Por Natanael Fernandes de Souza (*)
Aqueles que nos conhecem há algum tempo sabem que costumamos dizer: “Gostaria de morrer na mesa de bar!”. Eles já sabem que lá fazemos novas amizades, reencontramos velhos amigos, observamos comportamentos alheios, fazemos nossas introspecções, novos planos e por aí vai.
Numa dessas vezes, encontramos uma pessoa conhecida por KJota, dona de uma perspcácia incomum e uma capacidade de escutar incrível (parece até que é pelo motivo de ela gostar, também, de um bar). Começamos a conversar sobre tudo e de repente, ela nos perguntou por que a defesa dos nossos pontos-de-vista eram tão carregados de paixão?
A essa altura, o bar estava para fechar e, então, concordamos em abordar o assunto numa outra ocasião e naquela mesma mesa do bar.
Sabedores que somos da nossa prolixidade, passamos uns dias pensando numa resposta curta e assertiva para não cansar os ouvidos de KJota e a estruturamos em tópicos:
Conhecimento – Para que evoluamos é necessário dominar ou mesmo utilizar todas as ferramentas que estiverem ao nosso alcance, inclusive, a badalada inteligência artificial. Agindo assim, aumentamos enormemente a nossa capacidade de abstração, por conseguinte, desenvolvemos nossa aura energética por meio da nossa religiosidade e crença em um Ser superior e desenvolvendo o nosso sistema de neurolinguística. Com esse arcabouço, contribuímos na construção de regras de convivência e ingressamos no seleto grupo do domínio pelo saber.
Verdade – Tal qual os novos estudiosos sugerem, a exemplo do documentário A Verdade Importa do BP, a busca incessante da verdade se apoia em pilares dos quais destacamos: a humildade, a sinceridade, a liberdade de pensamento e a presunção da boa-fé.
Entusiasmo – Sem dificuldades, o Google nos ensina que etimologicamente, entusiasmo vem de enthousiasmos significando literalmente ter um Deus dentro de si; desperta uma sensação de excitação, uma motivação extra em algo que nós pretendemos ou defendemos. Quem tem entusiasmo contagia e influencia todos em seu derredor positivamente, defende-se dos males à saúde mental e física, atrai bons relacionamentos interpessoais, compreende mais rapidamente o mundo alheio e, assim, alcança o seu autoaperfeiçoamento com mais facilidade e adquire outros atributos: liderança, capacidade de persuasão, positividade, comunicação eficaz, contribuição social, melhoria na tolerância, fortalecimento da conexão espiritual e uma infinidade de respostas positivas.
Paixão – É um sentimento, por excelência, ligado a relacionamentos interpessoais; é efêmero, fugaz e transitório; ninguém vive um amor sem fazer estágio no desejo e na paixão. No entanto, a paixão é o sentimento mais festejado entre nós porque ele, também, é intenso e sem máscara. Etimologicamente, significa passividade, sofrimento, o que nos autoriza a dizer que ele é um mal necessário no caminho do amor.
Com esses embasamentos, esperamos retornar ao bar para conversar com KJota, convencidos de que somos entusiastas e não apaixonados; que somos insaciáveis em buscar conhecimento para nos aproximar da verdade, pois, somente a verdade nos liberta e nos dá esperança de paz e de felicidade, porque não basta acumular conhecimentos, é necessário saber utilizá-los.