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“Há um livro dentro de cada um de nós”

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Neste 22 de junho faz um ano do lançamento do livro “Das muletas fiz asas”, que fiz no auditório da livraria AMEI, no São Luiz Shopping. E em setembro do mesmo ano, o livro foi lançado na livraria Martins Fontes, na av. Paulista, centro fervilhante da capital econômica do país, SP.

Tive a alegria, o prazer e a gratidão ao bom e maravilho Deus em reunir familiares e  amigos de diferentes períodos de minha vida durante o lançamento “Das muletas fiz asas”. Desde vizinhos de infância a colegas dos antigos Ginásio e Científico do Colégio Batista, além de colegas da faculdade de Agronomia e antigos mestres. Muitos amigos que a vida vem me presenteando. Ainda eram tempos caóticos, por causa dos protocolos com a Covid-19: distanciamentos, máscaras e álcool em gel. Alguns convidados não compareceram, uns com Covid-19.

O auditório da livraria AMEI ficou lotado, e tive o prazer e a honra de autografar o  primeiro livro que tirei de dentro de mim. A expressão “Tirei de dentro de mim” é da escritora ucraniana, naturalizada brasileira Clarice Lispector, que dizia “Há um livro dentro de cada um de nós, basta tirá-lo”.

“Das muletas fiz asas” nasceu das cobranças dos amigos que diziam que eu tinha de colocar em um livro as histórias que ouviam de mim e das inúmeras entrevistas que concedi para diferentes mídias, falando do acidente que sofri no interior do RN, em uma BR a caminho de Fortaleza, próximo à cidade de Assu. O livro narra os anos de convalescença, as 43 cirurgias que fui submetido, e, principalmente, minhas viagens pelo mundo. Falo de como me reinventei, após o grave acidente.

Por causa dos protocolos impostos pelo coronavírus, somente o vírus podia viajar pelo mundo todo, sem pagar passagens aéreas, passar por imigrações  ou alfândegas; fiquei recluso em casa, aproveitei para iniciar o curso de Jornalismo, estou concluindo o 5° semestre. E, também, para rebobinar as memórias, colocando-as no papel. Falo de meus pais, que já partiram, deixando saudades e ensinamentos. Dos muitos perrengues que tive de superar, sempre seguindo em frente. “Ter problemas na vida é inevitável, deixar-se abater por eles é opcional”.

Quando o livro foi lançado, tinha visitado 143 países em todos os continentes da terra; era o sul-americano mais viajado do mundo. No segundo semestre de 2022, com o arrefecimento da pandemia, retomei as viagens e visitei 8 novos países. Já pisei em 151 países, o que faz de mim, hoje, o latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida.

Luiz Thadeu na cabine do avião da Alaska Airline, ao desembarcar em Anchorage, Alasca, vindo de Honolulu, Havaí

Recentemente visitei o Havaí e o Alasca, dois estados norte-americanos além mar, e mostrei o livro “Das muletas fiz asas”, para as tripulação. E sempre que mostro o exemplar sou convidado a ser fotografado nas cabines das aeronaves. Assim sigo em minha saga e com o propósito de conhecer todos os 194 países do mundo, segundo a classificação da ONU, sediada em NY.

Escrever um livro não é das tarefas mais difíceis, o difícil é reescrevê-lo várias vezes até ficar no ponto da publicação. “Ninguém acaba um livro, se livra dele”, me disse o editor, quando trocava palavras sem concluí-lo.

Meu editor Raimundo Araujo Gama, médico e dono da editora N’versos, com sede em SP, foi fundamental para a realização do sonho desse meu primeiro livro.

Amigo dos bancos escolares, do antigo Colégio Batista, me incentivou e apoiou financeiramente para que “Das muletas fiz asas” fosse publicado.

Recentemente tive uma alegria sem tamanho. Um senhor de Curitiba leu uma entrevista minha no jornal ‘O Estado de São Paulo’, e através do meu nome me localizou pelo Instagram. Entrou em contato, e adquiriu o exemplar pela Amazon; e assim o livro literalmente criou asas. Fez rasgados elogios, o que muito me envaidece. Em um encontro social, na casa de pessoas queridas, fui apresentado aos demais como o escritor Luiz Thadeu, quando uma senhora, que não me conhecia, disse que já tinha lido o livro. Alegria enorme senti. Essas coisas não têm preço, transcende tudo aquilo que minha vã e criativa imaginação pudesse supor.

Novos livros virão. Como escrevo duas colunas semanais, que são distribuídas para 22 jornais impressos e digitais, além de blogs e Portais de diferentes cidades brasileiras, tenho material para novos livros.

Venho estimulando amigos no meu entorno para escreverem, tirarem pelo menos um livro de dentro deles, pois todos têm histórias maravilhosas para contar, histórias que só eles sabem narrar. Fui à missa de 7° dia de um notável advogado do Maranhão, e perguntei para a filha:

– Cadê o livro de memórias de teu pai?.

– Papai não escreveu um livro.

As histórias do famoso advogado se foram com ele. Alguém pode até contar uma ou outra história dele, mas jamais como ele contaria.

Por isso, caro leitor, amiga leitora, reserve um tempo, rebobine a memória, coloque suas histórias para fora e tenha a alegria e o prazer de ler e mostrar aos filhos, netos, e amigos um pouco de sua trajetória. Sua história só você sabe contar.

 

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(*) Eng. Agrônomo, palestrante, cronista e viajante: o latino americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes da Terra. E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br

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Luiz Thadeu Nunes

Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante: o homem mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes da terra. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.  Membro do IHGM, Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; ABLAC, Academia Barreirinhense de Letras, Artes e Ciências; ATHEAR, Academia Atheniense de Letras; e da AVL, Academia Vianense de Letras, membro da ABRASCI. E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br

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