O limão produzido em Sergipe vai para a Europa, assim como a laranja e o óleo essencial. Em 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), foram gerados 11.835 empregos. Além disso o agronegócio corresponde a 33% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, assim como 42% das exportações.
Essas foram algumas das informações passadas durante a Imersão no Campo, que reuniu 30 jornalistas de diversos órgãos de imprensa de Sergipe, no Platô de Neópolis, no sábado, 5. Os profissionais foram até o Platô à convite do Sistema Faese/Senar (Federação da Agricultura do Estado de Sergipe e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, através da administração regional de Sergipe). O Portal Só Sergipe foi uma das mídias convidadas.
O presidente da Faese, Ivan Sobral, apresentou dados aos jornalistas a respeito de algumas das culturas agrícolas do Estado, a exemplo do milho, que é cultivado em 165.553 hectares e produziu, em 2021, 741.765 toneladas. O coco foi cultivado em 21.894 hectares, teve uma produção de 164.981 toneladas, também em 2021.
Ivan Sobral também destacou a importância do Senar para os jovens sergipanos, que em 2022 formou 2.708 profissionais rurais e em 2023, 1.286, num total de 3.994. Ele também chamou a atenção para Sealba Show que, no próximo ano ocorrerá entre os dias 31 de janeiro a 3 de fevereiro, no Parque Cunha Menezes, em Itabaiana.
Visitas
Os jornalistas visitaram três propriedades: Neofrut produtora de coco; GPE, cuja produção é de banana, manga, laranja e tangerina; e a São Franciso Citrus, que produz limão para exportação. A engenheira agrônoma e técnica de fruticultura do Senar, Flávia Lima, acompanhou os jornalistas e em cada uma das fazendas deu explicações importantes.
A Fazenda São Francisco Citrus, por exemplo, produz de oito a 10 toneladas de limão do tipo Taiti, por dia. De acordo com o apontador de produção da fazenda Jaislan Simão, 70% da produção vai para o mercado europeu, especificamente Holanda, Inglaterra, Alemanha, Portugal, Espanha.
Dados da Embrapa indicam que o limão taiti é uma das espécies cítricas de maior importância comercial, estimando-se que sua área plantada atualmente ultrapasse 30 mil hectares no país. O estado de São Paulo é o primeiro produtor nacional, contribuindo com quase 70% do total.
Implantada há três anos no Platô, a GPE Fruticultura tem 28 mil pés de manga, 73 mil pés de laranja. Já a Neofrut, adquirida há dois anos pelo empresário Vitor Paim, tem 22 mil pés de coco, numa área de 156 hectares, e uma produção de 4 milhões de frutas/ano.
Platô de Neópolis
O Projeto Platô de Neópolis foi implantado no Nordeste do Estado de Sergipe, nas margens do Rio São Francisco, no Baixo Vale, envolvendo os municípios de Neópolis, Japoatã, Pacatuba e Santana do São Francisco. Tem um total de 11.085 hectares, desses 7.053 hectares irrigados.
Um dos diretores da Ascondir (Associação dos Concessionários do Distrito de Irrigação do Platô de Neópolis), Raimundo Almeida, afirmou que o platô tem 41 lotes, com uma área média de cada lote de 172 hectares.
A cultura do coco é a maior do condomínio, numa área de 1.875 hectares (26,6%), gera 563 empregos diretos e 2.813 indiretos. Depois é seguido da laranja, em 570 hectares, ocupando 8,1% da área, gera 228 empregos diretos e 1.140 indiretos. E em terceiro, o limão, cultivado em 510 hectares (7,2%), com 408 empregos diretos e 2.040 indiretos.
No Platô há, ainda, a cultura de manga, banana, limão, mamão, maracujá, tangerina, cana, grama e mandioca. Ao todo, o Platô gera 2.488 empregos diretos e outros 12.440 indiretos.