quinta-feira, 14/11/2024
Ilustração: Rildo Bezerra

Enfim, o STF evitou desmoronar como o WTC

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Os brasileiros começam esta segunda-feira de data emblemática – 11 de setembro –  com a notícia de que o empresário Joesley Batista e um dos seus asseclas, Ricardo Saud, estão presos por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. Os dois falastrões, que achincalharam o STF e o Ministério Público Federal (MPF) se entregaram no domingo. O ex-procurador Marcelo Miller, por enquanto, escapou da prisão. Talvez, seja  uma questão de tempo.

Do jeito que as mídias sociais são rápidas, não duvide começar esse 11 de setembro com inúmeros memes pipocando na internet sobre a prisão do empresário. Antes, os advogados de Joesley entregaram o passaporte, mas esse foi um ato simbólico, porque quem tem dinheiro, e não tem escrúpulo, pode mandar fazer um falso e dar no pé.

Ainda que a prisão seja temporária – cinco dias, prorrogáveis por mais cinco – o ministro Edson Fachin, certamente, depois de intensa reflexão com base nos autos, seguiu, também, a sugestão do colega Luiz Fux, de que Joesley trocasse o exílio nova iorquino pelo exílio na Papuda, presídio de Brasília.

E por falar em Papuda e  já sabendo que Joseley será hóspede de tal penitenciária, é bom lembrar que não faltam candidatos para fazer-lhe companhia em diversos cantos deste país. Pensando regionalmente, não faltam hóspedes para o Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) ou para a novíssima Cadeia de Areia Branca, aqui na terra de Sergipe Del Rey.

Por esse Brasil afora – e em Sergipe não é diferente – tem pessoas que, como Joesley, se acham acima da lei e que têm certeza de que não vão presas de jeito nenhum. E arrotam isso aos quatro cantos.  Confiam no que o dinheiro pode comprar. Mas, o empresário já está percebendo que isso, por enquanto,  não vale.

O curioso é que depois destes homens fortes cantarem loas, quando chegam na prisão choram feito criança. Foi assim com Joesley nesse domingo, na cela da Polícia Federal em Brasília, e foi assim com o ex-ministro Gedel Vieira Lima que, pela segunda vez ao ser preso, caiu em lágrimas. Deviam ter pensado antes e não cometer erros. Mas a ânsia pelo dinheiro e a quase certeza da impunidade falam tão alto, que eles não ligam para nada.

Hoje, quando se completam 16 anos da queda das Torres Gêmeas,  nos Estados Unidos, a atitude de Edson Fachin manteve de pé o STF. Agora, a mais alta Corte do país segue firme, evitando, assim, desmoronar como as torres gêmeas. Não pela ação de 19 terroristas  como aconteceu nos Estados Unidos – e olha que na esfera política aqui tem bem mais gente mal do que se pensa – mas caso ficasse na inércia e mantivesse o empresário livre, leve e solto, correria o risco de cometer  suicídio moral.

Felizmente, Fachin evitou essa catástrofe.

 

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