Na tarde-noite do domingo, 26, o Centro de Cultura e Arte J. Inácio, na orla da Atalaia, em Aracaju, se transformou em uma Torre de Babel. Universitários chineses, mexicanos, egípcios, alemães, entre outros, mostraram aos sergipanos um pouco da sua cultura e costumes na quinta edição do Global Village, promovido pela Aiesec Sergipe. Essa organização oportuniza experiências de desenvolvimento profissional diferenciado para estudantes de todos os cursos universitários. Atualmente, Sergipe abriga 44 intercambistas que trabalham em três projetos sociais: Driblando, Smarketing e Talk Aracaju.
O chileno Eduardo Delgado, 24, está em Aracaju para ensinar um pouco de espanhol para as crianças de 4 a 10 anos que fazem parte do Projeto Driblando. Estudante de Publicidade, ele diz que escolheu o Brasil, ao invés da Argentina, para trabalhar em projeto social. “Esse país tem uma cultura forte e queria conhecê-la”, frisou. Na Global Village ele se preocupava em falar sobre o seu país para os sergipanos e também aprender um pouco mais sobre a cultura local.
Pela primeira vez no Brasil, o estudante egípcio de Design Gráfico, Adhan Aboudoma, 21 anos, estava vestido a caráter, com roupa longa e turbante. Conversando em inglês, ele disse que veio trabalhar no projeto Driblando e deve ficar em Sergipe por seis semanas. Ele declarou que está adorando conhecer a cultura brasileira, em particular a sergipana.
O também egípcio Ahmed Medhot, estudante de Comunicação na Universidade do Cairo, chegou há quatro dias em Aracaju onde deve ficar por seis semanas, também, no projeto Driblando. Ahmed disse que ama o Brasil e desde pequeno jogava futebol no videogame. “Vim aqui viver novas experiências no Brasil, conhecer o jeito brasileiro de viver e quero aproveitar tudo que este país me proporcionar”, garantiu.
O italiano Alessandro Pedrette, 20 anos, estudante de Economia, está hospedado na residência de Adelson e Cristiane Ludmila Borges, cujos filhos, Guilherme e Natália, são intercambistas. “Eu queria fazer algo de diferente, por isso estou aproveitando a oportunidade que a Aiesec me proporciona”, disse Alessandro. Ele já tem cinco semanas em Aracaju e vai ficar por mais duas.
Perfil – Adelson e Cristiane já hospedaram quatro estrangeiros – três colombianos e um italiano (o Alessandro) e a única condição do casal para recebê-los é que eles tivessem a mesma faixa etária dos filhos (Guilherme e Natália). Antes dos intercambistas chegarem, é enviado um perfil deles para família que vai abriga-los e vice-versa. “É uma troca de conhecimento cultural e de idioma muito grande. Meus filhos também são intercambistas. Guilherme foi para Polônia e a Natália para o México”, contou o casal.
Ele explica que os jovens voluntários trabalham em bairros carentes da capital, mas há na entidade o intercâmbio profissional, dentro do programa Talentos Globais, onde os jovens são traines dentro de grandes empresas. Estudante de jornalismo na Universidade Federal de Sergipe (UFS), ele ainda se prepara para fazer seu primeiro intercâmbio. Sergipe já recebeu mais de 200 intercambistas e já enviou para diversos países cerca de 150 sergipanos. Se você quiser conhecer um pouco mais sobre a Aiesec, visite o www.aiesec.org.br