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Crise afeta indústrias sergipanas

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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies), Eduardo Prado de Oliveira, disse que  a  queda  de 0.9 pontos percentuais no nível de utilização da capacidade instalada na indústria brasileira  também atinge o Estado. Ele toma como base uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada essa semana, que mostra um cenário nada animador no país, com desemprego e queda no faturamento.

No entendimento de Eduardo Prado, “os industriais já sentem há algum tempo as dificuldades vivenciadas pelo setor. A alta carga tributária, que tem sito bastante discutida pela CNI e FIES e que gera a desvalorização do produto brasileiro, é um entrave clássico e perceptível nesse período de crise”.

Na pesquisa que avalia os Indicadores das Indústrias, o resultado de uma comparação entre os meses de junho e julho deste ano apontam uma queda de 0,9 pontos percentuais no nível de utilização da capacidade instalada na indústria brasileira.

Esse dado reflete no aumento do índice de desemprego, no faturamento, que caiu 0,2% em julho, e nas horas trabalhadas, com redução de 2,3% no mesmo mês. Segundo a pesquisa, de janeiro a julho de 2015 essas horas trabalhadas já totalizam um recuo de 9,0%. Além do nível de emprego que está 6,3% menor do que o de julho de 2014.

A participação da indústria brasileira no mercado internacional também está prejudicada, é o que afirma sondagem industrial especial divulgada ontem, 2, pela CNI. “Mais da metade das empresas exportadoras do Brasil concorrem com a China em outros países (54%) e o percentual das que deixaram de exportar em função da concorrência com o país aumentou de 7% para 11%.”. A sondagem traz ainda um dado importante em relação ao mercado brasileiro, “16% das indústrias perderam participação no mercado interno em função das importações da China”.

Que a indústria tem passado por um período difícil já se sabe, mas quando indicadores reafirmam a piora do setor a situação se torna ainda mais crítica e preocupante. Esse cenário afeta não só os industriais, mas todas as camadas sociais que preenchem o Brasil e que dependem direta ou indiretamente do segmento. É uma cadeia produtiva que tem perdido força a cada dia.

Esses números enfatizam a perda da competitividade da indústria brasileira e reforçam a necessidade de medidas de incentivo urgentes, que diminuam a burocracia e ampliem a capacidade da indústria brasileira, para conter o quadro de recessão instalado no país.

 

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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