De março a setembro deste ano, o setor de transporte coletivo de Aracaju teve uma perda de mais de R$ 64 milhões, devido à pandemia da covid-19, e essa dificuldade vai se estender com o acúmulo de débitos junto a fornecedores. O balanço, nada animador, é do presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), Alberto Almeida, ao analisar os impactos econômicos que o sistema de transporte vem tendo. Ontem, Alberto concedeu uma entrevista coletiva online para apresentar o tema da reportagem geral da X edição do Prêmio Setransp de Jornalismo.
Segundo ele, o serviço não parou durante a pandemia e nem poderia parar por ser um serviço essencial. “As pessoas precisavam e precisam do transporte coletivo para fazer seus deslocamentos diários. E na quarentena, especialmente, contribuiu deslocando os agentes de serviços essenciais, como profissionais da saúde, alimentação”, destacou.
Nesse período de pandemia, Alberto ressalta que o sistema operou com capacidade dobrada, mas há o reflexo com a queda grande de receita. Para ele, “o transporte precisa de suporte e é preciso estar atento para garantir a continuidade desse serviço essencial. Por isso o Setransp junto com a SMTT está buscando formas de se viabilizar recursos para dar aporte ao setor”.
Alberto Almeida lembrou que teve uma reunião com o Sinttra (sindicato que representa os trabalhadores do sistema) e manteve o compromisso de continuar investindo na capacitação dos funcionários para as funções de motoristas ou agente comercial para venda da bilhetagem eletrônica, estimulando assim o crescimento profissional deles e a evolução do transporte em Aracaju, semelhante ao que tem acontecido em todo o Brasil. “Nosso objetivo é continuar buscando a retirada de dinheiro no ônibus, uma vez que isso irá contribuir para mais saúde, segurança e praticidade dos passageiros”, completou.