O primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 chegou à capital sergipana em 19 de janeiro de 2021. Naquele momento, o município de Aracaju recebeu 21.878 doses de CoronoVac para imunizar, inicialmente, profissionais de saúde e idosos institucionalizados. Nesta quarta-feira, 19, um ano após o início da campanha municipal de imunização contra o coronavírus, Aracaju está com 92,82% da população acima de 12 anos imunizada com primeira dose, 85,27% com esquema vacinal completo e índice de mortalidade de 0,02%.
Os dados da vacinação atestam que as estratégias adotadas na capital foram efetivas: 72,15% da população total de Aracaju já completaram o esquema vacinal com as duas doses, índice que supera a média estadual, que registra 68,57% da população imunizada, e também da média nacional, que apresenta 67,02% da população com as duas doses.
Para o prefeito Edvaldo Nogueira, após um ano do início da campanha de vacinação contra a covid-19, é possível avaliar é possível avaliar o acerto das estratégias postas em prática para garantir a celeridade da imunização da população. “Desde que a pandemia foi deflagrada, tenho defendido que, somente com a vacinação massiva da população poderíamos vencer esse vírus e hoje isso se confirma”, frisa.
“De maneira organizada, eficiente, planejamos cada passo do nosso cronograma vacinal e conseguimos alcançar o nosso maior objetivo: entrar em 2022 com mais de 90% da nossa população aracajuana, acima de 12 anos, vacinada. Hoje, são mais de 523 mil pessoas imunizadas com a primeira dose, mais de 480 mil com a segunda e, mesmo com o avanço da variante ômicron pelo país, com casos confirmados em nossa capital, temos conseguido manter a taxa de internamento em baixa, o que demonstra a efetividade da vacinação. O trabalho foi árduo, mas nos enche de orgulho. E seguiremos firmes, focados, para vencer, o coronavírus”, pontua Edvaldo.
Eficácia da vacina
Em maio de 2021, o índice de mortalidade atingiu o pico. Naquele mês, Aracaju alcançou 20% da população vacinada com primeira dose e no qual foi possível observar a queda no índice de mortalidade com redução de 30% dos óbitos.
No final de julho, quando a capital chegou a 51% da população vacinada com primeira dose de imunizante contra covid-19 e 19% com segunda dose, a redução de óbitos foi ainda maior quando comparada com maio, chegando a 95%, o que comprova a relação direta entre crescimento de imunização e redução de mortes.
De acordo com a secretária da Saúde de Aracaju, Waneska Barboza, o trabalho desenvolvido em 2021 demonstra a relação direta entre vacina e queda de óbitos. “Encerramos o ano com índice de mortalidade zero, chegamos a passar 30 dias sem morte por covid, o que mostra a eficácia da vacina”, explica Waneska Barboza.
Estratégias
Para a vacinação contra covid-19, a Prefeitura de Aracaju estruturou diversas frentes de trabalho, a exemplo de dois drive-thrus, pontos fixos, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e ações itinerantes como vacinação nas escolas, carro da vacina e acamados. A campanha de vacinação na capital sergipana começou pelo Hospital Municipal Fernando Franco, zona Sul, quando profissionais receberam as primeiras doses do imunobiológico.
O cronograma que começou dividido por faixa etária foi sendo ampliado à medida que novas doses chegavam. Atualmente, a vacina contra covid-19 é ofertada em 44 Unidades Básicas de Saúde e no drive do parque da Sementeira, de segunda à sexta-feira.
Para atingir o maior número de aracajuanos, foram pensadas ações como vacinação itinerante, em domicílio, em instituições de longa permanência, de privação de liberdade e em situação de rua, além do viradão da vacina com ações esportivas e culturais para jovens, dois drives, parcerias com instituições privadas para sorteio de brindes.
“Com muito trabalho e dedicação, avançamos na imunização, contornando dificuldades e renovando nossas esperanças em dias melhores. Ainda temos desafios a serem superados, mas seguiremos firmes, trabalhando ao lado da ciência e sensibilizando cada cidadão sobre a importância da vacina, sobre sua eficácia na proteção individual e coletiva, que tem reduzido o número de casos graves e de óbitos”, enfatiza Waneska.
Ainda segundo a gestora, enquanto as pessoas insistirem em não tomar vacina, a população continuará em um ambiente propício para a manutenção da circulação dessa variante ômicron e também o surgimento de outras variantes.
“Quem não se vacina, não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas. Só conseguiremos voltar para a normalidade quando diminuir a circulação do vírus. A vacina não impede que o contágio acontece, mas previne formas graves da doença e óbito”, relata.
Em um ano de campanha de imunização, cerca de 700 profissionais já atuaram no programa de Imunização, nas Unidades Básicas, postos volantes, vacinação de população em situação de rua. “O momento é de gratidão a esses profissionais que se doaram e estiveram, desde o início, nessa luta, se colocando à disposição em prol da necessidade da população”, ressalta Waneska.