Em Sergipe, das 76.672 empresas ativas cadastradas na Junta Comercial (Jucese) 47.152 têm a participação feminina, sendo que desse total 16 mil têm as mulheres como sócia-administradora, ou seja, comandando o negócio.
A empresária Luzia Lima Torres é um desses exemplos. Trinta anos atrás, ela iniciou a empreitada no ramo de móveis como sócia-administradora e, de lá para cá, só viu prosperar. Hoje em dia, tornou-se um grupo com várias empresas, a Novo Tok.
“Olhe, foi mais de 30 anos atrás que abri minha empresa. Mas já estou no comércio (de móveis) há 46. Abri minha própria empresa pela vontade de ter, realmente, um negócio próprio, pela veia comercial que eu sempre tive”, relata Luzia.
Ainda como funcionária, já no ramo de móveis, Luzia tinha o sonho de ter seu próprio negócio. “Abri a empresa junto com o meu marido e irmã, mas a sócia-administradora era eu. Eu gostaria de na próxima encarnação não ser empresária, pois trabalha menos”, afirma aos risos. Brincadeiras à parte, ela ressalta que “é muito prazeroso porque eu amo, gosto de fazer. Eu nasci para isso”, enfatiza.
Mesmo num universo dominado por homens, três décadas atrás, Luzia afirma que nunca sofreu preconceito. “Eu, particularmente, não tive momentos desses porque era mulher. Estive à frente de uma gerência de loja, supervisão de lojas, antes de virar lojista, e eu já tinha contato com mulheres proprietárias de fábricas, indústrias”, informa.
Maria José Costa é outra mulher que rompeu barreiras e adentrou num ramo dominado por homens. Ela é sócia-administradora de uma empresa de moto peças: a Andrade Moto Peças. “No início, senti um pouco de dificuldade por conta do ambiente. Mas logo me acostumei. Administrar uma empresa de pequeno porte, independente do ramo, não é tão diferente”, ressalta.
Maria José já tinha experiência no ramo empresarial. “Já havia trabalhado com meu marido em um minimercado que ele tinha. Mas, depois que fiquei viúva, deixei”, relata. Ela voltou à gerência de um negócio em virtude de um pedido do filho.
“Meu filho se identificava com o ramo de moto peças e pediu uma ajuda para abrir um negócio. Optei em ajudá-lo, abrindo a empresa e atuando na parte administrativa e financeira. Reacendeu em mim esse lado de administradora com a moto peças”, afirma Maria José.
Mirací dos Santos, contadora há 30 anos, e usuária da Jucese – os profissionais da Contabilidade são os principais responsáveis pelo registro de empresas – vivenciou toda a conquista de espaço feita pelas mulheres nas últimas décadas.
“Era comum a gente ver mulheres atuando na área de serviço, principalmente ligado à vestuário, beleza, mas hoje é diverso. Você vê mulheres na área de comércio, indústria, distribuição. Em todos esses segmentos, você vê as mulheres atuando”, relata.
Mirací, inclusive, vê o crescimento da participação feminina na própria atuação em si do registro – constituição, alteração e baixa – de uma empresa na Junta Comercial. “Eu vejo, cada vez mais, a quantidade de mulheres presentes na questão da abertura. Vejo minhas colegas fazendo esse processo pessoalmente”, frisa.
Para a diretora de Registro Mercantil da Jucese, Cristina Melo, o aumento das mulheres no comando de empresas e, até mesmo, na elaboração do processo em si do registro, é nítido. “Trabalho na Junta Comercial há mais de 10 anos e, com certeza, atendo muito mais mulheres do que anos atrás. Para nós, eu como mulher em especial, é motivo de alegria ver a participação feminina crescer em todos os espaços da sociedade”, ressalta.
…
A capital sergipana já está em ritmo de contagem regressiva para a realização do…
Por Diego da Costa (*) ocê já parou para pensar que a maioria…
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e…
Por Sílvio Farias (*) Vinícola fundada em 1978 com o nome de Fratelli…
Por Acácia Rios (*) A rua é um fator de vida das cidades,…
Com a realização do Ironman 70.3 Itaú BBA, a maior prova de triatlo da…