Maçom, palavra que, para muitos, emana uma áurea de magia, privacidade, curiosidade e exoterismo, etimologicamente é originária do idioma francês e significa: “aquele que executa trabalho com pedra e cal, isto é, pedreiro” ou “membro de sociedade secreta”. Esse duplo sentido provém de tempos remotos na Idade Antiga e Média, quando operários e construtores reuniam-se em sindicatos e reconheciam-se entre si, nos canteiros das imponentes edificações, através de sinais, palavras e toques, tudo muito envolto por profundo mistério.
Com a evolução da sociedade, por volta da Idade Moderna, mormente durante o Iluminismo na França, esses grupos de pedreiros de outrora transforma-se-iam em organizações secretas e iniciáticas compostas por eminentes cidadãos, dentre os quais encontrar-se-iam artesãos, comerciantes, cientistas, filósofos, intelectuais e até aqueles oriundos da nobreza, de quem afloravam as brilhantes ideias e as inimagináveis invenções que impulsionaram exponencialmente o desenvolvimento da humanidade, culminando, por fim, na Maçonaria especulativa, não mais em canteiros de obras, não obstante em templos, dentro das Lojas, o que se pratica na atualidade.
Assim sendo, devido à sua relevância histórico-social, com intuito de celebrar esta augusta, tradicional e respeitável instituição, fora escolhido o dia 20 de agosto como o Dia do Maçom. Segundo relatos históricos de 1822, por volta desta data, o distinto irmão Gonçalves Ledo, Grande Primeiro Vigilante do recém-criado Grande Oriente do Brasil, aclamou a Independência da Pátria, em sessão conjunta das Lojas Maçônicas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade” no Rio de Janeiro, ratificando, assim, a tradição dos “irmãos da pedra” em protagonizarem os relevantes eventos que marcaram a sociedade, imbuídos do incomensurável desejo de liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos.
Homenageiam-se, pois, neste dia solene, centena de milhares de freemasons espalhados pelo nosso país continental, indubitavelmente homens livres e de bons costumes, progressistas, crentes no Ser Supremo, o Grande Arquiteto do Universo, que labutam coesos, na procura incessante das virtudes essenciais para os aprimoramentos moral e espiritual, assim classificadas em virtudes cardeais: prudência, justiça, fortaleza e temperança, e as teologais: fé, esperança e caridade, descritas poeticamente no livro dos Gênesis (28:10-19), ao narrar o sonho de Jacó subindo os degraus da escada rumo aos Céus, na presença do Senhor.
O maçom, além de portar ética, bom caráter e firme austeridade, é sobretudo um altruísta, ou seja, põem em prática todos os conceitos e mistérios simbólicos desta venerável Instituição, transfigurando-os em ações que beneficiam os irmãos, acolhem as famílias, defendem a Pátria e, sobretudo, servem à sociedade. A maior riqueza proveniente da Maçonaria é impalpável, invisível e perene, que enobrece a alma, soerguendo-nos a planos espirituais extremamente dignificantes, onde a paz, a felicidade e o amor transbordam.
Auguramos que a milenar Ordem operativa, que há muito formara pedreiros, agora especulativa, que vem gerando homens probos, mantenha sua briosa trajetória, guiando o rumo da história, desbastando as arestas do mal, com a força dos justos, a beleza dos piedosos e a sabedoria do Divino!
Vivat
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(*) Hernan Augusto Centurion Sobral é médico cirurgião e coloproctologista. Mestre maçom da Loja Maçônica Clodomir Silva 1477, exercendo atualmente o cargo de orador.
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