O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), Eduardo Prado de Oliveira, disse que as empresas sergipanas enfrentam custos altíssimos pelo uso do gás, enquanto que no vizinho Alagoas os preços são mais competitivos. Ele lamentou a hibernação da Cerâmica Escurial, anunciada na semana passada, atribuindo ao custo do gás o motivo dessa decisão.
“Nos últimos anos, o preço da energia serviu de força contrária à expansão da indústria e da economia brasileira, dado que ele tem forte impacto sobre o custo operacional da empresa e sobre a produtividade. Em especial, o custo do gás, teve crescimento real de 1.200%, entre 2000 e 2018, enquanto que a inflação oficial, medida pelo IPCA, aumentou 209%, segundo dados da Abrace”, frisou Eduardo Prado.
Ele ressalta que a Cerâmica Escurial “transformou o Distrito Industrial de Socorro contribuindo sobremaneira para a geração de emprego e renda na região”. Embora Sergipe seja um dos três maiores produtores de gás natural do Nordeste, perdendo apenas para Maranhão e Bahia, as empresas enfrentam custos altíssimos pelo uso do gás, enquanto que em Alagoas os preços são bem mais competitivos.
A FIES entende que é primordial que o Governo do Estado se alie ao Governo Federal na busca pela reindustrialização do Brasil, através de um choque de energia barata, dado que Sergipe tem uma janela de oportunidade única, a qual poucos estados do país dispõem, com a descoberta de grandes reservas de gás a poucos quilômetros da nossa costa e a chegada da Celse, que pode comercializar o insumo que vem do Catar.
Oliveira pontua que “o caminho do equacionamento do déficit fiscal estadual não passa pela debandada de empresas, pois ao final do dia, elas contribuem para os cofres do Estado, recolhendo ICMS, criando emprego e renda, com efeitos multiplicadores diversos para toda a economia estadual”.
Desde que a Escurial anunciou a hibernação, que líderes de diversas entidades têm se pronunciado responsabilizando a Sergas pelos altos preços do gás. Ontem, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), Marcos Pinheiro, também comentou o assunto e questionou o secretário de governo, José Carlos Felizola sobre isso.
Pinheiro questionou o risco social causado pela hibernação e disse que falta um estudo mais aprofundado sobre a tributação e custo do gás. “É lamentável que a Cerâmica Sergipe tenha, neste momento, que hibernar e desempregar 200 colaboradores”, lamentou. Na verdade, com o fechamento, deixam de existir 600 empregos diretos e indiretos.
Marco Pinheiro também questionou ao secretário o custo do gás para o consumidor final, não apenas para a indústria, mas para o cidadão. “Como um botijão de gás sai por R$ 26 da Petrobras e chega por R$80 no consumidor, não é pensar no povo. Precisamos consertar isso”, afirmou.
Segundo o secretário de Estado do Governo, José Carlos Felizola, o preço do gás não depende do Governo de Sergipe e que o Estado de Sergipe é pioneiro com a chegada da Celse. “Quem tabela o gás e é abusivo para a Fafen e outras empresas é a Gaspetro”, explicou.
A capital sergipana já está em ritmo de contagem regressiva para a realização do…
Por Diego da Costa (*) ocê já parou para pensar que a maioria…
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e…
Por Sílvio Farias (*) Vinícola fundada em 1978 com o nome de Fratelli…
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades,…
Com a realização do Ironman 70.3 Itaú BBA, a maior prova de triatlo da…