O Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e a Universidade Tiradentes (Unit) estão sediando, o I Simpósio da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação. Com o tema “Os Rumos da Pesquisa Tecnológica Brasileira”, membros da ABIPTI vão debater as necessidades e demandas da área, bem como propor possíveis soluções.
O encontro, que congrega as principais Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT´s) do país, vai debater sobre políticas de Ciência e Tecnologia e sugerir ações e políticas para os setores para a Pesquisa e Desenvolvimento nos setores de Energia, Saúde, Indústria e Tic´s.
A ABIPTI representa os principais institutos de tecnologia do país. Com 41 anos de existência, tem como uma das funções a secretaria executiva realizando a interlocução na Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Sermos associados a ABIPTI, por meio do ITP, é uma conquista. A Universidade Tiradentes é uma instituição que preza e trabalha pela ciência e tecnologia. Daqui sairão decisões importante que podem melhorar a tecnologia e a ciência no Brasil”, enfatiza Jouberto Uchôa, reitor da Unit.
“Como nós sabemos, o nosso país é continental e, consequência disso, temos muitas assimetrias dentro de diversas áreas. Na ciência, na tecnologia e Inovação não é diferente. Então, trazer a ABIPTI e o primeiro simpósio para o Nordeste é dar visibilidade a questões peculiares regionais, mas sem deixar de olhar para o aspecto nacional. Estamos discutindo ações e propondo iniciativas – nacionais e internacionais – com foco nas necessidades atuais e um planejamento para os próximos cinco anos. A Universidade Tiradentes e o Instituto de Tecnologia e Pesquisa estão muito felizes em receber este evento de suma importância que, certamente, gerará muitos frutos positivos”, destaca doutor Diego Menezes, presidente do ITP, pró-reitor de pós-graduação, pesquisa e extensão da Unit e vice-presidente da ABIPTI da região Nordeste.
O simpósio tem como principal objetivo fazer uma interlocução entre as mais de 150 instituições nacionais de C,T&I que congregam a associação em prol de propor soluções e em salientar quais são os principais desafios hoje para ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
“Um dos marcos desse evento é mostrar porque que vale a pena investir em ciência, tecnologia e inovação. O Brasil é capaz de produzir, de exportar capital intelectual e produtos, soluções inovadoras”, enfatiza Flaudemira Paula, diretora executiva da ABIPTI.
“Nesta reunião serão discutidos os rumos da ciência tecnologia e inovação para os próximos cinco anos. A ideia é que saiam propostas, a serem encaminhadas aos candidatos à presidência para que eles possam usar esses programas de governo, especialmente no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para que nós possamos avançar na nossa ciência e tecnologia, pontuou Saumíneo Nascimento, vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Tiradentes.
Ao final do encontro, que acontece na Universidade Tiradentes (Unit) – campus Farolândia, a ABIPTI apresentará a Carta de Aracaju com sugestões de possibilidades para melhorias nas políticas e ações de apoio e incentivo à pesquisa tecnológica nacional, como parte do esforço para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro. O documento consolidado será enviado a todos os candidatos à Presidência da República e, posteriormente às eleições, aos ministros do novo governo.
De acordo com o doutor Paulo Foina, presidente da ABIPTI, o propósito é levantar questões que possam alavancar o ambiente de pesquisa tecnológica e inovação no Brasil, em um ambiente mais leve, ágil e que atenda as reais necessidades brasileiras.
“A carta tem duas partes. A primeira mostra o contexto em que a tecnologia brasileira vive hoje. A segunda, levanta demandas sobre o que precisamos para ter um ambiente adequado.
Precisamos de uma política tecnológica para atender a uma política industrial, para ter para atender uma necessidade de desenvolvimento socioeconômico. Sem isso, fica difícil encontrarmos um caminho correto do investimento em tecnologia. O foco não é no hoje. É preciso saber onde o Brasil quer estar nos próximos dez anos”, conclui.
A ABIPTI é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1980 e que conta atualmente com cerca de 140 associados, intituladas “Entidades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (EPDIs)”, presentes em 27 unidades da Federação, entre entidades públicas, privadas e do terceiro setor, atuantes em diversas áreas do conhecimento e oferecendo soluções tecnológicas com alto valor agregado para os mais diversos segmentos do sistema produtivo brasileiro. Tem por missão representar e promover a participação de seus associados no estabelecimento e na execução de políticas voltadas para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).
A ABIPTI se faz presente em diversos conselhos e comitês de CT&I do país, onde mantém assento, são eles: o Conselho Deliberativo do CNPq, o Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); o Conselho de Administração do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), o Comitê Gestor Nacional de Produção e Consumo Sustentáveis (MMA), os três Comitês do SIBRATEC / MCTIC (Centros de Inovação, Serviços Tecnológicos e Extensão Tecnológica), o Comitê Técnico Científico da Agência Nacional de Petróleo (COMITEC-ANP) e o Conselho do Meio Ambiente do Distrito Federal (CONAM/DF).
Em relação ao Poder Legislativo, a ABIPTI, desde 2009, atua como Secretaria Executiva da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação da Câmara dos Deputados, que tem por objetivo estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação. Nessa vertente merece destaque a participação recente da Associação nas ações levadas à cabo no que tange ao aperfeiçoamento do novo Marco Legal de CT&I, onde a ABIPTI foi membro integrante dos diversos grupos de trabalho que trataram do aperfeiçoamento do marco legal de CT&I do país e que culminou na Emenda Constitucional nº 85/2015, na Lei nº 13.243/2016 e no Decreto nº 9.283/2018.
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