Em Aracaju as hospitalizações de pessoas infectadas pelo vírus subiram 65% Foto: Cleverton Ribeiro\MTur
Quase um ano após a confirmação do primeiro caso de infecção pelo novo coronavírus em Sergipe, o aumento de internações por causa do avanço da contaminação voltou a elevar a pressão para a ampliação de leitos hospitalares para pacientes com a doença, a fim de evitar o colapso do sistema de saúde.
Em Aracaju, nas três últimas semanas epidemiológicas, entre os dias 15 de fevereiro e 6 de março, as hospitalizações de pessoas infectadas pelo vírus subiram 65%. Neste mesmo período, as internações em leitos de enfermaria aumentaram 55% na capital. Já a demanda por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) cresceu 80%.
Os dados preliminares desse relatório foram apresentados pelo professor do Departamento de Educação em Saúde e chefe do Laboratório em Patologia Investigativa da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Paulo Ricardo Martins Filho, ao Comitê de Operações Emergenciais (COE) da Prefeitura de Aracaju, na última sexta-feira, 5.
Martins elaborou uma análise do comportamento epidemiológico da segunda onda da Covid-19 no município, no período de 4 de outubro de 2020 a 6 de março de 2021. A avaliação abrange os registros de casos, hospitalizações e óbitos provocados pela infecção.
“Essas análises são importantes porque ajudam a gestão municipal a traçar estratégias de enfrentamento à Covid-19 conforme o cenário da pandemia. Esta semana, após a reunião do COE na qual foram discutidos também os resultados desse relatório, a Prefeitura de Aracaju anunciou a ampliação da faixa etária de vacinação, de leitos de enfermaria e da testagem para covid-19 especialmente em adultos jovens assintomáticos,” pontua o pesquisador.
“Essas medidas não surtem o efeito esperado se a população não respeitar as medidas mais básicas e reconhecidamente eficazes de controle da transmissão do vírus, ou seja, o uso do álcool a 70%, a higienização regular das mãos com água e sabão e, sobretudo, o uso de máscara e o distanciamento físico. Infelizmente, nós temos visto um declínio na adesão do uso de máscara especialmente nas ruas da cidade e aglomerações totalmente desnecessárias que vão de contramão a todo o esforço que tem sido feito neste enfrentamento”, complementa.
Nesta segunda onda da Covid-19, o pico da média móvel de novos casos no município ocorreu entre os dias 6 de dezembro de 2020 e 16 de janeiro de 2021. Esse avanço da contaminação na virada do ano se refletiu no aumento de mortes a partir da segunda semana de janeiro. A análise ainda aponta um crescimento sustentado de aproximadamente 65% na média móvel de óbitos nas cinco últimas semanas epidemiológicas, no período de 1º de fevereiro a 6 de março de 2021.
Houve uma inversão no comportamento das hospitalizações no município quanto à faixa etária. Entre 15 de fevereiro e 6 de março deste ano, a demanda por leitos de enfermaria entre pessoas com menos de 60 anos de idade cresceu 75% na capital. Esta faixa etária, atualmente, supera a população idosa na ocupação de enfermarias no município.
Por outro lado, a demanda por leitos de terapia intensiva entre os idosos aumentou 80% nas três últimas semanas epidemiológicas. Já a procura por vagas de terapia intensiva entre pessoas abaixo de 60 anos cresceu 77%. A população idosa continua sendo maioria na ocupação das UTIs na capital.
Segundo o mais recente boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, 10, pela Secretaria de Estado da Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com covid-19 na rede pública em Aracaju é de 74%. Na rede privada, o percentual atinge 91%. Isso representa uma ocupação geral de 82%.
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