Após um ano e seis meses de suspensão das atividades ao ar livre e em espaços fechados, para o controle da disseminação do coronavírus, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), valendo-se do avanço na campanha de vacinação, que já atingiu cerca de 90% da população com, pelo menos, a primeira dose, retomou no mês de setembro uma programação cultural presencial, viabilizada a partir de um planejamento cuidadoso para a realização da Maratona Cultural, que tem fomentado um novo cenário artístico na capital.
Buscando garantir à sociedade a contrapartida do poder público em relação aos R$4,6 milhões distribuídos às mais diversas cadeias produtivas da cultura, com recursos da Lei Aldir Blanc, a Prefeitura criou um novo circuito cultural na cidade, com uma programação artística sistemática e plural.
“A maratona cultural é fruto de uma ação de planejamento, porque nós aprovamos 600 projetos da Lei Aldir Blanc em Aracaju. Já remuneramos os artistas e agora precisamos entregar à sociedade esses projetos que foram aprovados sob um trabalho rigoroso de curadoria. O nível de preocupação com a pandemia nos impediu de fazer antes. No entanto, como, de fato, os números da pandemia começaram a diminuir, por conta da vacinação, decidimos, embora mantendo todos os protocolos determinados pela OMS, fazer agora. E já é um sucesso, porque havia um desejo represado das pessoas em consumir cultura, de frequentar os ambientes, de confraternizar e desenvolver sua sociabilidade”, explica o presidente da Funcaju, Luciano Correia.
Os projetos selecionados via edital, a partir da curadoria de pareceristas, permitem a vazão da pulsante criatividade dos artistas aracajuanos e, neste momento, tomando ainda as devidas medidas de biossegurança, a fruição por um público que estava ávido por este tipo de contato com a arte local.
“A execução da Lei Aldir Blanc que a Funcaju pôs em marcha criou uma nova cena cultural aqui, não só do ponto de vista da quantidade, frequência, construção de uma calendário que vai até o final do ano e pode avançar por 2022, mas também pela qualidade. Um exemplo é o Colora, que não é uma simples intervenção aleatória em ruas e bairros da cidade, mas um projeto construído com curadoria, planejamento. É uma política de artes visuais, estética, e assim fizemos em todas as áreas”, ressalta Luciano.
De fato, na música, a Funcaju promove, por exemplo, o Festival Itinerante de Barzinhos, em uma parceria com a iniciativa privada, que, com a condição de não cobrar couvert artístico, garante aos músicos que tocam ao vivo, um dos grupos mais prejudicados por conta da pandemia, a oportunidade de voltarem a ter contato com o público.
O ganho é duplo, tanto para o artista, que recebe a verba, quanto para os bares, que conseguem atrair mais clientes. Além disso, essa iniciativa permite a manutenção de espaço para a classe artística, ao favorecer uma reabertura das atividades comerciais de forma organizada e atrativa a aracajuanos e turistas.
Quando se trata de literatura, a Aldir Blanc não apenas garantiu a publicação de livros de diferentes gêneros literários, mas, além disso, viabilizou a EditoraAju, que permanecerá com o trabalho com recursos públicos, em um legado surgido de um momento de dificuldade, em uma outra demonstração da maneira que a gestão encara as políticas públicas para cultura.
Esse mesmo planejamento tirou do papel o I Festival de Artes Cênicas de Aracaju, um pleito antigo da classe artística, que tem promovido dezenas de apresentações teatrais, circenses, de dança e musicais em uma programação executada aos fins de semana no Centro Cultural. São espetáculos selecionados para atingir públicos amplos, de crianças a idosos, feitas ao ar livre, gratuitamente.
Além de iniciar novos projetos, a Prefeitura, também valendo-se de planejamento e cuidadoso processo de curadoria, retomou projetos já tradicionais, como o Quinta Instrumental, que tem sido importantíssimo para os musicistas da capital e sucesso de público. E ainda a realização de feiras que incentivam o artesanato e as artes plásticas locais, como é o caso da Feira da Alfândega.
Todas essas diferentes iniciativas impulsionam a retomada econômica no pós-pandemia. Neste sentido, Luciano Correia explica que, em relação ao aporte que a Aldir Blanc faz nas cadeias da cultura em Aracaju, do ponto de vista econômico, “vai de encontro à nossa visão de uma cultura inserida nas lógicas da economia criativa”.
“Os recursos distribuídos são reinvestidos na economia local, na própria cadeia de cultura. Para fazer uma produção ficcional audiovisual, o escolhido no edital precisará contratar iluminador, locutor, roteirista, atores, etc, então é toda uma cadeia acessada através desses recursos. A gestão possui como meta compreender a cultura como parte da economia criativa”, destaca o presidente da Funcaju.
Essas atividades culturais, ressalta o gestor cultural do Município, também possuem um papel importante ao garantirem um calendário cultural para a cidade, com extensão até o final do ano, no verão, aumentando a capacidade de atrair turistas e consequentemente fazer a economia local gerar mais emprego e renda.
A capital sergipana já está em ritmo de contagem regressiva para a realização do…
Por Diego da Costa (*) ocê já parou para pensar que a maioria…
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e…
Por Sílvio Farias (*) Vinícola fundada em 1978 com o nome de Fratelli…
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades,…
Com a realização do Ironman 70.3 Itaú BBA, a maior prova de triatlo da…