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Meta atingida, 150 países visitados

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Luiz Thadeu (*)

Vinte e dois dias viajando pela América Central, estou no aeroporto de Belize, aguardando o voo de volta para o Brasil. Esta foi minha primeira viagem internacional pós-pandemia. Desde março de 2020, quando o mundo efetivamente tomou conhecimento da gravidade do coronavírus e sua letalidade, que não cruzava a soleira de minha casa, em São Luís do Maranhão, e ganhava o mundo. Foram 30 meses sem viajar para fora do Brasil. Longo tempo para quem gosta de viajar e tem metas a cumprir.

Saí de São Luís no começo de setembro. Primeiro São Paulo, onde lancei o livro “Das muletas fiz asas”, na livraria Martins Fontes, graças ao empenho do editor Raimundo Gama, da N’versos, e de toda a sua esquipe.

De São Paulo embarquei para o Panamá, seguindo viagem, por terra, para seis novos países, até então desconhecidos: Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala e, finalmente, Belize. Optei por viajar de ônibus entre os países para realizar um velho sonho. Conhecer o interior desse fascinante e surpreendente continente.

Encontrei uma realidade diferente do que estava acostumado a ver em viagens pelos cinco continentes. Por causa dos protocolos sanitários impostos pelo coronavírus, tive que apresentar a carteira internacional de vacinação em cada fronteira que passava. Além do comprovante de vacinação contra a febre amarela.

Encontrei um mundo mais caro, com inflação causada pela guerra na distante Europa – entre a Rússia e a Ucrânia -, que desorganizou as economias locais. Tudo muito oneroso para quem carrega reais convertidos em dólares. Acredito que dificilmente o mundo voltará a ser como antes.

O continente americano é formado por 36 países, dividido em três Américas: América do Norte, 3 países; América Central, 20 países; América do Sul, 13 países.  Visitei os três países da América do Norte mais de uma vez. Nesta caminhada fecho todos os 20 países da América Central. Da América do Sul só faltam as três Guianas.

Gosto de viajar pela América espanhola. Me encanta o idioma, muito próximo do português. Um povo alegre, musical, afável e hospitaleiro; culinária marcante, muita cultura e tradição. A América Central é um lugar para voltar sempre. Renovar as energias.

Luiz Thadeu feliz com o retorno às viagens

Também nesta viagem tive oportunidade de ser entrevistado por jornais de destaque em quatro países. Sou um contador de histórias, fico feliz em contá-las. Na Costa Rica fui matéria do La Teja, influente jornal de San Jose. Em Honduras tive a oportunidade de falar das caminhadas pelo mundo ao jornal El País, um dos maiores do País. Em El Salvador, a entrevista foi para o periódico Diário de El Salvador; e na Guatemala, fui destaque no principal jornal impresso do país, La Prensa. Em todos ocupei página inteira, com chamada de capa. E, o melhor, tive um artigo publicado no jornal El País, de Tegucigalpa, Honduras.

Um fato curioso me chamou atenção. Não encontrei com brasileiros em nenhum lugar por onde andei. Nem nos hotéis e hosteis onde me hospedei, nem nos lugares históricos e/ou turísticos.

Luiz Thadeu renovado com o retorno às viagens

Mesmo cansado pelo ritmo frenético da viagem, pois a cada três dias tinha que mudar de país, estou feliz e grato ao bom e maravilhoso Deus em ter me trazido até aqui com saúde física e mental. Chego a 150 países visitados em todos os continentes. Um feito extraordinário para um homem que, mesmo com suas limitações, tem os sonhos como sua matéria-prima.

Falta pouco. Na classificação da ONU, são 194 países; portanto restam 44 países a serem visitados.

Agora, é voltar para casa, reorganizar as finanças, planejar novos roteiros e, na hora certa, cair no mundo novamente, como um giramundo.

Em uma entrevista para o jornal La Prensa, a jornalista Ingrid Reyes me perguntou:

– Sr. Luiz, o que mais lhe fascina em suas andanças pelo mundo?

– As pessoas, são as pessoas que movem o mundo.

 

_________

(*) Luiz Thadeu Nunes e Silva é engenheiro agrônomo, palestrante, cronista, escritor e viajante. Autor do livro “Das muletas fiz asas”, e o sul-americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 150 países em todos os continentes do mundo.

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Luiz Thadeu Nunes

Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista e viajante: o homem mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes da terra. Autor do livro “Das muletas fiz asas”.  Membro do IHGM, Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; ABLAC, Academia Barreirinhense de Letras, Artes e Ciências; ATHEAR, Academia Atheniense de Letras; e da AVL, Academia Vianense de Letras, membro da ABRASCI. E-mail: luiz.thadeu@uol.com.br

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