O Estado de Sergipe tem o maior índice (Gini) de desigualdade de renda do país, com 0,580, em 2019; enquanto que em 2018 era de 0,575; em 2017, 0,546. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2020, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice Gini no Brasil ficou em 0,543 e no Nordeste, 0,559. Entre as capitais nordestinas, Recife tem o maior índice de Gini, com 0,612, seguido de João Pessoa, 0,592 e Aracaju, com 0,581.
O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos.
O estudo revela que, no ano passado, 989 mil pessoas viviam em situação de pobreza, sobrevivendo com R$ 436 per capita, o que corresponde a 43% da população. Nesse grupo há, ainda, os extremamente pobres que somam 283 mil – 12,3% da população, cujo os parcos rendimentos eram de até R$ 151 per capita. Esses dados foram levantados antes da pandemia da Covid-19.
No item renda domiciliar Sergipe está com R$ 970 per capita, o que coloca o estado com segundo maior rendimento domiciliar per capita do Nordeste. Quanto à capital, o valor é um pouco maior: R$ 1.758. As fontes de rendimento vêm do trabalho formal (66,3%), aposentadorias e pensões (26,1%) e outras fontes (7,6%).
Pelo menos 21% da população vive em residências com problemas estruturais, 3,7% da população com ausência de banheiro de uso exclusivo, 5,1% apresenta ônus excessivo de aluguel e em 9,9% existe a falta de documentos que comprovem a propriedade.
O número de casas sem esgotamento sanitário em Sergipe aumentou de 2018 na comparação de 2019. Eram 46,8% em 2018, e passou para 52,7% no ano passado. Pelo menos 60,9% das pessoas dizem receber água todos os dias, outros 24,9% não têm água diariamente e 14,1% não têm água de jeito nenhum.