciamento.

Mas, atualmente, esse problema (as filas) está resolvido, porque a Prefeitura de Aracaju auxiliou a Caixa para organização, chegando até a fechar algumas ruas. Com o apoio da Polícia Militar, também, as pessoas passaram a manter o distanciamento nas filas, mas anteriormente, quando um bancário ia tentar organizar as pessoas não respeitavam e alguns foram agredidos. Além dele ficar expostos a covid-19.

“Se você tira um bancário de dentro da agência para ele organizar a fila, o  risco de contaminação é altíssimo, porque com um a menos, o  tempo de espera da população  é maior”, ponderou Ivânia Pereira.

Nas cidades do interior os bancários tiveram apoio, a exemplo de Estância, com o auxílio da Guarda Municipal. “Ajudou, mas não foi suficiente”, disse Ivânia. Em Itabaiana, segundo ela, não houve nenhum apoio da prefeitura, o sindicato colocou carro de som para orientar as pessoas, mas não foi suficiente. Em Lagarto também foi colocado carro de som com o mesmo objetivo.

Depoimento  –  Doença branda e  tranquila.

O bancário aposentado e advogado, Jademir Camara, recebeu o resultado de que estava com a covid-19 no dia 13 de maio. Ele conta que no dia 2 de maio  teve uma síndrome gripal leve  e procurou o médico, mas no dia 5 teve a informação de que algumas pessoas do seu contato profissional testaram positivo para a doença. No dia 7, fez o exame PCR, considerado padrão ouro para detectar a covid-19.

A recuperação do bancário aposentado foi em isolamento domiciliar, porque, segundo ele, a doença  chegou de forma “branda e tranquila”. Ele chegou a perder o olfato e o paladar, febre interna, dor de cabeça e tosse, mas a princípio não chegou a pensar em covid-19. Como é comum ficar resfriado, principalmente, nessa época do ano, ele imaginou que fosse um problema recorrente. Mas não era.

Esses sintomas, aliado à informação de que colegas tinham testado positivo, acendeu o sinal vermelho. Jademir está curado, foi autorizado pela médica a sair de casa e fez isso dia 19, quando foi ao mercado,  tomando todos os cuidados necessários: usando máscara, luvas e usando álcool em gel para a higiene.

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Antonio Carlos Garcia

Editor do Portal Só Sergipe

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