O governador Belivaldo Chagas convocou uma reunião extraordinária para hoje, 15, a partir das 15 horas, do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais (Ctcae), com o objetivo de avaliar a situação epidemiológica do Estado, considerada grave. É possível que o governador tome medidas mais restritivas e nenhuma possibilidade está descartada. No domingo, 14, as entidades médicas de Sergipe divulgaram um comunicado sugerindo a necessidade adotar medidas restritivas totais de circulação de pessoas, norteado na experiência exitosa de outras cidades no país, a exemplo de Araraquara, no estado de São Paulo.
De acordo com as entidades médicas, tais medidas são necessárias devido “deficiência da estrutura hospitalar pública ou privada em atender toda a demanda de pacientes sintomatologia grave”. E deixou claro que a suspensão da circulação totais de pessoas é indispensável na contenção da “iminente catástrofe sanitária”.
Assinam a nota o Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), Sociedade Médica de Sergipe (Somese), Academia Sergipana de Medicina (ASM), Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (Sobrames).
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Além das entidades médicas, o Fórum Nacional dos Governadores, numa carta divulgada no dia 7 de março, sugeriu, também, que os governadores deveriam decretar um lockdown, ontem, 14, mas Belivaldo tomou apenas medidas restritivas. O fórum é capitaneado pelo governador do Piauí, Wellington Dias.
Crescimento
O número de vítimas fatais da doença cresce diariamente. Somente no domingo, foram 18 mortos. Na madrugada de hoje, por exemplo, o empresário Fernando da Huteba, e no sábado, o engenheiro químico Jose Augusto Machado, foram algumas das pessoas que morreram de Covid-19.
Além do avançado número de mortos, os hospitais não vêm tendo condições de receber pacientes. A taxa de ocupação dos leitos de UTI, tanto na rede pública, com 84,7%, como na rede particular, com 96,8%, está à beira de um colapso. Estão internados 605 pacientes.
Os Hospitais São José, Hospital Renascença (SUS) e Hospital do Coração (SUS) estão com 100% de ocupação de leitos de UTI. Na rede privada, o Hospital São Lucas está com 109,8% de ocupação; o Hospital Renascença estão com 125%; o Hospital da Unimed com 131,6%; e o Hospital do Coração está com 100%.