O deputado estadual Francisco Gualberto (PT), vice-presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, anunciou hoje (2) que não participará da solenidade em homenagem ao vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, que será realizada durante sessão especial nesta sexta-feira, dia 4, no plenário da Alese. O parlamentar ressalta que não tem nenhuma restrição às homenagens feitas por membros da Casa, pois são legítimas. No entanto, enfatiza que tem posição política e ideológica, totalmente contrária ao atual governo federal. “Portanto, não participarei desta solenidade, mesmo sendo membro da Mesa diretora”, garante.
Gualberto utilizou uma série de questionamentos para justificar sua posição contrária à homenagem. “Fico me perguntando como é que a gente vai homenagear um vice-presidente que está fechando a Fafen em Sergipe e gerando milhares de desempregos? Qual será a justificativa para homenagear o vice-presidente que está retirando a sede da Petrobras de Sergipe? Como é que vamos homenagear um vice-presidente que não fará nada pela conclusão da obra de duplicação da BR 101 que se arrasta há anos? Fico a me perguntar como é que se homenageia alguém cuja estrutura do seu governo delibera que para Sergipe não virá nenhum centavo do governo federal, a não ser os dos repasses obrigatórios? Um vice-presidente cuja orientação para a Caixa Econômica Federal é não liberar nenhum empréstimo para Sergipe, por mais que cumpra os requisitos; e com o Banco do Brasil a mesma coisa. Ou seja, a pergunta é: nós estamos homenageando o quê, com relação ao estado de Sergipe?”, indagou o deputado.
De acordo com Francisco Gualberto, ele não encontra razões para participar de uma homenagem a um governo que trata o estado de Sergipe, assim como o Nordeste inteiro, de forma humilhante. “Mas quero fazer algumas observações: todos sabem da nossa posição em relação ao governo Bolsonaro. E num governo não existe somente a figura do presidente da República. Há toda uma equipe governamental. E nós temos certeza que desse mato não sai coelho. Aliás, desse mato do governo Bolsonaro só sai fogo. Taí o exemplo das queimadas nas florestas”, frisou. “E sobre a homenagem, não estou falando de relações pessoais. Estamos falando de relações institucionais, pois se trata de um vice-presidente da República. E a homenagem não é por outro motivo, senão o institucional”.
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