sábado, 16/11/2024
Os médicos decidiram pela greve Foto: Ascom/Sindimed

Médicos de Aracaju retomam a greve

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Os médicos da rede municipal de saúde decidiram retomar a greve, que tinham suspendido temporariamente no dia 6 de maio. O vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), José Menezes, lamentou que a Prefeitura Municipal de Aracaju não queira negociar com a categoria e criticou o fato de seis pessoas já terem passado pela Secretaria de Saúde Aracaju e nada resolveram.  “Cada um diz que o problema não foi com ele. João Alves é quem foi o prefeito eleito e ele está sendo nocivo à categoria”, afirmou Menezes.

Com a greve, 50% dos médicos estarão trabalhando somente nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Nestor Piva, na avenida Maranhão, e na Fernando Franco, no Conjunto Augusto Franco. “O restante vai fechar tudo e o culpado é o prefeito João Alves Filho”, reforçou José Menezes. Ainda esta semana, a categoria vai redigir uma carta à população esclarecendo os motivos da greve.

Durante a assembleia, os médicos decidiram, também, que na quinta-feira farão uma visita ao Cemar, na rua Bahia para denunciar a péssima situação do local. “Lá, os médicos não têm condições de trabalho, não tem remédios e os exames solicitados para os pacientes demoram um ano para ficar prontos”, denunciou o vice-presidente do Sindimed.

Sem avanços nas negociações, os médicos vão fazer visitas aos postos de saúde do município para denunciar a má situação. Na quinta-feira, eles irão ao Cemar da rua Bahia para mostrar que lá os médicos não têm condições de trabalho, não tem remédios e os exames solicitados aos pacientes demoram um ano para ficar pronto.

“Tem uma médica, no posto José Machado dos Santos, no bairro Santos Dumont, que leva um ventilador todos os dias, porque não tem quem aguente. Não existem condições de trabalho”, denunciou.

Desde dezembro do ano passado, que a categoria reivindica melhorias salariais para os cerca de 600 médicos da rede. Segundo Menezes, os  médicos especialistas ganham cerca de R$ 3.600 mensais, enquanto  que  os não especialistas que trabalham 40 horas semanais recebem cerca de R$ 5 mil. A categoria quer o piso de R$ 12.993, por 20 horas, proposto pela Federação Nacional dos Médicos.

 

 

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