Por Silvio Farias (*)
d’Arenberg é uma das mais importantes vinícolas da Austrália, fundada em 1912 na região do McLaren Vale. A última geração de enólogos da família, representada por Chester Osborn, bisneto do fundador e premiado repetidamente como Winemaker do Ano, soube unir os conhecimentos de longa tradição da família e dos produtores australianos à tecnologia e aos equipamentos modernos. Os vinhedos são cuidados a partir do cultivo orgânico e biodinâmico, o cuidado com cada um dos vinhos é minucioso e eles consideram todos os seus vinhos como “feitos à mão”.
Localizados na região vinícola de McLaren Vale onde estão todos seus vinhedos, no sul da Austrália. Alguns de seus vinhos, no entanto, são feitos com uvas provenientes de Adelaide Hills e outras partes da zona de Fleurieu. Liderada pela quarta geração da família Osborn, sob o comando de Chester Osborn, a d’Arenberg é conhecida pelos nomes peculiares de seus vinhos e pela especialização em variedades do Vale do Ródano.
A vinícola utiliza métodos tradicionais, como o uso de prensa de cesto para vinhos tintos e brancos e a prática de não filtrar ou clarificar a maioria dos tintos, preservando seu sabor e permitindo potencial de envelhecimento.
Entre seus rótulos mais renomados está o “The Dead Arm Shiraz”, produzido a partir de vinhas infectadas por fungos. Em 2009, a d’Arenberg integrou a aliança “First Families of Wine”, que reúne vinícolas australianas de prestígio.
Além de ser reconhecida pela longevidade de seus vinhos, também é elogiada por seus rótulos mais acessíveis, que envelhecem bem e mantêm excelente qualidade mesmo após alguns anos.
A vinícola d’Arenberg, no Vale McLaren, no sul da Austrália, é uma fabulosa e gigantesca construção inspirada, acredite, no cubo de Rubik! Sim, nosso colorido “cubo mágico” foi a inspiração para os premiados arquitetos da Sarah Construction australiana construírem as instalações da vinícola. O prédio de 5 andares, que abriga exposições de arte, áreas de degustação, bares e restaurantes, foi desenhado não apenas para surpreender os visitantes, mas para ser uma obra-prima da funcionalidade.
Em termos de enoturismo, a obra, que levou mais de 8 anos para ser concluída, e que, dizem, é tão ousada que provocou polêmicas, mesmo dentro da família d’Arenberg, tornou-se, de fato, um ícone do McLaren Vale.
Chester Osborn é o autor de muita ousadia. Louco? O Willie Wonka dos vinhos? Longe disso, ele é o maior produtor de vinhos biodinâmicos da Austrália.

É a mesma uva, tem o mesmo DNA! Syrah e Shiraz são a mesma uva, o nome pode variar dependendo da região que é cultivada e do estilo de vinho produzido. Syrah é comumente usado em regiões vinícolas do Velho Mundo, como a França, no Vale do Rhône, país de origem da casta. O nome Shiraz é usado principalmente na Austrália, nome adaptado pelo país, também utilizado em países como o Chile, Brasil e Nova Zelândia.
Os vinhos produzidos no estilo australiano tendem a ser encorpados e intensamente frutados, podendo também aparecer notas terrosas e de especiarias. Barossa Valley é um local clássico de produção, contudo Hunter Valley também é uma região com grande destaque para a Shiraz. É interessante explorar diferentes vinhos feitos com a uva, para apreciar as nuances e características únicas de cada região.
Então, o que muda?
Syrah: vinhos da variedade produzidos no estilo europeu.
Shiraz: a Austrália adaptou esse nome para os vinhos feitos no país, que são muito mais concentrados e com intensos aromas frutados.