Ufa! Acabou. Mais um ano que se encerra; ano difícil. 2022 foi um ano particularmente pesado. Como se não bastasse uma crise climática, temos uma pandemia, que arrefeceu mas não acabou, causada por um vírus invisível, traiçoeiro e altamente letal, que já ceifou perto de 800 mil vidas só no Brasil. E ainda uma guerra no norte da Europa entre duas nações irmãs — a Rússia invadiu a Ucrânia. Coisa impensável para tempos ditos ‘modernos’. Essa guerra desestabilizou a economia de países no mundo todo. Retomei as viagens internacionais em setembro, percorri oito países da América Central, e vi tudo caro.
Em outubro, a população do mundo ultrapassou 8 bilhões de pessoas, agravando problemas, aumentando as diferenças, explicitando a fome entre nós.
Até a longeva Rainha Elizabeth II partiu em setembro, aos 96 anos, provando que “quem não morre de novo, de velho não escapa”, dizia minha saudosa mãe Dinha.
Terminamos 2022 com um Brasil polarizado, dividido, após uma batalha sangrenta pelo poder. Os candidatos finalistas pregavam o apocalipse, caso o adversário fosse o vencedor. Até agora o mundo não acabou, oxalá não termine em 2023. Em 01/01 o vencedor será empossado como manda a Carta Magna. Em novembro nossa seleção masculina de futebol desembarcou no Qatar como favorita, passou vergonha. Muita dancinha, pouco futebol.
Otimista por opção e vocação, sonhador por formação, “os sonhos são minha matéria-prima”, acredito que é hora de trégua, de renovar os votos de dias melhores.
Mesmo com tantos perrengues, você, assim como eu, segue em frente. Coisas boas aconteceram. Lancei o livro “Das muletas fiz asas”, pela N’versos. Conclui o 4° semestre de Jornalismo. Voltei a viajar, fui matéria em destaque em quatro jornais estrangeiros.
Deus criou o tempo, os homens inventaram o calendário: dias, semanas, meses, anos. Finda mais um ano, logo mais teremos um ano novinho em folha.
Assim o tempo segue seu curso; termina um ano, começa outro para tomarmos fôlego. Assim, continuamos nossa labuta diária. “Viver é combate”, disse Gonçalves Dias.
Estaremos dentro de poucos instantes começando mais uma viagem, com o tempo previsto de 365 dias. Definam bem seu destino, e embarquem na plataforma 2023. Quem tiver na bagagem mágoas, ressentimentos, indecisões, tristezas, frustrações, pendências em geral, por gentileza, deixe-as no balcão 2022. Elas pesam muito, fazem mal para saúde, e serão um fardo no ano novinho que está a esperar-nos.
A vida é uma viagem, aproveite o percurso, tudo é tão fugaz, muda a todo instante.
Os passageiros que portarem sorrisos nos lábios, coração aberto, capacidade de amar, visão de futuro, olhar voltado para o belo, mãos aptas a construir coisas novas e edificantes, terão assentos preferenciais ao lado da janela da felicidade.
Solicitamos a todos que apertem o cinto da esperança e recomendamos que ninguém, em hipótese nenhuma, utilize a saída de emergência durante a viagem.
Caso haja turbulência – com certeza haverá – mantenham a calma e a confiança no piloto da aeronave, o Senhor Deus, senhor de todas as coisas. Ele sabe tudo e conhece cada um de nós, por isso estará ao lado de cada passageiro.
“Gostaria de lhe desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente… então, desejo apenas que você tenha muitos desejos. “Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto, rumo à sua felicidade”, contou Carlos Drummond de Andrade.
A todos, uma excelente viagem, lembrando que o ano de 2023 é o primeiro ano do restante de nossas vidas. Aproveitem cada momento, inclusive os ruins que servem de aprendizado. Não esqueçam que a vida é feita de escolhas, escolha ser feliz em 2023. “Ter problemas na vida é inevitável, deixar-se abater por eles é opcional”.
Bença pra quem é de bença, saravá pra quem for de saravá, axé pra quem for de axé, salam pra os de salam, shalom pra quem for de shalom, namastê pra quem for de namastê, beijo pra quem for de beijo, abraço pra quem for de abraço. Um cheiro nos que têm coração limpo.
Um brinde à vida, à nossa capacidade de resiliência, de adaptação aos novos dias que virão. Um brinde à 2023 com seus mistérios, conquistas e realizações.
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(*) Luiz Thadeu Nunes e Silva é engenheiro agrônomo, palestrante, cronista, escrevinhador, autor do livro “Das muletas fiz asas”. O latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes.
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