“Distribuir medicamentos sem comprovação de eficácia no combate ao vírus é uma coisa grotesca. Essa é uma medida para iludir a população”. Assim reagiu o infectologista e professor de Medicina da Universidade Tiradentes, Matheus Todt, ao comentar sobre a iniciativa do Ministério da Saúde de realizar o “Dia D” de enfrentamento à covid-19. Uma das ações seria fazer o levantamento do estoque e promover a distribuição de medicamentos do chamado kit covid-19, que contempla hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina.
Caso seja inaugurado o “Dia D” de enfrentamento à covid-19, o especialista alerta sobre o risco de uma nova onda de infecção. “Não à toa, estamos entre os três países que pior enfrentam o vírus. Estamos atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia que tomaram as mesmas medidas do Brasil. Isso mostra que o Governo, além não ter feito muita coisa, continua sem saber o que fazer e, provavelmente, vamos configurar uma segunda onda de infecção, semelhante ao que estamos vendo, por exemplo, na Europa. Infelizmente, o futuro é sombrio”, disse Todt.
Em diversas entrevistas, inclusive no Só Sergipe, Matheus Todt, sempre fez ressalvas ao uso destes medicamentos. E ele continua alertando. Segundo Todt, “a hidroxicloroquina, que tem efeitos colaterais graves, o antibiótico azitromicina, não apresentam efeito algum contra o coronavírus, e o vermifugo ivermectina mal tem estudos que comprovem eficácia. Inclusive, esses medicamentos em associação podem ocasionar toxicidade hepática”.
Outra iniciativa reside na abertura de Unidades Básicas de Saúde (UBS), no dia 3 de outubro, para passar informações sobre tratamento precoce e medicar pacientes contra o coronavírus.
“Será uma forma de aglomerar pessoas nos postos de saúde para pegar medicamentos que não têm efeito nenhum contra a doença. Além disso, pode provocar um aumento das taxas de infecção. É uma propaganda totalmente equivocada do governo com essa medida que chega a beirar o absurdo”, ressalta.
Para Todt essa seria uma forma de tentar justificar as medidas de flexibilização. “Claro que essas medidas devem ocorrer e estão ocorrendo. Inclusive há uma indicação epidemiológica que permite esse movimento, já que o Estado está com taxa de transmissão em queda. Entretanto, seria uma forma de afirmar que a estratégia de flexibilização precoce, que foi um tiro no escuro, foi uma boa medida e que esses medicamentos podem ajudar em alguma coisa. Até agora o que sabemos é que as medidas que, efetivamente, auxiliaram na redução da velocidade de transmissão e da sobrecarga do sistema de saúde foram a restrição da mobilidade urbana e isolamento social. Medidas essas que o governo combateu desde o início”, ressaltou.
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