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Mais uma sandice num mundo louco

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Caro leitor, amiga leitora, acredito eu, em minha enorme ignorância, que Deus, o Criador de todas as coisas, deve estar arrependido de ter criado a raça dita ‘humana’.

Só pode. Nós, que segundo as Escrituras Sagradas “fomos feitos à sua imagem e semelhança”, não entendemos nada. E, numa sandice atrás da outra, estamos nos digladiando, aniquilando, matando.

Quando, nos primeiros meses de 2020, o mundo tomou conhecimento de um vírus batizado de “Corona”, vindo da região de Wuhan, na China, e se espalhou pelo mundo, matando sem dó ou piedade, cheguei a pensar que os sobreviventes aprenderiam algo novo, e mudariam sua visão de mundo, e modo de vida. Ledo engano; de lá pra cá só pioramos.

“A guerra é um massacre entre gente que não se conhece para proveito de pessoas que se conhecem, mas não se massacram”, disse Paul Valéry.

Em 24 de ferreiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia deixando o mundo perplexo, em mais um conflito bélico no Velho continente, palco das duas grandes guerras mundiais.

No último sábado, 07/10, acordei com o noticiário sobre o conflito no Oriente Médio, e as fortes imagens de TVs mostrando mísseis sobre o estado de Israel. Algo impensável até pouco tempo. As imagens mostravam os terroristas do Hamas invadindo Israel, matando e sequestrando judeus. Enquanto escrevo já contabilizaram mais de 2.300 mortos dos dois lados do conflito.

O ataque do Hamas a Israel fez um abalo sísmico na política do Oriente Médio. Segundo especialistas, os serviços de inteligência de Israel fracassaram vergonhosamente. O território de Israel tido como inexpugnável, tombou feio diante do Hamas.

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina.
O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em seu estatuto, o Hamas se comprometeu com a destruição de Israel.

O ataque ocorreu um dia após completar 50 anos da guerra do Guerra do Yom Kippur, também conhecida como Guerra Árabe-Israelense, ou Guerra do Ramadão. O conflito militar ocorreu de 6 a 26 de outubro de 1973, entre uma coalizão de estados árabes, liderada por Egito e Síria, contra Israel.

Estive cinco vezes em Israel e nos países circunvizinhos. Uma cena chamou minha atenção ao visitar esses países. Homens rezando com terços na mão são as mesmas mãos que atiram bombas para matar.

A região da terra que Deus escolheu para o nascimento de seu único filho, Jesus Cristo, é um caldeirão efervescente de contentas, bombas, destruição e mortes.

Como se não bastasse a hecatombe climático, que mudou as condições climática em todo os continentes da terra, agora temos que conviver com mais uma guerra.

Não é porque estamos longe da carnificina que acontece no Oriente Médio que estamos livres de suas consequências. Podemos até não ter medo do homem-bomba, mas já sentimos os efeitos do homem da bomba. Como um 1/3 de todo o petróleo está no Oriente Médio, já estamos comprando a gasolina mais cara, e isso mexe com toda a economia. É ou não preocupante?

Definitivamente não foi esse mundo que Deus planejou quando o criou.

 

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Luiz Thadeu Nunes

Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante: o homem mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes da terra. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.  Membro do IHGM, Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; ABLAC, Academia Barreirinhense de Letras, Artes e Ciências; ATHEAR, Academia Atheniense de Letras; e da AVL, Academia Vianense de Letras, membro da ABRASCI. E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br

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