quinta-feira, 14/11/2024
Torcedores na festa do Bahia, em Aracaju, hoje à tarde

Festa do Bahia reúne 300 torcedores em Aracaju

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Os torcedores do Esporte Clube da Bahia que residem em Aracaju tiveram, hoje, uma oportunidade ímpar: conhecer de perto ídolos do passado e do presente, um pouco mais sobre a história do time e se associar ao tricolor, que no dia 19 enfrenta o Sport do Recife, na Arena Fonte Nova, pela Copa Sul-Americana. Viver tudo isso, foi possível no I Encontro Bahêa em Sergipe promovido pela Embaixada Tricolor de Aracaju – conhecida como Caju de Aço – que reuniu cerca de 300 pessoas numa carreata pelas principais ruas da capital e concentração no bar Última Sessão, na avenida Beira Mar, com direito a feijoada, muita música, autógrafos e selfies com jogadores, com presidente do clube, Marcelo Santana, e com as cheerleaderes – animadoras da torcida.

Natanael  Fernandes, presidente do Caju de Aço
Natanael Fernandes, presidente do Caju de Aço

O presidente da Caju de Aço, o empresário Natanael Fernandes Souza, baiano radicado em Sergipe e apaixonado pelo tricolor, quando tomou posse, em maio deste ano, começou a formatar a ideia de fazer uma festa reunindo toda a torcida do escrete que reside em Aracaju para homenagear os jogadores Lima Sergipano, o “Canhão do Fazendão” e Gil Sergipano. Lima, que hoje trabalha na divisão de base do Bahia, assim como Gil, atualmente no México, não compareceram, apesar de terem garantido que participariam.

Essas homenagens que seriam feitas chegaram a diretoria do Bahia, que resolveu vir participar da festa. “Por causa disso, nosso desafio se tornou maior. Buscamos patrocínio, vendemos ingressos, contratamos uma banda (Bia Moraes) e estamos com sucesso”, disse Natanel, que no bar Última Sessão corria de um lado para outro para não deixar faltar nada aos torcedores.  A diretoria do Bahia veio em peso, num enorme ônibus do time.

Por volta das 11 horas, teve início uma carreata, com mais de 40 veículos, que saiu da avenida Tancredo Neves (em frente ao Tetro Tobias Barreto), seguiu pelo Parque da Sementeira, Coroa do Meio e avenida Beira Mar. “Sem a ajuda dos agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), apesar de eu ter enviado ofício pedindo apoio. Assumi o risco, e graças a Deus, saiu tudo bem”, conta Natanael.

Autógrafos – No bar, tudo era festa. O presidente do Esporte Clube Bahia, Marcelo Santana, disse que eventos como esse ajudam a aproximar mais os torcedores do time. Ele ressalta que existem torcedores do Bahia espalhados em todo o Brasil e, no caso específico de Aracaju, a distância que separa os dois Estados é muito pequena. Tem muita gente que torce pelo Bahia vivendo em Aracaju.  “Estamos começando festas como essa pelo Nordeste, mas depois vamos avançar”, disse.

Ex-jogador Beijoca dando autógrafos aos torcedores
Ex-jogador Beijoca dando autógrafos aos torcedores

Para uma interação maior entre o clube e a torcida, a direção trouxe os principais troféus conquistados ao longo de 84 anos de história que ficaram expostos e as pessoas puderam tirar fotos. Estavam presentes, também, os jogadores Beijoca, Zé Carlos e Railan que distribuíram autógrafos e tiraram selfies com os torcedores. Heptacampeão baiano na década de 70 e o 12º maior artilheiro do Bahia com 106 gols, Beijoca, hoje com 61 anos, estava muito feliz em participar da festa e ficou emocionado com o carinho dos fãs.

Zé Carlos, campeão brasileiro de 88 e artilheiro do time, também não escondia o contentamento. O lateral Railan, ex-mascote oficial do clube e bicampeão baiano 2014\2015, dançava e cantava com os torcedores. “Estou muito feliz de estar aqui”, afirmou. Além dos jogadores, o presidente do clube Marcelo posava para as selfies.

Escritor Nestor Mendes, autor do livro Nunca Mais!
Escritor Nestor Mendes, autor do livro Nunca Mais!

Mas não basta somente torcer, é importante conhecer a história do clube. E para isso, lá estava o jornalista e escritor Nestor Mendes Júnior, numa tarde de autógrafos  com o livro “Nunca mais!”, que narra “os 25 anos de luta pela liberdade no Esporte Clube Bahia”. No livro de 245 páginas, dividido em 16 capítulos, ele escreve no prólogo que “a torcida do Bahia tomou a Bastilha Tricolor. Derrotou, de uma só tacada, o despotismo, o atraso, a incompetência e a corrupção”. E nas páginas estão as histórias do ex-quase-eterno presidente do Bahia, Paulo Maracajá.

Passada toda a turbulência que o Esquadrão de Aço viveu – e que hoje faz parte da sua história – , há tempos que o Bahia está numa nova trajetória. O diretor de mercado do tricolor, Jorge Avancini, afirma que hoje quer aumentar o número de sócios e viu nessa festa que o objetivo começa a acontecer em Aracaju. No dia 23 de junho passado, houve uma festa semelhante em Feira de Santana, com mais de 400 pessoas e mais sócios chegaram.

Para ele, é importante esse trabalho porque muitas pessoas  do Nordeste preferem torcer por times do eixo Rio-São Paulo e não vibram pelos times locais. “Temos que  buscar novos torcedores aqui para fortalecer a nossa marca”, observa.

E não falta quem dê apoio para o time crescer. O empresário Paulo Júnior, baiano de Salvador, mas residente em Aracaju, participou da festa e doou R$ 800, da seguinte forma: R$ 300 para o sorteio de seis vouchers de R$ 50, para desconto em qualquer compra de passagem que for feita em sua agência – a Celebration Viagens – e mais R$ 500, o suficiente para 50 inscrições.

Três gerações de torcedores: Luiz Brandi, o filho Márcio e o neto Luiz
Três gerações de torcedores: Luiz Brandi, o filho Márcio e o neto Luiz

O empresário Luiz Brandi é torcedor do Bahia desde criança e lembra que quando tinha 16 anos assistiu, no Maracanã, à partida contra o Santos, com Pelé e Pepe, que deu ao Esquadrão de Aço, o primeiro título Campeão Brasileiro em 1959, no Maracanã. Na festa desta tarde, lá estava ele com o filho Márcio Brandi e o neto Luiz, todos unidos pelo amor ao Bahia e com o grito de guerra na garganta.

Bora, Bahêa!!!

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