Será que é possível para as pessoas comuns conseguirem trocar essa realidade surreal, mas existente? Existem alternativas e propostas viáveis que permitam ter esperanças de um mundo diferente? Qual é a responsabilidade social, participação e protagonismo cidadão no exercício do poder político?
Já dissemos na edição passada que a humanidade tem enfrentado várias dificuldades e superado muitas delas. E que por mais difícil que seja a atualidade, pode e deve haver uma saída. Vivemos num planeta colapsado pelo sistema de produção ecocida, que acaba com os recursos naturais num ritmo acelerado, onde a população se comporta de forma indiferente ou incrédula ante a situação.
A contaminação ambiental é consequência do despejo de esgotos das cidades nos rios, posteriormente no mar, não só de resíduos urbanos, mas também industriais, ameaçando a existência de espécies afetadas pelo plástico, resíduos tóxicos, e tudo o que vai parar no subsolo e nas águas subterrâneas dos lixões. A emissão de gases desses locais somado à emissão de gases das indústrias, que retornam para nós através dos animais que consumimos, tanto de terra firme como do mar, contaminados, ameaçam nossa saúde.
Ao contrário disso, Alemanha, Dinamarca, entre outros países, desenvolveram uma linha empresarial de aproveitamento dos dejetos como material reutilizável, gerando negócios rentáveis. Com o tema das energias renováveis, esses países também têm um desenvolvimento extraordinário, sobretudo a Alemanha com os veículos elétricos que desejam substituir o parque automotor de combustíveis fósseis para 2030. O uso da energia solar, eólica, etc.…, também são alternativas e propostas viáveis que demonstram que as mudanças necessárias são possíveis.
A desinformação, o sistema de educação deficiente, a pressão econômica que tira o tempo de descanso em trabalhos adicionais que ajudem a compensar os orçamentos familiares, entre outros fatores, limitam as possibilidades da grande maioria de refletir sobre esses temas relevantes.
É fato que as pessoas, em sua maioria, são instruídas pela sociedade para exercer funções subordinadas, não para pensar por si mesmas. O que tem um peso ainda maior na hora de compreender porque as pessoas são tão passivas e indiferentes ante tantos abusos do poder de governantes e elites econômicas. Concluindo, somos objetos de um processo de ideologização que inibe a consciência política para tomar posições críticas sobre eventos transcendentais. Achando que é missão do outro pensar nos assuntos políticos. Não são de minha incumbência. Só me dedico a queixar-me do corrupto que são os políticos, e de castigá-los com o voto, no qual ainda existe a possibilidade de fazê-lo.
Nunca paramos para pensar: até onde tenho responsabilidades como cidadão de exigir prestação de contas? Como posso fazer para não deixar que políticos irresponsáveis e corruptos roubem o futuro de meus filhos e netos? Até onde sou cúmplice de minha própria destruição como parte ativa dos cidadãos por ignorar o que fazer?
O que é a política? Como se exercem os direitos civis? Existem exemplos ou práticas de boas ideias a serem seguidas?
Continuaremos…
(*) Poeta e artesão venezuelano. Licenciado em Educação, especializado em Desenvolvimento Cultural pela Universidade “Simón Rodríguez”, Venezuela.
** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a). Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe.
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