Os 317 mil sergipanos com 60 anos ou mais integram o grupo mais vulnerável e com riscos de contrair a Covid-19, por vários fatores. Alguns trabalham e, por conta disso, pegam ônibus lotados que não obedecem às normas de distanciamento social, principalmente, nos horários de pico; outros moram com adolescentes e podem ser contaminados por causa da volta às aulas. O levantamento foi feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócios Econômicos (Dieese).
Estas 317 mil pessoas com 60 anos ou mais correspondem a 13,6% da população sergipana. Desses, 14,2% ainda trabalham e, segundo o economista do Dieese, Luiz Moura, “o fato de usarem transporte público se expõe uma população que tem alto risco com relação à Covid-19 de ser contaminado”.
Outro dado relevante: normalmente, segundo Luiz Moura, pessoas com 60 anos ou mais são chefes de família, “aquelas que têm a maior parcela de contribuição na rende do domicílio”. No caso de Sergipe, 81% dessas pessoas contribuem com 50% ou mais na renda da casa. “E isso apresenta alguns problemas. Esse idoso, se vier a falecer, aquele domicílio onde ele morava vai perder 50% da renda. Ou seja, além de expor o idoso ao risco da Covid-19, a família poderá estar correndo o risco de perder uma parte significativa da renda”, frisou Moura.
Um outro dado levantado pela pesquisa é que dos 317 mil idosos, 83% deles moram com outras pessoas e a circulação delas pode levar a Covid-19 para dentro da residência e contaminar o idoso. Outros 34% dos idosos moram com adolescentes e a volta às aulas traz outro risco para essa parcela da população.
“A volta às aulas colocará o jovem estudante em contato com outras pessoas havendo a possibilidade de contaminação ou transmissão da Covid-19. Por isso, ao liberar as aulas estas pessoas idosas ficariam mais expostas”, alertou. As aulas em escolas particulares em Sergipe já começaram.
Dos 317 mil sergipanos idosos, 32% deles receberam o auxílio emergencial, “daí a importância da continuidade desse programa, tanto na manutenção da renda do domicílio, como para manutenção da própria pessoa”, disse o economista. Apenas 22% dos idosos possuem um plano de saúde, enquanto que a imensa maioria, 78%, se tiver algum problema de saúde, terá que recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS).
E por falar em SUS, 61% desses idosos têm alguma doença que pode agravar a Covid-19. “Esses números são interessantes para os gestores públicos se prepararem para vacinar essa população, porque elas são prioridade”, esclareceu Luiz Moura.
Os números da Secretaria de Estado da Saúde (SES) mostram o quanto as pessoas com 60 anos ou mais são vulneráveis à Covid-19. Das 2.834 mortes registrada desde o início da pandemia até ontem, 8, 2.010 são de pessoas com 60 anos em diante. De acordo com o boletim do coronavírus da SES, de 60 a 69 anos morreram 617 pessoas; de 70 a79, 693 pessoas; de 80 em diante, 700 pessoas morreram.
Do universo de 141.464 pessoas com Covid-19 até agora, 1.070 delas têm de 60 a 69 anos; de 70 a 79 anos, 5.331 infectados; de 80 anos em diante, 2.885, perfazendo um total de 9.285 idosos infectados.
Banco do Estado de Sergipe (Banese) segue uma trajetória de crescimento. Os números divulgados…
Por Gilberto Costa-Silva (*) 15 de novembro de 1889, data da Proclamação da…
Por Juliano César Souto (*) Brasil enfrenta um desafio estrutural que vai além…
Por Léo Mittaraquis (*) Para os diamantinos próceres Marcos Almeida, Marcus Éverson e…
Prof. Dr. Claudefranklin Monteiro Santos (*) tema do presente artigo foi inspirado na…
O Banese apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 106,1 milhões nos nove primeiros…