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Facebook e Instagram pagos? Meta planeja versões sem anúncios, mas com taxas

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Por Cleomir Santos (*)

 

Recentemente, a Meta, empresa por trás do Facebook e Instagram, propôs uma mudança significativa para os usuários europeus das redes sociais. A ideia é simples: pagar uma taxa mensal em troca da experiência livre de anúncios. Para aqueles que preferem manter o acesso gratuito, a alternativa seria aceitar anúncios personalizados com base em seus comportamentos online.

Essa medida surge em resposta às leis rigorosas da União Europeia (UE) que restringem a exibição de anúncios personalizados sem o consentimento prévio dos usuários. Vamos analisar detalhadamente como essa mudança poderá afetar os usuários e o que estará por vir.

 

Como Funcionaria a Cobrança:

A proposta da Meta estipula taxas mensais para o uso sem anúncios em suas plataformas. Para o Instagram, a taxa seria de US$ 14 (R$ 70,88) por mês, enquanto que para o Facebook no PC e o Instagram, a taxa subiria para US$ 17 (R$ 86,07) por mês. Essa opção seria oferecida aos usuários que optarem por não compartilhar suas atividades digitais para fins publicitários.

 

O Contexto e a Justificativa:

Executivos da Meta já apresentaram o projeto a reguladores de privacidade na Irlanda e reguladores de concorrência digital em Bruxelas (Bélgica). A empresa acredita que essa medida é uma maneira de contornar as leis da UE que exigem consentimento prévio dos usuários para anúncios personalizados. O projeto, denominado “subscription no ads” (assinatura sem anúncios), permitirá aos usuários escolher entre pagar pela experiência sem anúncios ou continuar com acesso gratuito, mas com anúncios personalizados.

 

Quanto Custaria:

Além das taxas mensais, a Meta também considera cobrar cerca de 6 € (R$ 31,80) por conta adicional. Em dispositivos móveis, o preço poderia aumentar para 13 € (R$ 68,89), levando em consideração as comissões cobradas por Apple e Google em suas respectivas lojas de aplicativos.

 

O Debate e as Implicações Futuras:

A discussão sobre essa proposta está apenas começando. Os reguladores da UE terão que analisar se ela está em conformidade com as leis existentes e se é acessível para a maioria dos usuários. Uma preocupação é se os valores cobrados pela Meta serão acessíveis para a população em geral, especialmente para aqueles que não desejam que seus dados sejam usados em anúncios personalizados.

A Meta, por sua vez, afirma acreditar em “serviços gratuitos financiados por anúncios personalizados” e que está explorando opções para cumprir as regulamentações. A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, responsável pela regulamentação de privacidade da UE para a Meta, e a Comissão Europeia ainda não se pronunciaram sobre a proposta.

É importante observar que recentemente a UE implementou a Lei dos Mercados Digitais, que exige o consentimento explícito do usuário antes de combinar seus dados entre diferentes serviços ou compartilhá-los com outras empresas. A Meta afirma que seu plano de assinatura está em conformidade com esses regulamentos.

 

Conclusão:

A ideia de pagar para usar redes sociais sem anúncios pode ser uma alternativa atraente para muitos usuários que valorizam sua privacidade online. No entanto, sua viabilidade e aceitação ainda estão em discussão. À medida que reguladores e empresas como a Meta buscam encontrar um equilíbrio entre lucratividade e privacidade do usuário, o cenário das redes sociais na Europa pode estar prestes a passar por uma transformação significativa.

 

Obrigado por ler esse artigo até o final, e por acompanhar a coluna ‘Marketing Descomplicado’.

(*)  Consultor de Marketing Digital

      Proprietário do C3 Viagens

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Cleomir Santos

(*) Consultor de Marketing Digital , idealizador do Me Ajuda Cleo – Soluções em marketing digital e proprietário da C3 Viagens, natural da cidade de Aracaju – Sergipe, amante da música, de um bom café, daquela reunião com boas companhias e apaixonado por belezas naturais e pela vida.

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