A artesã Gilda Matias é só felicidade. Isso porque desde a última segunda-feira, 2, acontece o 48º Encontro Cultural de Laranjeiras, evento que tem atraído turistas e aquecido a economia local. “É uma festa tradicional e muito importante, porque depois de dois anos de pandemia a gente pode receber sergipanos e turistas de uma forma extremamente calorosa e aconchegante”, resumiu.
Segundo Gilda, os visitantes aprendem a cultura sergipana e aquecem a economia local, contando com o suporte do poder público. “Destaco também o apoio do governo para a realização dessa festa, que só demonstra o quanto somos valorizados em Sergipe”, completou a artesã, que tem em seu trabalho com a confecção de renda irlandesa sua principal fonte de renda.
Apoiada pelo Governo de Sergipe, por sua importância e capacidade em valorizar a cultura, economia e turismo na região, a festa cultural faz toda a cidade histórica respirar arte desde o início da semana. A programação, capaz de elevar a representatividade das tradições do estado, traz apresentações de teatro, dança, música instrumental, sarau, grupos folclóricos, shows artísticos com bandas locais e nacionais, procissão e exposição.
Por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), o governo realiza desde a última quinta-feira, 5, até o final do festival, no domingo, 8, o Simpósio do Encontro Cultural, que este ano tem como tema “Teatro Popular: suas vertentes e Gestão Cultural”. O evento homenageia nesta edição a escritora, educadora e folclorista Aglaé Fontes, e reúne visitantes de todo o país e de fora do Brasil.
O governador Fábio Mitidieri esteve em Laranjeiras, na noite de sexta-feira, 6, prestigiando a programação do Encontro Cultural de Laranjeiras. Ele ressaltou que a valorização da cultura popular de Sergipe é um compromisso desta gestão, fomentando, dessa forma, o turismo, a economia e, consequentemente, a geração de emprego em Sergipe.
Para o músico Elisano Filho, eventos que tragam destaque à cultura da população devem ser priorizados. “Este é um evento essencial e tem que estar no calendário de Sergipe. É importante que exista um olhar macro para tudo o que acontece na cidade nesse instante, principalmente na questão econômica e cultural. Vale destacar que o pilar principal da festa são as demonstrações culturais”, garantiu o aracajuano.
Conexão
O socorrense Marcos Rodrigues comparece no festival pela segunda vez, e afirmou estar encantado com tudo o que encontrou na cidade. “Acredito que esse seja um evento próprio para fomentar a economia de Laranjeiras, mas também para gerar essa conexão entre pessoas e povos de diferentes culturas”, salientou o cadastrador social.
Para Rosane Bezerra, mesmo após passar muitos anos fora de Sergipe, a tradição que acontece em cidades históricas como Laranjeiras tem uma grande relevância social. “O festival de Laranjeiras é único, porque ele mistura diversos tipos de cultura, indo da popular à de massas, o que atrai diversos públicos e traz a possibilidade desse intercâmbio. Ele acaba sendo uma referência nacional, por ser o maior festival folclórico do país, assim como proporciona que pessoas que não estejam acostumadas tenham acesso a isso. Então, promover um turismo em nível nacional, e em termos de turismo local, esse evento ajuda a fortalecer a identidade do nosso povo sergipano”, disse a professora de Artes.