O Banco do Estado de Sergipe (Banese) segue uma trajetória de crescimento. Os números divulgados na quinta-feira, mostram que o banco apresentou um lucro líquido de R$ 106,1 milhões nos nove primeiros meses de 2024, um percentual positivo de 1.584% sobre o mesmo período de 2023. Este resultado deixou animado o presidente do banco, Marco Queiroz.
“A expectativa é que o banco continue crescendo de forma sólida e sustentável”, afirmou Marco Queiroz, ao destacar que a instituição segue somando aos esforços do Governo do Estado, “na trilha recuperação da economia sergipana, que ainda se ressente da dura crise econômica vivida no período de 2015-2018”.
O presidente assegurou que o banco tem o “apoio incondicional do governo do Estado”, que prioriza o Banese em todas as suas ações. Marco Queiroz elenca várias ações do goveno e ressalta que está a caminho o projeto de loteria estadual, em fase final de aprovação no Banco Central. Com a loteria, que Marco se refere, o governo tem como objetivo financiar ações voltadas ao fortalecimento de políticas públicas em áreas estratégicas. A missão de planejar, organizar e explorar os serviços lotéricos será do Banese.
“O Banese tem cada vez mais alavancas de crescimento, que culminará com a realização de mais um concurso público, já anunciado pelo governador Fábio Mitidieri”, destacou, também, Marco Queiroz. Esse anúncio foi feito em maio deste ano e a expectativa é que o cronograma seja divulgado brevemente.
Marco Queiroz fala também da performance do banco no setor imobiliário, do processo de vendas dos seus imóveis — algo comum em instituições financeiras — e também do papel social do Banese, que mantém o Museu da Gente Sergipana, através do seu braço social, o Instituto Banese, e de outras ações de valorização da cultura sergipana.
Esta semana, Marco Queiroz conversou com o Só Sergipe. Ele assumiu a presidência do Banese no dia 15 de março do ano passado. Ele é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, tendo ingressado por concurso público em 1989. É formado em História, Direito e com pós-graduação em Direito Civil.
SÓ SERGIPE – O Banese tem dados financeiros sobre este último trimestre até setembro? O que dizem esses números?
MARCO QUEIROZ: O Banese apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 106,1 milhões nos nove primeiros meses de 2024, um crescimento de 1.584% sobre o mesmo período de 2023. Somente nos três meses de julho a setembro deste ano, o banco registrou um lucro líquido de R$ 33,5 milhões, valor 830% superior ao registrado nos mesmos três meses do ano passado.
A carteira de crédito de desenvolvimento, que engloba as carteiras imobiliária, rural e de financiamento, cresceu 20,6% em um ano, com destaque para o crédito rural que teve um avanço de 40,2% em doze meses. Um feito muito importante para apoiar e alavancar o crescimento da economia de Sergipe.
SÓ SERGIPE – Partindo desse cenário, qual a expectativa do senhor para o fechamento do ano?
MARCO QUEIROZ: Partindo deste cenário, a nossa expectativa é que o banco siga sua trajetória de crescimento, gerando ainda mais valor para a sociedade sergipana.
SÓ SERGIPE – No primeiro semestre deste ano, o Banese teve um lucro líquido de R$ 72,6 milhões, uma evolução de 2.588,0% em relação ao mesmo período de 2023. Há de se esperar números tão expressivos quanto esses, neste segundo semestre?
MARCO QUEIROZ: A expectativa é que o banco continue crescendo de forma sólida e sustentável. O mais importante é que o Banese siga somando aos esforços do Governo do Estado na trilha de recuperação da economia sergipana, que ainda se ressente da dura crise econômica vivida no período de 2015-2018.
SÓ SERGIPE – Observando a carteira de crédito comercial do banco, para pessoas físicas e jurídicas, no primeiro trimestre deste ano houve um crescimento de 11,6% em um ano. Como está essa carteira agora?
MARCO QUEIROZ: A carteira de crédito comercial do banco, o crédito de livre destinação a pessoas físicas e jurídicas, cresceu 12,4% em doze meses. No crédito para pessoas físicas, o destaque ficou com as linhas de consignação, que já superam a marca de R$ 1,8 bilhão. Já para pessoas jurídicas, sobressaíram as concessões para capital de giro. Ou seja, a carteira de crédito comercial do banco teve um avanço acima da média do mercado.
O Banese segue detentor da maior fatia do mercado de crédito comercial em Sergipe, com 35,4% de participação, segundo dados do Banco Central do Brasil de agosto de 2024.
SÓ SERGIPE – Dentro de um ranking nacional, em que patamar se encontra o Banese? Desde quando o senhor assumiu a presidência, disse que o Banese seguiria forte. Ele está forte?
MARCO QUEIROZ- O Banese é avaliado por auditorias externas e tem as maiores notas ‘AA+(bra)’para o Rating Nacional de Longo Prazo, com Perspectiva Estável; e o Rating Nacional de Curto Prazo permanece em ‘F1+(bra), segundo a classificação da agência Fitch Ratings.
Atualmente, o banco estadual dos sergipanos está entre os 100 maiores bancos do país, de acordo com o ranking divulgado pelo Valor Econômico este ano.
E nos últimos dois anos o banco dos sergipanos se tornou ainda mais forte e sólido. Além dos resultados apresentados e da expansão da carteira de crédito, temos diversos exemplos que mostram que estamos no caminho do fortalecimento.
SÓ SERGIPE – Quais?
MARCO QUEIROZ – Inicialmente pelo apoio incondicional do governo estadual, patrocinado pelo governador Fábio Mitidieri, que prioriza o Banese em todas as ações de Governo, gerando reconhecimento de órgãos e instituições federais, que aumentaram repasses em 2024, como os R$ 8 milhões do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), e o repasse adicional de R$ 150 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) pelo Banco do Nordeste, como também a autorização da Caixa para o Banese operar com recursos do FGTS no financiamento habitacional. Ah, temos o projeto da loteria estadual que está em fase final de aprovação no Banco Central. Enfim, o Banese tem cada vez mais alavancas de crescimento, que culminará com a realização de mais um concurso público, já anunciado pelo próprio governador Fábio Mitidieri.
SÓ SERGIPE – Além dos números, o Banese anunciou, no início deste semestre, a venda dos imóveis onde estão as agências. Até que ponto estas vendas estão concretizadas?
MARCO QUEIROZ- A venda dos imóveis faz parte do plano estratégico e de capital do banco como alternativa para um crescimento ainda mais acelerado da carteira de crédito. A medida já é uma realidade nacional entre os bancos, como Caixa e Banco do Brasil. É importante destacar que a venda é obrigatoriamente seguida do chamado retro arrendamento dos bens, ou seja, após a venda, o comprador aluga o prédio para o banco.
SÓ SERGIPE – Logo depois que o Banese anunciou a venda dos imóveis, o Sindicato dos Bancários criticou a falta de diálogo do governo Mitidieri sobre esse fato. Inclusive, o presidente do sindicato, Adilson Azevedo, foi quem defendeu esse diálogo. Essa conversa chegou a acontecer com o senhor ou algum representante do banco?
MARCO QUEIROZ- No mercado financeiro, algumas informações precisam ser confidenciais e só podem ser divulgadas em momento oportuno. Assim que foi possível, nós chamamos o sindicato e apresentamos a estratégia. Inicialmente, houve um mal entendido, mas logo em seguida o próprio sindicato entendeu que era algo necessário para a manutenção da política de crescimento do Banese, e voltou atrás em seu posicionamento.
SÓ SERGIPE – No segmento imobiliário, para aqueles que desejam comprar uma casa, o Banese mantém o financiamento de até 90% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), com prazo de até 35 anos. Como está essa procura por financiamentos? O senhor poderia informar com números?
MARCO QUEIROZ – No crédito imobiliário, a elevação de 11,2% registrada no último ano é fruto de novas concessões para a construção de empreendimentos no setor (pessoa jurídica), além da realização de novas parcerias e o lançamento de um espaço exclusivo de atendimento, o ‘Banese + Imobiliário’. Além disso, um outro importante marco é que o Banco foi credenciado pelo agente operador do FGTS, a Caixa Econômica Federal, para financiar imóveis com recursos do Fundo.
SÓ SERGIPE – Gostaria que o senhor falasse, um pouco, sobre o lado social do Banese, apoiando entidades etc.
MARCO QUEIROZ – O Instituto Banese, braço social do Grupo, é mantenedor do Museu da Gente Sergipana, centro cultural que este mês alcançou a marca de 1 milhão de visitantes, e também administra o Largo da Gente Sergipana, ponto turístico fundamental no nosso Estado e que celebra as nossas raízes. Além disso, a instituição é responsável pela belíssima Orquestra Jovem, projeto patrocinado pela Energisa e que atende 260 crianças dos bairros Santa Maria e 17 de março.
Atualmente, 14 entidades são financeiramente apoiadas pelo Instituto Banese, para desenvolver projetos estratégicos que transformam a vida de centenas de jovens sergipanos. Na Vila do Forró de 2024, o Grupo Banese também apoiou a instalação e a manutenção do Bar da Inclusão no local, um projeto do Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades em Sergipe.
O Instituto Banese também foi eleito pelo Governo de Sergipe para implantar no estado 15 projetos estratégicos que resultarão na reforma e construção de museus, memoriais, e na Casa do Artesão dentro do Programa Integrado de Desenvolvimento Cultural e Turístico de Sergipe, o Viva-SE. Um investimento no valor de R$ 180 milhões liberados pelo BNDES e que representará um marco histórico para a perpetuação e a renovação da cultura sergipana.
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