“O surdo tem uma barreira comunicacional, mas somos tão capazes de aprender como outra pessoa qualquer”. A declaração é da aluna do curso de Manicure e Pedicure, Maria Grazielle Santos, que tem garantido o direito de aprender o conteúdo teórico da capacitação, graças à presença do instrutor intérprete de Libras do Senac há cerca de 9 anos, Lucas da Paz, em sala de aula.
A Libras foi reconhecida como língua oficial do Brasil no dia 24 de abril de 2002, pela Lei 10.436. Desde então, a cada ano, é comemorada a conquista, com o objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da Libras para a inclusão e a comunicação das pessoas surdas.
No Senac Sergipe, existem três instrutores intérpretes de Libras, um deles deficiente auditivo: Leonardo de Jesus Lima, que ensina Libras há 20 anos, sendo na última década, na instituição de ensino.
“Muitas pessoas não conhecem essa lei que estabelece a Libras como língua oficial brasileira. Em diversas situações, ao ir ao médico ou ao banco, por exemplo, existem barreiras para quem é surdo. Falta conhecimento sobre a lei. Já vencemos barreiras desde 2002, mas há muito ainda a ser feito”.
Letícia Alves também é deficiente auditiva e está inserida na mesma turma de manicure e pedicure.
“A presença do intérprete durante as aulas é fundamental para que possamos aproveitar todo o conteúdo do curso. Ele verbaliza na língua de sinais o que o instrutor do curso está falando. Quem é surdo tem o direito de ter esse acesso garantido, para o nosso desenvolvimento profissional”.
Há oito anos, Luciano Santana do Nascimento é intérprete de Libras tanto dos alunos que precisam, como também do corpo docente.
“Aprendi a Língua de Sinais para ajudar as pessoas adoentadas que visitava. Isso despertou o meu interesse pela Libras. Fiz o curso no Senac em 2011 e me especializei. Ajudar quem precisa, me traz muita alegria”.
Percebendo a deficiência que existe no atendimento às pessoas surdas na profissão que pretende seguir, a estagiária de psicologia, Flávia Faria, decidiu se inscrever no curso de Libras.
“Notei uma deficiência tanto no estágio quanto na graduação de psicologia. Então, procurei cursos com referência e resolvi fazer o Senac. Sei que sabendo a Língua de Sinais poderei ajudar esse público que precisa”.
“É de vital importância o surdo poder se capacitar, pois o que ele quer é trabalhar, seguir carreira como qualquer outra pessoa, na área que desejar”, enfatizou Letícia Alves, cuja colega Maria Graziella complementou: “Temos o direito de ter uma profissão rentável e ter esse respeito aqui no Senac, com um intérprete nos acompanhado nos cursos, nos garante que podemos ampliar nossa visão profissional”.
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