Por Luiz Thadeu Nunes e Silva (*)
Em uma disputa que parecia acirrada, foi eleito na terça-feira, 05/11, o 47° presidente norte-americano, Donald John Trump, 78 anos, que dispensa apresentações. Trump venceu nos votos no Colégio Eleitoral, fez maioria na Câmara Federal e no Senado. Foi uma vitória acachapante, e não detectada pelos institutos de pesquisas e imprensa em geral, que mostravam empate técnico até o final da corrida.
Donald Trump está de volta ao cenário político dos EUA. E para muitos isso significa um ajuste necessário após o que consideram um erro em 2020. A eleição de Joe Biden, marcada por promessas de estabilidade e retomada econômica, acabou frustrando expectativas. Dificuldades na economia, inflação crescente e uma gestão que muitos americanos julgaram ineficaz foram motivos que contribuíram para a busca de uma nova liderança. Os eleitores americanos parecem ter decidido corrigir o rumo, e para eles Trump representa esse retorno a um caminho mais forte e assertivo.
Pois bem, Donald Trump está no centro do palco mundial novamente. Fato inédito na história recente da política norte-americana. Antes de culpar os “antidemocráticos” que votaram nele, vamos aos possíveis e reais motivos dessa escolha. Em primeiro lugar, o desastre da administração do democrata Joe Biden, que, entre outros desacertos, levou a inflação a níveis não condizentes com a força da economia americana. A população norte-americana não sabia o que era inflação há 40 anos. Nos últimos vinte e cinco anos fui dezoito vezes aos EUA, e foi no governo Biden que vi inflação por lá.
Na diplomacia, Biden também levou uma surra de Xi Jinping e Vladimir Putin, com uma política externa claudicante. Ele deixa o governo como um governante fraco e senil. Em segundo lugar, a fragilidade da candidata Kamala Harris – que, diga-se, não tem nada a ver com o fato de ela ser mulher –, que não conseguiu empolgar nem a a comunidade negra nem os imigrantes, mesmo ela sendo negra e filha de mãe indiana e pai jamaicano. Impressiona como os democratas não encontraram um nome de peso para concorrer com Donald Trump. Parece que lá, como aqui, no Brasil, faltam lideranças capazes e respeitadas, que pensem o país sem radicalismos e populismos.
A vitória de Donald Trump mostra que o lema “É a economia, estúpido” continua válido nos Estados Unidos. A frase cunhada em 1992 pelo estrategista James Carville, na campanha presidencial de Bill Clinton, na disputa contra George H. W. Bush, continua atual. O bolso falou mais alto que as demais pautas de campanha. O país estava em recessão e o democrata Bill Clinton soube aproveitar o sentimento de desânimo da população, vencendo o pleito.
Este ano, já era sabido que a economia seria o principal tema da eleição. Cerca de 26% dos americanos indicavam a economia como o tema mais importante.
Quando os entrevistadores perguntavam qual dos candidatos se sairia melhor no comando da economia, 47% respondiam que seria Trump. Outros 37% falavam em Kamala.
Como vice-presidente, Kamala não teve a oportunidade de dirigir a economia americana, mas ela não conseguiu se desfazer do desempenho do presidente Joe Biden. Nos Estados Unidos, apesar de o PIB estar crescendo (2,5% ao ano) e o desemprego em queda (4%), o preço dos bens e serviços não caíram, o que faz com que muitos americanos reclamem do elevado custo de vida.
Grande parte dos eleitores culpa o o presidente Joe Biden e a sua vice-presidente, Kamala Harris, por não terem conseguido melhorar suficientemente a situação financeira dos americanos nos últimos quatro anos. No topo das razões, a inflação (apesar de os dados econômicos mostrarem melhorias significativas). Mais de 70% dos eleitores afirmam que no ano passado a inflação causou severas ou moderadas dificuldades. Uma larga fatia diz confiar mais em Trump do que em Harris para liderar a pasta da economia.
Quem votou em Trump não se importou com os processos que ele responde, nem suas decisões amalucadas do primeiro mandato; votou com o bolso, o órgão mais sensível do corpo humano.
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