“Todos os dias é um vai e vem, a vida se repete na estação”, diz a canção Encontros e Despedidas, de Milton Nascimento e Fernando Brant, que dá margem às mais diversas interpretações, como saudade, desejo de um reencontro, migração e vida após a morte. Nessa grande estação chamada vida, muitas vezes não nos damos conta do burburinho imenso deste ato de ir e vir, que torna a nossa passagem terrena uma experiência única. Ao entrarmos e sairmos do trem inúmeras vezes, evoluímos sem parar, pois para este ato só existe o caminho de ida. É como se mergulhássemos no oceano e iniciássemos uma série de descobertas em suas profundezas, seguindo do infinito ao além.
Ontem, o trem parou na estação e levou nosso amigo e irmão Josenal Xavier de Oliveira, mestre maçom da Loja Clodomir Silva, para o Oriente Eterno. Foi aquele mesmo que o trouxe, um dia, pois, “o trem que chega é o mesmo trem da partida”. De agora em diante, com certeza, ele nos trará “notícias do mundo de lá”, pois habitará uma das “muitas moradas na casa de meu Pai” (S. João,14:1 a 3). Ele retorna à Pátria Espiritual para um novo período de aprendizagem, enquanto continuamos no plano terreno, também estudando.
É aqui neste plano, ao lado de pessoas com as mais diversas personalidades, que “venceremos nossas paixões, levantaremos templos à virtude e faremos progressos”. Enquanto nos for permitido ficar por aqui, esta será sempre a nossa senda, dando o melhor de nós. E assim, como ensina a canção, “todos os dias é um vai e vem; a vida se repete na estação”, onde encontramos pessoas que vieram e querem ficar, outras vieram só olhar e até gente que vai para nunca mais, enquanto outros estão a sorrir e a chorar. E junto com ela evoluiremos.
Como viajantes deste trem, que lições tiramos de cada encontro ou despedida? Entregamos o melhor de nós a todas as pessoas que desembarcam na estação, independente de como elas nos trataram? E ao nos despedirmos delas, o que elas levaram de nós? Ao pensar sobre isso, lembremos de uma bela frase de Chico Xavier: “Eu permito a todos serem como quiserem, e a mim como devo ser”.
Durante nossa passagem pela estação, ainda que reclamemos dos desencontros que marcaram a vida, tenhamos fé, pois “a vida é linda, ainda, que dura, sofrida, carente em qualquer continente, mas boa de se viver em qualquer lugar. Para quem tem fé, a vida nunca tem fim”, canta o Rappa, na canção Anjos.
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(*) Diretor de Jornalismo do Só Sergipe e maçom da Loja Clodomir Silva, atualmente, exercendo o cargo de secretário.
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