segunda-feira, 18/11/2024
auxílio emergencial
Auxílios: O pós-eleição será imprevisível e difícil para qualquer eleitor(a) em nosso país Foto: Marcello Casal Jr Agência Brasil

Menos “auxílio” mais emprego não vicia o cidadão(a)

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Coditiano
Valtênio Paes (*)

Aprovado no Congresso mais de 42 bilhões para diversos tipos de auxílio sem critério nem contrapartidas. Desde o início, profissionais liberais, pequenos proprietários e comerciantes receberam o “auxilio Brasil” sem qualquer fiscalização fazendo com que muita gente se acomodasse. O caos na distribuição aumentará com o maior valor e uso político de candidatos nesta eleição. Tentar ganhar o voto conivente com o caos ante a falta de critério justo socialmente e de contrapartida daqueles que recebem é estelionato eleitoral.

O governo atual posou defendendo o liberalismo e chega ao final de mandato praticando o assistencialismo eleitoreiro. Contradição vergonhosa, por isso até banqueiros assinaram a carta em defesa da democracia. Deliberadamente inventou “estado de emergência” livrando-se das amarras da contabilidade pública e do Tribunal de Contas. Drena com o auxílio a tentativa da reeleição. Que eleitores(as) tenham juízo. O pós-eleição será imprevisível e difícil para qualquer eleitor(a) em nosso país.

Luís Gonzaga cantava desde o século passado “uma esmola a um homem que é são ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”. Podemos ainda dizer que “caridade” eleitoreira não viciará o cidadão? O consciente politicamente quer emprego, saúde, ensino de qualidade, segurança, saneamento, redução da desigualdade, fim da miserabilidade que assola milhões de brasileiros(as).Quase  10% da população mundial  vivem em situação de extrema pobreza, já no Brasil passam de 23 milhões de pessoas. Se os gestores públicos apostarem em programas de emprego, renda, cultura e ensino o paliativo auxílio não viciará o cidadão(a).

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(*) Valtênio Paes de Oliveira é professor, advogado, especialista em educação, doutor em Ciências Jurídicas, autor de A LDBEN Comentada-Redes Editora, Derecho Educacional en el Mercosur- Editorial Dunken e Diálogos em 1970- J Andrade.

** Esse texto é de responsabilidade exclusiva do autor.  Não reflete, necessariamente, a opinião do Só Sergipe.

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