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O economista Rodrigo Rocha, do Instituto Euvaldo Lodi, da Federação das Indústrias de Sergipe (Fies), disse que a economia sergipana está enfrentando um momento desafiador. Ele se refere à pesquisa da PNAD Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao revelar que em Sergipe 363 mil pessoas disseram que gostariam de trabalhar, apesar de não estarem procurando trabalho. Destas, 274 mil (ou 75,5%) não o fizeram por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade onde residiam.
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, no grupo, pessoas que estavam ocupadas, e que totalizavam 826 mil pessoas, 197 mil (23,9%) estavam afastadas do trabalho que tinham devido ao distanciamento social e 38 mil pessoas estavam afastadas do trabalho que tinham por outra razão que não o distanciamento social (férias ou licença para tratamento de saúde, por exemplo).
Das 235 mil pessoas ocupadas que estavam afastadas em maio, mais da metade (58,7% ou 138 mil) deixaram de receber remuneração. Os 41,3% restantes (97 mil pessoas) ou continuaram recebendo remuneração ou já estavam sem recebê-la.
Marcante
Para Rodrigo Rocha, todos esses números se tornam ainda mais impactantes pelo fato de o Brasil e de Sergipe terem vindo uma recuperação muito lenta da grave crise enfrentada entre 2015 e 2017, “jogando um balde de água gelada na expectativa de que finalmente este ano teríamos uma retomada mais aquecida na economia”.
“Esta pandemia da covid-19 está gerando, no mundo, graves consequências não apenas na saúde das pessoas, mas também na economia, exigindo ações, em todos os níveis de governo, que em primeiro lugar salvem as vidas. Mas que também possibilitem que as pessoas possam superar esse momento com a esperança de que a economia seja capaz de reencontrar o rumo do crescimento, gerando emprego para que as famílias possam conquistar a renda necessária ao seu bem-estar”, afirmou Rodrigo.
