Templo da Loja Maçônica Clodomir Silva
Por Rivaldo Frias (*)
“Para o indivíduo que alcança a unidade no interior do próprio organismo e na união com o Fundamento Divino, o sofrimento se acaba”. – Aldous Huxlex.
Fazendo um retrospecto de aproximadamente dois mil anos, ficamos atônitos ao tentar explicar como pouco mais de uma dúzia de homens, em sua maioria incultos e rudes, conseguiram difundir suas ideias em um ambiente tão inóspito. Na época, predominavam o paganismo, a força brutal das armas romanas, a exploração do homem pelo homem, os interesses materiais e, sobretudo, o fanatismo religioso dos judeus e de outras culturas. Além disso, persiste a dúvida sobre a existência real de Jesus ou se ele seria fruto de um sincretismo de várias lendas.
Sobre o Jesus histórico as únicas vias de acesso é a literatura cristã: evangelhos sinópticos e apócrifos, atos e cartas dos apóstolos e alguma tradição oral. Porém, todo este conjunto devidamente adulterado pelos copistas, escribas e pelos santos interessados de provarem as “verdades” de suas doutrinas criando a ortodoxia.
Não temos uma biografia de Jesus; não temos certidões de nascimento e nem de óbito; há uma falsa correspondência que não resiste a análise filológica.
Malgrado não haver condições de se traçar o perfil histórico de Ieshoria bem Iosseph; e inúmeros trabalhos com argumentos bem estruturados, como o livro: “Jesus Cristo Nunca Existiu ( La Sagesse)”, as considerações de Ernest Renan, e o costume natural dos antigos de criarem mitos mais lendários, sem qualquer fundamento no real, parece-nos impossível não ter havido alguém cuja sombra vem dominando o mundo ocidental há dois mil anos. Todavia, agora, após todo esse tempo, os livros que contam a vida de Jesus estão sendo novamente analisados não por padres, teólogos e críticos literários, mas por cientistas (físicos, etnólogos, químicos, antropólogos e filólogos).
Durante séculos, a ciência foi considerada inimiga da fé. Galileu foi condenado por heresia; a teoria evolucionista e do big-bang transformou o mito da criação do Gênesis em um disparate. Contudo, atualmente as pesquisas vêm desmistificando as crendices religiosas e é uma auxiliar da fé verdadeira, e não sua arqui-inimiga. O abismo entre a universidade e a igreja, entre a ciência e a fé, pode finalmente ser transposto, como aconteceu no caso do “Papiro do Magdalen College”, formado por fragmentos de Mateus, cuja tradução é a seguinte, segundo o livro: “Testemunha Ocular de Jesus”:
Derramou-o sobre sua cabeça, enquanto ele estava à mesa. Ao verem isso, os discípulos disseram indignados.
Jesus percebeu isso e disse: “Por que aborreceis esta mulher? O que ela fez por mim.
Então um dos doze, o homem chamado Judas Iscariotes, foi até os chefes dos sacerdotes e disse: “O que estais dispostos a dar-me.
Eles ficaram muito entristecidos e começaram a perguntar-lhe, um a um: “Não eu, senhor, por certo?” Ele respondeu: O que comigo põe a mão no prato.
Jesus lhes disse então: “Todos vós me renegareis esta noite, pois está nas escrituras.
Eu vos precederei na Galiléia. Pedro, então, lhe disse.
A primeira datação desses fragmentos foi de 180 a 200 A.D., entretanto um posterior estudo, usando os modernos métodos de pesquisa nesse setor, mudou a data para 60 A.D. (aproximadamente), invalidando em parte todo o conhecimento anterior, relativo a não existência de um Ieshona histórico. Portanto se a morte dele foi nos anos 32 ou 33 A.D., certamente, os escritos dos anos sessenta seriam de um seu contemporâneo: uma testemunha ocular.
Manda-nos a prudência, não afirmarmos como verdade a existência dessa personalidade carismática responsável em grande parte pela história ocidental.
Temos que considerar as diferenças entre os ensinamentos desse mestre da espiritualidade e os pregados por sacerdotes, pastores, teólogos durante todos estes séculos. A doutrina de desapego aos bens, dos ensinamentos essenciais de Jesus, transformou-se na luta pelo poder, pelos bens terrenos, por ideias ortodoxas e fanáticas, trazendo a dor pela tortura, a morte como prêmio, as guerras fratricidas religiosas, o ódio e a intolerância.
Um mestre gnóstico, monoteísta, diz: “Abandone a procura de Deus, a criação e outras questões similares. Busque-o tomando a si mesmo como ponto de partida. Aprenda quem dentro de você assume tudo para si e diz: “Meu Deus, minha mente, meu pensamento, minha alma, meu corpo”. Descubra a origem da tristeza, da alegria, do amor, do ódio… Se investigar cuidadosamente essas questões, você encontrará em si mesmo”.
Talvez assim, por meio do progresso de cada um e seguindo os verdadeiros ensinamentos dos mestres do espírito, possamos edificar sobre a Terra a verdadeira civilização cristã, baseada no amor pela fraternidade e na ordem pela harmonia.
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Referencias Bibliográficas:
www.128.grp.scd.yahoo.com uncompressed Sun Jan 30.01.25.
Buchel, Jules – A simbologia Maçôniça – 1996.
G∴ L∴ de Ch ∴ Manual de G∴ de M∴ – 1970.
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