Os últimos episódios políticos que se sucederam às eleições trazem-nos à reflexão sobre a intervenção militar tão aclamada pelos partidários do lado derrotado democraticamente nas eleições.
Diante dessa celeuma, independente do sufrágio por mim adotado, questiono-me, reflito e busco entender o que tantos amigos e familiares pretendem. Nas minhas incertezas, reporto-me frequentemente à semântica, essência da linguística, já que falamos ou até bradamos muitas vezes em um uníssono inconsciente, propagados por um efeito manada, que em nada se refere ao gado, mas sim à motivação.
Pois bem, retorno à biblioteca virtual, aprecio o significado literal da palavra intervenção, isto é: “ato de intervir; em um debate, ato de emitir opinião, contribuir com ideias”. E aí pergunto: qual a contribuição que buscamos quando nos recorremos à força e à intolerância para assim impor nossa vontade? Será que perdemos a oratória e deixamos o poder do convencimento à míngua, sem sequer ouvirmos o contraditório, que certamente nos completa, nos engrandece e nos traz sabedoria, quando amplia nossos horizontes mentais e nos faz perceber as verdades que cada indivíduo leva consigo, como pontos de vista peculiares que tentam representar a mesma imagem.
O debate sempre foi um marco filosófico que nos permeia desde a antiguidade, fazendo-nos entender que somos partes diferentes de um todo, células que interagem pela homeostase do sistema, quer seja orgânico, político ou social. Como nossas fibras musculares da língua agiriam sem ação dos neurônios e das hemácias que carreiam o estímulo e os nutrientes vitais para a fala, respectivamente?
Essa engrenagem que congrega células distintas num mesmo propósito é a representação vital que transladamos à sociedade que urge pela mesma harmonia. Perdida por paixões que embriagam a razão e tolhem a fraternidade, subjugando as diferenças que nos fazem seres humanos, numa atitude cada vez mais intolerante e soberba.
O aperfeiçoamento vem da base. Intervir na família, orientando nossos filhos; no trabalho, questionando e aprimorando os processos operacionais; ou na espiritualidade, fazendo nosso autoexame de consciência diário, certamente proporcionarão os alicerces para uma humanidade mais evoluída, consciente e fraterna.
Que essa intervenção individual e sincera nas nossas mentes, no desbaste da pedra bruta, equilibre nossas vontades ante nossa realidade, norteando nossas ações num perfeito triângulo equilátero amparado sobre o olhar justo do Grande Arquiteto do Universo.
Intervenção mental e espiritual já! Mais ideias menos violência!
__________
(*) Hernan Augusto Centurion Sobral é médico cirurgião e coloproctologista. Mestre maçom da Loja Maçônica Clodomir Silva 1477, exercendo atualmente o cargo de orador.
A capital sergipana já está em ritmo de contagem regressiva para a realização do…
Por Diego da Costa (*) ocê já parou para pensar que a maioria…
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e…
Por Sílvio Farias (*) Vinícola fundada em 1978 com o nome de Fratelli…
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades,…
Com a realização do Ironman 70.3 Itaú BBA, a maior prova de triatlo da…