O delegado geral da Polícia Civil, Alessandro Vieira, disse agora pela manhã, 19, que policiais estão nas ruas investigando para prender o homem que matou com três tiros, o delegado Ademir da Silva Melo Júnior, 37 anos. Alessandro afirmou que é muito prematuro, neste momento, falar sobre a motivação do crime, mas garantiu que nenhuma hipótese está sendo descartada. Ele pediu ajuda a comunidade para que, se possível, dê informações através do Disque Denúncia 181, para ajudar nas investigações.
Ele afirmou que já estão sendo verificadas as imagens dos circuitos de TV dos condomínios nas proximidades onde ocorreu o crime -em frente a Alameda das Árvores, no bairro Luzia – onde Ademir residia. Como Ademir era delegado plantonista em Estância, Alessandro Vieira não acredita, a princípio, que o crime esteja relacionado a algum desbaratamento de quadrilhas, pois ele não atuava em investigações deste tipo. Mas, durante, toda a entrevista, a palavra que ele mais usou foi “prematuro”, ao ser questionado pela imprensa sobre as inúmeras possibilidades para se descobrir os motivos do homicídio.
Segundo Alessandro, foram destacados os delegados mais experientes da Polícia Civil para investigarem o crime e darem, o mais rápido possível, uma resposta à sociedade: João Eloy Menezes, do Cope, e Jonatas Evangelista, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
OAB – Já o presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol), Paulo Márcio Ramos Cruz, disse que cobraria, de forma respeitosa, o empenho da cúpula da SSP para desvendar esse crime o mais rápido possível. “Nós também estamos prestando solidariedade aos familiares do nosso colega”, completou. Ademir deixa viúva, a promotora de Justiça em Estância, Caroline Leão. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE) divulgou uma nota manifestando “profundo pesar pelo assassinato brutal e covarde do delegado Ademir da Silva e externa solidariedade à família enlutada, amigos e colegas de trabalho nesse momento de dor”.
A nota, assinada pelo presidente da OAB em Sergipe, Henri Clay Andrade, alerta que “é tempo de priorizar os recursos públicos para implantação de políticas públicas eficientes de prevenção e combate à violência”. Em virtude do assassinato, a OAB suspendeu a audiência pública que ocorreria hoje, “embora o debate em torno da segurança sejam cada vez mais necessários”. A OAB, posteriormente, informará uma nova data para o debate sobre o tema. O corpo de Ademir está sendo velado no Cemitério Colina da Saudade e o sepultamento está marcado para as 16 horas.