Entre tantas demandas e despesas diárias, cada centavo economizado faz diferença para que as contas do mês fechem sem entrar no vermelho. Nessa hora, qualquer ajuda é bem-vinda, podendo ser definitiva para que os itens essenciais de consumo sejam adquiridos sem grande aperto. Aliado nesse esforço, o Governo do Estado se junta aos trabalhadores, concedendo incentivos que já se mostraram eficazes na redução dos preços. Por causa deles, Sergipe alcançou, no mês de abril, a posição de estado com o menor valor da cesta básica entre as capitais brasileiras pesquisadas, ao custo de R$ 553,89.
Os dados fazem parte de uma pesquisa executada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e analisada pelo Observatório de Sergipe. Na publicação, Aracaju aparece à frente de outras 16 cidades brasileiras. A posição é garantida, entre outros fatores, pela redução do ICMS concedida pelo Governo de Sergipe sobre os itens da cesta básica. O estudo, portanto, demonstra na teoria o que os sergipanos já sentiram na prática: as ações da gestão causam efeito positivo sobre o que se vê na despensa das famílias.
Que o diga a cuidadora de idosos, Simone dos Anjos, residente no bairro Inácio Barbosa, em Aracaju. Todas as semanas, ela vai ao supermercado pelo menos duas vezes: uma para comprar os produtos para seu próprio sustento, e outra para adquirir os insumos que abastecem a casa onde trabalha. Segundo ela, ter o governo como parceiro é de grande proveito para quem faz e banca a feira todo mês.
“Às quintas e sextas eu vou ao mercado, e a gente sabe que os preços não estão baratos em lugar nenhum. Então, essa redução que o governo deu no imposto ajuda muito para que a gente possa comprar pelo menos o mínimo com dignidade. Tenho uma amiga na Bahia que comparou os preços de lá com os daqui, e fiz questão de dizer: aqui tá bem melhor”, diz.
O comerciante Valentim Silva é proprietário de um supermercado e trabalha no setor há 18 anos. Para ele, a iniciativa do Governo de Sergipe tem grande relevância para o consumidor. “Se o governo não abrir mão de parte do valor do imposto, a gente não tem como repassar um preço viável para quem compra. Então, acaba sendo muito importante pra todo mundo”, frisa.
Cesta
Atualmente, fazem parte da cesta básica arroz branco; feijão; leite; leite em pó; café; sal; óleo de soja; sabão em barra; manteiga; queijo coalho; requeijão; charque, farinha/fubá/flocos de milho e pescado. Em Sergipe, a partir da diferença do ICMS concedida pela gestão estadual, a carga tributária que incide sobre os produtos da cesta gira em torno de 2,1% a 3,6%. Originalmente, no entanto, a alíquota incidente varia entre 12% a 19%.
“O atacadista e o varejista compram o produto por um valor menor, abrindo espaço para que esse desconto seja repassado ao consumidor. É importante pensar que vários elementos são responsáveis pela composição dos preços, mas a iniciativa do governo faz com que o custo da cesta possa ser mais acessível. Isso é fundamental, principalmente para as pessoas com menor poder aquisitivo, que são quem mais consome os produtos da cesta”, resume a gerente de Tributação da Secretaria de Estado da Fazenda, Rosane Franco.
Ainda segundo Rosane, os preços em Aracaju são semelhantes àqueles praticados em todo o território estadual, o que faz de Sergipe um estado com um dos custos de vida mais acessíveis do Brasil. A gerente de Tributação também sublinha a importância de pedir a nota fiscal no momento das compras. “O vendedor apenas repassa o valor do imposto pago pelo contribuinte. Pedindo a nota, você garante que a tributação reduzida que o estado institui seja de fato cumprida”, alerta.