Um olho na cultura e outro na economia criativa. É desse modo que o presidente da Fundação Cultural Cidade de Aracaju, jornalista Luciano Correia, vem trabalhando desde janeiro do ano passado. Nestas duas edições do Forró Caju em Casa o olhar do presidente foi mais aguçado porque, em virtude da pandemia da Covid-19, as festas presenciais foram suspensas e sanfoneiros, as bandas de forró e os trios pé serra foram afetados e sentiram, literalmente, no bolso, o lado negativo das restrições.
Ao olhar para a moderna cultura, para as bandas de forró que usam guitarras – sem esquecer e valorizando os trios pé de serra -, Luciano Correia vem pondo em prática o discurso que fez, na sua posse na presidência da Funcaju, em janeiro do ano passado. “Vamos agregar outros olhares, aprofundando, por exemplo, a discussão em torno da Economia Criativa da Cultura”, disse à época. Nesta edição do Forró Caju em Casa ele destaca que “um dos fatos primordiais deste projeto, quando da sua concepção, é estar integrado na chamada Economia Criativa”.
“Da maneira que ele é conduzido, o Forró Caju em Casa mobiliza uma economia nascente que está, cada vez mais, integrada na economia geral, aquecendo o nosso mercado, levando consumo para as nossas lojas que atuam no entorno da cadeia produtiva”, ensina Luciano, mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Unissinos (RS) e professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Caso não tivesse esse olhar, ele diz que a Funcaju poderia estar falando sozinha.
Este ano, com a Funcaju mais preparada e com um melhor know-how para fazer a segunda edição do Forró Caju em Casa, Luciano ampliou o número de artistas, melhorou o cachê e trouxe para a festa junina as novas preferências dos jovens: a pisadinha e o arrocha. E não lhe faltaram críticas do que ele chama de “patrulha ideológica”, diante da escolha.
“São artistas que estão sofrendo da mesma forma que os demais. Acho uma crítica preconceituosa e injusta contra ele. São músicos profissionais, pais e mães de família que trabalham, vivem disso e enfrentam o preconceito cultural elitista. E, ademais, são os ritmos e as canções que a juventude gosta”, afirma Luciano. No ano passado e agora, a Funcaju passou por um processo de reinvenção, ao colocar nas casas das pessoas uma festa junina que, num passado recente, em Aracaju, todos os caminhos as levavam à praça dos Mercados.
A Funcaju reinventou-se muito bem. Esta segunda edição está em diversas plataformas, desde as televisões públicas e fechada, emissoras de rádio, passando pelo Youtube, canais de streaming da Prefeitura, e, principalmente, inserido na vida do povo sergipano. Afinal, Sergipe é o país do forró, como bem cantou o saudoso Rogério na canção “Chamego Só”.
Luciano tem expertise no setor público e privado. Foi presidente da Fundação Aperipê, atuou em diversos veículos de comunicação locais e em outros Estados. Tem quatro livros publicados. Foi secretário da Comunicação de Aracaju em três ocasiões – a última entre 2017 e 2019.
Esta semana, numa pausa entre uma gravação e outra das bandas, nos estúdios da WG Produções, onde despacha pela Funcaju temporariamente, o jornalista Luciano Correia concedeu a seguinte entrevista ao Só Sergipe.
Uma leitura que vale a pena. Depois da leitura, confira a programação dos shows do Forró Caju em Casa, que começou ontem à noite e termina no dia 30 de junho.
SÓ SERGIPE – No ano passado, em função do surgimento da pandemia de Covid-19, a Funcaju fez pela primeira vez o Forró Caju em Casa. Este ano, o problema de saúde continua, não pode ter a festa com público presencial e vocês trabalharam numa nova edição online. Hoje a Funcaju tem mais know-how?
LUCIANO CORREIA – No ano passado, em primeiro lugar houve a grita da classe artística, que questionava se ia ou não ia ter o Forró Caju, pois eles estavam sofrendo com as medidas restritivas da pandemia. E a sociedade queria saber, pois o Forró Caju é uma festa muito querida da população daqui de Sergipe e de outros Estados. Todos têm um carinho muito grande pelo Forró Caju. E ficou aquela interrogação: vai ter, não vai ter, como a gente fica? Ficar órfão desta festa que tem tanta tradição e que remete à nossa identidade cultural, para o caráter bucólico e romântico das festas juninas, desde as comidas típicas até a dança? Nos debruçamos nessa questão e resolvemos fazer, e ao decidir entramos numa segunda discussão: como fazer? Naquele momento havia uma profusão de ‘lives’ que chegavam de todos os formatos. Mas eu diria, chegavam ‘desformatadas’, sem captação de áudio correta, com interrupções nas transmissões, de maneira precária. Então, ao decidir fazer, como decisão de gestão, exigimos que tinha que ter qualidade de som e imagem digital. Tudo equiparado à produção de um DVD, num estúdio de TV que trabalha com essas linguagens e formatos, com captação de áudio através de vários canais, com direção de fotografia, iluminação, cenário apropriado, enfim, com uma padronização em alto nível. Pois, desse modo valorizávamos a entrega para a sociedade, que cada apresentação fosse valorizada, independente da qualidade destes artistas. Por si só, apresentação já era uma qualificação destes produtos culturais.
SÓ SERGIPE – E aí com a primeira e esta segunda edição, vocês movimentaram a cadeia musical, correto?
LUCIANO CORREIA – Este ano, assim como o ano passado, o objetivo do Forró Caju em casa é social, ou seja, de movimentar a cadeia da música neste momento em que ela sofre. O mês de junho é quando lota sua agenda com shows em vários locais, alguns fora do Estado, e estão sem faturar. O poder público, numa hora dessa, tem que ter a sensibilidade de acolher essas demandas e assim o fizemos. O caráter social é importante. E um dos aspectos de produzir com qualidade é porque no final do projeto, cada artista sai com um pen drive ou link com suas apresentações para seus portfólios.
SÓ SERGIPE – E este ano, a Funcaju aumentou o número de bandas e trios pés de serra, não foi?
LUCIANO CORREIA – Este ano nós temos 42 trios pé de serra. Muitos deles nunca tiveram condições de entrar no estúdio de televisão, mesmo naquele mais modesto. Nunca tiveram condições de gravar seus espetáculos. Agora, essa é uma oportunidade que qualifica profissionalmente as carreiras destes artistas, na medida em que eles vão disputar editais, levar o portfólio de suas carreiras para outros locais, agora, como muita qualidade. E isso valoriza muito, do ponto de vista técnico e estético, o trabalho destes artistas. Fizemos o projeto no ano passado, que foi um sucesso, com cerca de 300 mil visualizações, embora estivéssemos num processo de construção na base do fazendo e aprendendo. Fomos construindo um método na medida em que o projeto estava sendo executado e deu certo, com alguns ruídos, em virtude do formato de gravação ao vivo. Foram ‘lives’ de programas previamente gravados e entraram como ‘lives’ ao vivo nos dias que estavam anunciados. Foi assim no ano passado, com sucesso de acessos e mídia e, sobretudo, consolidou-se entre a classe artística.
SÓ SERGIPE – Por quê?
LUCIANO CORREIA – Chegamos em 2021 e foram 343 inscrições e está consolidado. Vou citar um exemplo de artista como Luanzinho Moraes, que tem seu mercado conquistado, inclusive, fora de Sergipe, mas ele apostou no Forró Caju em Casa porque é uma grife. Para ele é importante aparecer nesse projeto, independente do cachê. Tem a projeção através do processo de publicização que nós montamos, que envolve os canais da Prefeitura de Aracaju no Youtube e em outras redes sociais da Prefeitura e Funcaju, duas TVs públicas – TV Câmara e TV Alese -, na televisão privada, que é a TV Atalaia, e as rádios Fan FM e 103 FM, que estão transmitindo a programação. Então esse Forró Caju em Casa já tem um lugar de visibilidade consolidado.
SÓ SERGIPE – Recentemente, a Prefeitura de Aracaju inaugurou o AjuPlay, uma plataforma de streaming. O Forró Caju vai para o mundo todo?
LUCIANO CORREIA – Sim. Essa plataforma, inaugurada no dia 17 de março, é uma espécie de Netflix da cultura local, uma janela de visualização incrível, porque o cara está ali para o mundo inteiro. Não só para o período junino e público sergipano, mas estará para o mundo inteiro como fonte de pesquisa, de entretenimento e lazer, de divulgação turística dos valores culturais da nossa região. Toda essa programação, desde o ano passado e deste, vai desembocar na plataforma AjuPlay. É outro o plus que atesta a maneira integrada como estamos pensando a execução da nossa política cultural.
SÓ SERGIPE – No ano passado, na primeira edição do Forró Caju em casa foram 182 inscrições de artistas. Este ano, foram 343, quase o dobro. Sinal de sucesso?
LUCIANO CORREIA – Sim, nós temos 343 inscritos. Aumentamos a quantidade de artistas beneficiados para 82, o volume de recurso investido este ano totaliza R$ 440 mil, com recursos do Tesouro Municipal, e aumentamos o valor dos cachês. No ano passado era de R$ 1 mil e este ano vai R$ 3 mil a R$ 5 mil. E criamos categorias, priorizando, primeiramente, o pé de serra, que essa é a alma de nossa identidade junina, com 42 trios pé serra. Temos também mais 30 bandas que tocam forró, inclusive tradicional, onde se toca guitarra com uma leitura mais modernizada da música nordestina. E 10 vagas para bandas que trabalham ritmos e linguagens mais modernas, que vai do pisadinha ao próprio arrocha.
SÓ SERGIPE- São apresentações bem ecléticas este ano, não é?
LUCIANO CORREIA – Sim. Tem gente que faz uma patrulha que eu considero ideológica e nos critica porque, no meio de 82 vagas, nós abrimos 10 para a pisadinha e o arrocha. Primeiro que são artistas que estão sofrendo da mesma forma que os demais. Acho uma crítica preconceituosa e injusta contra esses artistas. São músicos profissionais, pais e mães de família que trabalham, vivem disso e enfrentam o preconceito cultural elitista. E, ademais, são os ritmos e as canções que a juventude gosta. Você não pode executar política cultural num órgão público pensando no seu gosto pessoal, olhando para o seu umbigo. Se o Forró Caju fosse o forró de Luciano Correia, eu já tenho minhas músicas. Eu ia botar muito Luiz Gonzaga, Flávio José, Dominguinhos, Trio Nordestino. Ia ter uma grande qualidade do ponto de vista do que eu considero qualidade. Calcinha Preta demorou de ser absorvida por esses patrulheiros ideológicos da cultura, mas nem sei se absorveram. Calcinha Preta entrou na novela das oito com uma música belíssima, interpretada pela Silvana, uma cantora fantástica. Adoro aquela música. A Calcinha Preta é importante, tem relevância cultural e tem músicos muito qualificados. Essas bandas movimentam um mercado importante, por isso é um olhar preconceituoso, fruto de uma visão apressada, superficial das coisas.
SÓ SERGIPE – Ao abrir vagas para os ritmos pisadinha e arrocha, a Funcaju tem um olhar mais atento para a juventude que gosta destes artistas e, consequentemente, ganha mais visibilidade nas ‘lives’?
LUCIANO CORREIA – Voltando aqui: abrimos 10 vagas para essas novas vertentes da música. Não tem como fazer um evento desse sem trazer a pisadinha, porque senão a juventude não quer saber do nosso forró e a Funcaju passa a falar sozinha, fazendo política cultural olhando só para o retrovisor. E o equilíbrio disso tudo está em olhar para a maioria e trabalhar para ele, mas não esquecer que os setores minoritários devem ser considerados. Isso é como a política. Um prefeito que ganha uma eleição, ele não é prefeito de quem votou nele, mas de todos.
SÓ SERGIPE – Não seria, principalmente, dos que não votaram nele e aí trabalhar para conquistá-los?
LUCIANO CORREIA – Ou para mostrar que você tinha motivos para ter ganho a confiança do voto dele. Chega ao que você está dizendo. ‘Cheguei aqui porque tinha méritos e vou provar isso, governando para todos’. Bem assim é fazer política cultural. Você não pode desviar-se da realidade e mirar somente nos guetos. Acho que esse era um defeito que havia na Funcaju, inclusive na própria gestão passada do prefeito Edvaldo Nogueira. Era, em alguns momentos, ficar mirando os guetos com políticos que favoreciam somente a este segmento. Isso era ruim. Primeiro, porque constitui uma política de patotinha e isso já passou no mundo inteiro. O poder público hoje funciona de modo transparente, republicano. Não é porque eu quero, é porque o mundo é outro. Os órgãos fiscalizadores cobram isso o tempo inteiro. Nosso ponto de equilíbrio é nunca ignorar a realidade daquilo que as pessoas querem e esperam de uma execução política cultural, mas considerar as linguagens emergentes, os pequenos nichos da população, sem, no entanto, perder a noção de equilíbrio.
SÓ SERGIPE – Quando o senhor disse que aumentou este ano o cachê dos músicos, o número de bandas, trios de forró pé de serra, há um aspecto econômico importante que deve ser considerado. A Funcaju movimenta a economia e esse dinheiro vai para o mercado aracajuano, sergipano.
LUCIANO CORREIA – Significa que no mês de junho, através da execução do Forró Caju em Casa, a Prefeitura vai despejar no mercado local mais de R$ 400 mil. Isso serve para a sobrevivência de muitos destes artistas, da nossa economia, reinvestido pelos próprios músicos que, muitas vezes, renovam seus equipamentos, instrumentos e gastam no mercado local. Um dos fatos primordiais deste projeto, quando ele é concebido, é estar integrado na chamada Economia Criativa. Da maneira que ele é conduzido, ele está mobilizando uma economia nascente que está, cada vez mais, integrada na economia geral, aquecendo o nosso mercado, levando consumo para as nossas lojas que atuam no entorno da cadeia produtiva. Isso se chama a perspectiva da economia criativa. Nós tínhamos perseguindo isso desde que eu e minha equipe assumimos a Funcaju.
SÓ SERGIPE – A execução da Lei Aldir Blanc foi executada dentro dessa perspectiva de economia criativa?
LUCIANO CORREIA – Sim. Nós não fizemos distribuição de dinheiro aleatória, mas sim um planejamento para que a execução da lei estivesse submetida dentro das lógicas da economia criativa para fazer circular renda e gerar emprego.
SÓ SERGIPE – Vamos avançar. Qual o planejamento para o pós Forró Caju em Casa? Quais são os projetos na Funcaju?
LUCIANO CORREIA – Enquanto as interrogações da pandemia perdurarem, e acho que vão perdurar um pouco mais, a perspectiva do presencial é muito limitada e isso é ruim. A lei Aldir Blanc executada pela Prefeitura de Aracaju foi 100% no exercício de 2020, com pouco prazo, pouco tempo para construir os editais, isso gerou uma complexidade enorme. Para você fazer um Forró Caju em Casa com 82 artistas selecionados e mais de R$ 400 mil para distribuir dá uma trabalheira danada do ponto de vista jurídico, administrativo, financeiro, logística, imagine executar R$ 4,6 milhões, com 979 projetos inscritos e cerca de 600 aprovados. É de uma complexidade grande, sobretudo para um órgão pequenininho como a Funcaju, que sempre esteve preparada para uma vida ordinária, no dia a dia, para uma dimensão infinitamente menor. Um monstro desembarcou na Funcaju, nos dando a obrigação de executar e resolver os problemas num prazo exíguo. Isso nos fez trabalhar num regime de força-tarefa, por madrugadas, com equipe do Darf e o jurídico, mergulhados na Lei Aldir Blanc para que não terminássemos 2021 sem execução total da lei. Numa situação dessa, se não conseguíssemos, teríamos que devolver recursos e, num momento de pandemia, que o artista realmente precisa, alguns iriam potencializar isso. Trabalhei de maneira brutal junto com minha equipe para não darmos esse motivo. Não só porque era justo para os artistas, mas também para não dar motivos para aqueles que gostam de desconstruir o trabalho do poder público a partir da exceção e não da regra.
SÓ SERGIPE – Foi muita correria para trabalhar e não devolver recursos? Lembro-me que o Governo Federal prorrogou os prazos da Lei Aldir Blanc, no apagar das luzes de 2020.
LUCIANO CORREIA – Do ponto de vista da regra, a Funcaju tinha executado 80% da lei. Corremos para executar os 100% até o final do ano, porque falava-se da possibilidade de prorrogação, mas ninguém tinha essa garantia. Então, o que o governo federal faz, de maneira atabalhoada, na noite do dia 29 de dezembro de 2020, praticamente no final do ano? Anuncia a prorrogação. Foi muito bom, pois havia municípios que não tinha conseguido executar a lei por negligência ou incapacidade ou outros motivos. A cidade de São Paulo, com toda expertise com a cultura, não havia executado e foi beneficiado com a prorrogação. Beneficiou vários municípios, mas para nós não mudou absolutamente nada. Os artistas sergipanos foram beneficiados com a agilidade da Funcaju de não deixar recursos em caixa sem executar em 2020, para ter que devolver em 2021. É preciso dizer isso porque, às vezes, quando as pessoas criticam esquecem desses detalhes, até mesmo na parte artística, pois alguns têm uma impaciência danada e não observam isso.
SÓ SERGIPE – E como foram as entregas dos projetos?
LUCIANO CORREIA – As entregas dos projetos foram no decorrer do ano. O Governo Federal prorrogou, nós da Funcaju prorrogamos por quatro vezes, porque algumas atividades são presenciais, outras não. São oficinas, exposições virtuais, webinários presenciais e virtuais, feira de música. Temos um festival de música programado para a cidade inteira. Fizemos, quando a pandemia nos permitiu, no comecinho do ano, o festival itinerante de barzinhos. Nós abríamos a Lei Aldir Blanc internamente, fizemos uma nova seleção para os bares que quiseram ser beneficiados e levamos apresentações artísticas nestes lugares gratuitamente. E os artistas estavam fazendo suas artes. Mas quando fomos fazer isso com o teatro e outras atividades presenciais, a pandemia recrudesceu. E temos um prazo até o final do ano. Mas ainda vamos fazer muito mais entregas importantíssimas da Lei Aldir Blanc em Aracaju.
SÓ SERGIPE – Quais?
LUCIANO CORREIA – Teremos, ainda em julho, a implantação da nossa Editora Aju, que já publicou alguns livros, e já está nas páginas dos livros. Lançaremos com a perspectiva de abrir um edital, sobretudo para a literatura jovem.
SÓ SERGIPE – Como o senhor avalia a aplicação da Lei Aldir Blanc pela Funcaju?
LUCIANO CORREIA – Nós tivemos um índice de aplicação dos recursos da Lei Aldir Blanc, dos R$ 4,6 milhões de 99%. Não tivemos 100% porque cinco artistas também foram contemplados pelo Governo do Estado, pela Funcap, e como o recurso era maior, eles optaram pelo maior e renunciaram ao projeto da Funcaju. Isso fez com que ficássemos sem executar. Fomos a sexta capital brasileira com melhor índice de aplicação da Lei Aldir Blanc. E o que eu pretendo fazer? Pegar esses recursos que totalizam R$ 56 mil e fazer um novo edital, possivelmente, para aplicação de livros produzidos por jovens autores iniciantes a partir da Editora Aju.