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Marcha, urgência e protestos marcaram o 7 de Setembro

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Cidadão nas alturas, gari com uma parada cardiorrespiratória, cordão feminino da Polícia Militar isolando o Grito dos Excluídos. Esses foram os destaques principais do 7 de setembro, em Aracaju, durante o desfile das forças militares e alunos das escolas das redes estadual e particular, na avenida Barão de Maruim, hoje pela manhã.  Entre instituições militares, entidades como a Maçonaria sergipana e os estudantes, foram 61 representações. O desfile começou às 8 horas e terminou por volta das 14 horas com o Grito dos Excluídos.

O governador em exercício, Belivaldo Chagas assistiu a todo o desfile, incluindo a passagem do Grito dos Excluídos, promovido pela Arquidiocese de Aracaju.   Ao lado do arcebispo da capital, dom José Palmeira Lessa, Belivaldo ouviu os manifestantes protestarem contra o parcelamento dos salários, as benesses do Poder Judiciário, a exemplo do auxílio-moradia no valor de R$ 4 mil para os juízes, além da criminalização dos movimentos sociais.  Os manifestantes pararam em frente ao palanque oficial e deram seu recado. Para o presidente do Conselho de Leigos e Leigas, Ricardo Lima, participaram do ato, cerca de 10 mil pessoas.

Camarote individual

Bem antes do Grito dos Excluídos, durante o desfile dos militares, um homem resolveu assistir à festa em cima de um semáforo, entre as avenidas Barão de Maruim e Gonçalo Prado Rollemberg. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar tentaram tirá-lo dali, mas sem sucesso.  No começo, os policiais fizeram um isolamento da área, mas desistiram e o rapaz só saiu de cima do poste quando quis.

Enquanto as tropas passavam e batiam continência para o governador em exercício, o gari Edmundo dos Santos teve uma parada cardiorrespiratória no meio da avenida e foi socorrido por médicos do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Foram minutos preocupantes com os médicos tentando ressuscitar o gari que, segundo os colegas, estava trabalhando e, de repente, caiu no meio da avenida. Depois, o rapaz foi levado para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde dele.

Além dos militares das Forças Armadas, Polícia Militar e Corpo e Bombeiros, desfilaram os alunos da Academia da Polícia Civil (Acadepol) e Guarda Municipal de Aracaju (GMA).  Entre uma apresentação e outra, o helicóptero da Polícia Militar e um aeronave deram voos rasantes na avenida Barão de Maruim.

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O gari Edmundo teve uma parada cardiorespiratória na avenida

Maçons sergipanos desfilam no 7 de setembro 
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Que país é esse?

Pelotão feminino para conter o grito

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Maçonaria – Este ano, cerca de 50 integrantes da Maçonaria sergipana desfilaram e, também, montaram um posto, na praça da Bandeira, e coletaram a assinaturas para o projeto Corrupção Nunca Mais. Os maçons das duas potências de Sergipe – Grande Oriente e Grande Loja – saíram às ruas com as jovens Filhas de Jó e os adolescentes da Ordem Demolay. Além de Aracaju, uma representação desfilou em Estância.

Várias instituições que cuidam de pessoas com necessidades especiais deram um show à parte no desfile, chamando a atenção para a inclusão destes especiais dentro da sociedade. Eles mostraram que estavam bastante preparados para a tarefa e não se incomodaram com o sol forte desta segunda-feira. Depois deles, foi à vez das escolas, algumas delas com banda marcial.

Antes do Grito dos Excluídos entrava na avenida, a Polícia Militar resvolveu inovar. Colocou um pelotão somente de mulheres  que, de certa forma, abriram a 21ª edição  como o seguinte mote: ‘Que país é este, que mata gente, que a mídia mente e nos consome”? Para o presidente do Conal, Ricardo Lima, o protesto foi apartidário. Os manifestantes, claro, não culparam a Polícia Militar pelo cerco e propuseram as militares um ato de desobediência, deixando o caminho livre para o Grito.  Elas, claro, não aceitaram.

O Grito, que reuniu representantes de mais de 20 entidades, teve como principais eixos: unir os generosos e generosas, desmentir a mídia, direitos básicos, as diferentes formas de violência, função do Estado, participação política e a rua é o lugar. “Nosso lugar é aqui na rua, protestando”, completou Ricardo Lima.

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Antônio Carlos Garcia

CEO do Só Sergipe

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