Designers em risco? Ou em transformação?
Por Cleomir Santos (*)
A cada nova atualização das ferramentas de inteligência artificial, uma pergunta ecoa nas redes: “Essa tecnologia vai acabar com a minha profissão?”. Com a chegada de novos recursos no ChatGPT, incluindo a criação de imagens e vídeos altamente realistas, essa preocupação voltou a circular com força, especialmente entre os profissionais da área criativa — os designers.
E não é para menos. Nos últimos dias, uma polêmica tomou conta da internet com usuários gerando imagens no estilo do icônico Studio Ghibli por meio de IA. A reação de artistas e ilustradores foi imediata: muitos se sentiram desrespeitados, alegando que seus estilos — frutos de anos de estudo e prática — estavam sendo replicados em segundos por uma máquina. Mas será que a IA realmente ameaça a originalidade e a profissão dos designers? Ou estamos diante de uma nova fase da criatividade?
A questão não é apenas estética. Quando a IA replica estilos artísticos reconhecíveis, entra-se no campo da ética e dos direitos autorais. O medo de que a arte se torne “commoditizada” por meio de máquinas levanta um debate importante: o que define o valor de uma obra criativa? É o traço? O tempo investido? A intenção por trás da criação?
Apesar das polêmicas, há um ponto crucial que precisa ser discutido: a IA não cria do nada. Ela simula, interpreta, mistura e reinterpreta com base em dados e padrões já existentes. O toque humano — a ideia original, o olhar crítico, o conceito estratégico — ainda é insubstituível.
Assim como a fotografia não eliminou a pintura, a IA não precisa eliminar os designers. Ela pode, na verdade, expandir possibilidades. Ferramentas de IA podem ajudar designers a acelerar processos, testar combinações de cores e layouts, gerar referências visuais ou até realizar brainstorms mais ricos. A tecnologia não rouba criatividade; ela oferece novos caminhos para explorá-la.
O que diferencia um trabalho de IA de um feito por um designer é a intenção. O designer pensa no objetivo da peça, conhece o público-alvo, entende a cultura da marca. A IA ainda não tem esse discernimento.
Para quem trabalha com marketing, é fundamental entender esse cenário. A demanda por conteúdos visuais cresce todos os dias, e contar com a agilidade da IA pode ser uma vantagem competitiva — desde que usada com consciência. Agências e marcas que souberem equilibrar o uso da tecnologia com o talento humano sairão na frente.
É também uma oportunidade para os profissionais se “reposicionarem”: aprender a usar as novas ferramentas, dominar a curadoria, assumir papéis estratégicos e criativos que a IA não consegue replicar.
A discussão sobre IA e criatividade não é sobre fim, mas sobre evolução. As profissões não desaparecem do dia para a noite — elas se adaptam, se reinventam. Em vez de temer o futuro, os criativos podem abraçá-lo, aproveitando o que a IA oferece e reafirmando o que só eles podem entregar: emoção, significado e propósito.
A criatividade humana continua sendo a alma por trás de qualquer grande ideia. E isso, nenhuma IA é capaz de replicar.
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