Aline Laranjeira (*)
Primavera, Verão, Outono, Inverno, Mia e Sebastian. Através das estações, o casal dessa história renovadora de almas apaixonadas pela sétima arte- ou não- entra em sincronia. Vemos aqui um filme inspirado na busca pelo êxito naquilo que tanto desejamos em nossas vidas: a profissão dos sonhos. Mia é uma aspirante a atriz e Sebastian é um pianista que almeja ter seu próprio clube de jazz.
A direção e o roteiro, ambos do Damien Chazelle, remontam uma cidade de Los Angeles extremamente dicotômica. Ao mesmo tempo em que se venera tudo, ela também nada valoriza. Diante disso, apesar de L.A aparentar ser um lugar repleto de oportunidades, as conquistas apenas surgem após muita dedicação e perseverança.
A técnica que envolve essa película é extremamente deslumbrante. Desde à edição e mixagem de som até aos figurinos e fotografia, toda a trama foi elaborada nos mínimos detalhes. As cores intensas, os planos e ângulos favorecem o entendimento do filme, exaltando as suas metáforas e metalinguagens. Diversas cenas enquadradas lembram a última obra filmada por Chazelle- Whiplash. A exploração do plano detalhe faz do filme uma grande ode ao cinema e ao jazz, tendo em vista que a disposição dos objetos em cena ressalta o caráter representativo daquilo que o roteirista se inspirou. Além disso, observamos grandes referências cinematográficas aos renomados musicais existentes, como a película francesa “Os Guarda-Chuvas do Amor”, do Jacques Demy e a estadunidense “Cantando na Chuva”, do Gene Kelly.
A trilha sonora não deixa a desejar. Seis faixas foram criadas para serem tocadas e interpretadas ao longo do filme. As letras exploram e externam os sentimentos dos personagens em cena. City of Stars, Somewhere in The Crowd e Audition são algumas das canções que atingem pontos ápices no enredo. O trabalho de voz, corpo e movimento realizados pela Emma Stone (Mia) e Ryan Gosling (Sebastian) tornam o filme ainda mais envolvente, embora seja válido ressaltar que as danças e as canções sirvam como pano de fundo para dar luz à história de luta de ambos. A ideia compreendida é de que os outros dispositivos artísticos abordados na obra sustentam um desenvolvimento ousado e inovador diante de um argumento, supostamente, simples.
La La Land, portanto, torna-se um filme estupendo em todos os seus aspectos e a enxurrada de prêmios que vem ganhando faz jus ao seu recente status de obra-prima, a qual, certamente, será um clássico dentro de algumas décadas, visto que a trama foi idealizada por sonhadores para aqueles que sonham e não desistem jamais, transformando-se numa obra atemporal.
Aline Laranjeira escreve todas as sextas-feiras sobre cinema
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