A dona de casa Amanda Alves, 19 anos, no terceiro mês de gravidez, vai mover uma ação contra a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju, por ter recebido e tomado um remédio errado que foi despachado, segundo ela, por uma faxineira da Unidade de Saúde da Família (USF) João Oliveira Sobral, no bairro Santos Dumont. A médica prescreveu ácido fólico, sulfato ferroso e paracetamol, mas a faxineira entregou Furosemida, que ela tomou por uma semana e meia, mas quando começou a perder líquido suspendeu o uso. Ela acha que na farmácia deveria ter um profissional qualificado para essa função.
O caso aconteceu no dia 28 de setembro, mas somente na semana passada é que Amanda conseguiu atendimento na Maternidade Hildete Falcão Batista para fazer uma ultrassonografia e saber a situação do bebê. Na última quinta-feira, ela foi à Defensoria Pública do Estado pedir providências e, no dia 6 de novembro, às 7 horas da manhã, ela terá uma audiência com o defensor público Gustavo Dantas Carvalho, no Fórum Gumersindo Bessa. A intenção é buscar Justiça.
“Eu percebi que tinha algo errado e fui a USF. Lá me encaminharam para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes para fazer o ultrassom. Disseram para mim que meu bebê estava bem, mas tenho medo que a criança nasça com má formação, pois tomei um remédio errado que me deram”, afirmou Amanda Alves. Ela está assustada com o risco da criança vir a ter alguma sequela.
Amanda denunciou que está sendo perseguida pela direção do posto de saúde. “A diretora não me deixa em paz e agora quer colocar a culpa num auxiliar de enfermagem, a quem eu pedi ajuda. Mas não foi ele quem me deu o remédio errado, mas a faxineira que colocaram lá. Agora, eu quero justiça e alerto as pessoas a não ficarem caladas. Se mais tarde, meu filho nascer com má formação quem vai me ajudar?”, questiona.
A Secretaria de Saúde de Aracaju informou, por meio da assessoria de imprensa, que só vai se pronunciar a respeito deste caso quando receber a notificação judicial.
De acordo com o Portal Medicinanet, “a Furosemida atravessa a barreira placentária. Portanto, não deve ser administrada durante a gravidez a menos que estritamente indicada e por curtos períodos de tempo. O tratamento durante a gravidez requer monitorização do crescimento fetal.”