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Exposição revela a força do saber-fazer da família Santos de Jesus

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O dia a dia da família Santos de Jesus, que preserva a cultura e a memória do seu território através de gerações dedicadas ao saber-fazer das comidas à base de mandioca, é tema da exposição “Mani Oca: a casa dos Santos de Jesus”, da fotógrafa Adriana Hagenbeck, no Museu de Arte Sacra de São Cristóvão. A mostra,  que compõe a programação do 51º Festival de Artes de São Cristóvão – Fasc, será aberta dia 1º de dezembro e permanecerá até 05 de janeiro de 2024.

Na casa dos Santos de Jesus, localizada na Colônia dos Pintos, em São Cristóvão, são preparados  alguns dos quitutes mais representativos da  culinária sergipana: beiju, saroio, pé-de-moleque, beiju-molhado, mal casado, queijada e bolacha de goma, considerados patrimônios imateriais do nosso povo. Fundada por D. Maria Eulina, a matriarca da família Santos de Jesus, herdeira do saber/fazer ancestral, tem hoje nas mãos de suas filhas e netos a responsabilidade de manter a tradição de mais de 60 anos. Uma história tão saborosa quanto esses alimentos, frutos da mandioca, ou Mani Oca, como era chamada antes dos portugueses,  e considerada por historiadores como o “pão do Brasil”.

“Senti muito prazer e emoção nessa aproximação do saber-fazer tão ancestral, uma herança indígena que nos alimenta através dos tempos. Observar e registrar tanta dedicação e amor da família foi uma experiência única”, conta Adriana Hagenbeck. Os registros foram captados em várias visitas da fotógrafa  ao local de produção dos alimentos, com a curadoria de Sayonara Viana.

Em 18 fotos, além de retratar literalmente a mão na massa de pessoas que perpetuam a potência dos seus saberes tradicionais, a fotógrafa registra elementos simbólicos no preparo dos alimentos, como o forno, a peneira, as bacias.

A mostra poderá ser visitada de terça a sábado das 10 às 16h e aos domingos , das 9 às 13h. Nos dias do FASC, a exposição estará aberta em horário especial: sexta(1) e sábado(2), das 9h30 ás 18h, e no domingo(3),  das 9h30 às 17h.

Sobre a fotógrafa:

Adriana Hagenbeck é sergipana de Aracaju. Artista visual, fotógrafa e chef de cozinha, há mais de três décadas atuante na cena cultural e gastronômica da cidade.

Aluna do artista plástico Eurico Luis, aos 16 anos foi premiada no Salão dos Novos Artistas Sergipanos. O evento foi promovido pela Galeria de Arte Alvaro Santos. Estudou também desenho e pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.

Entre 2011 e 2021, comandou o Café da Gente, o espaço gastronômico e artístico do Museu da Gente Sergipana, importante marco na cultura do estado.

Atualmente é pós-graduanda em Fotografia como suporte para a imaginação.

Participou em 2022 da exposição fotográfica Territórios, realizada na Galeria de Arte J. Inácio, e em 2023 da exposição Folclore: Sergipe e suas identidades.

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