Por Rocelito Paulo Pinto (*)
Minha doce e amável Isabella!
Queria eu ter suficiente sabedoria
Para, nesta data tão importante,
Confessar meus mil conselhos
Dentre os mais interessantes,
Que viessem a proporcionar, a você,
Numa singela poesia,
Os doces sabores que nutrem a essência
De uma vida simples, boa, e sempre bela…
Pois posto a afortunada experiência
Que a duras penas angariei,
Queria fazê-la herdar
O que nesta vida eu pude aprender,
Transmitindo-lhe, ao menos, tudo o que sei
Neste meu humilde testamento,
Para vê-la caminhar e crescer sempre feliz
Até mais do que eu pude ser,
E assisti-la vivendo muito melhor
Do que eu até agora consegui viver…
Meu primeiro conselho, dos mil a proferir,
É que você viva cada dia, todos os dias,
Na harmonia de uma consciência sã
Imersa em imensa riqueza e sabedoria
De forma que você sempre veja a vida e o existir
Como se noventa anos tivesse
Assim, serena, luminosa,
Como uma estrela que navega formosa
Irradiando brilho permanente,
Mas sempre no afã
De renascer diariamente
Feito poema a inspirar uma prece
Na beleza de uma primavera num eterno porvir,
Como se fosse exatamente hoje, e não amanhã,
A cada dia, todos os dias,
Que apenas quinze anos
Você doce e poeticamente completaria!
Porque o segredo de uma vida feliz,
Minha cara Isabella,
Não é nunca envelhecer,
Mas, sim, acumular conselhos e virtudes
Em conquistas, aprendizagens e atitudes,
Na sublime projeção em que você possa alcançar
Os seus noventa anos
Sem jamais perder uma só gota da sua juventude!
Meu segundo conselho, dos mil que tenho a oferecer,
É que você não jogue as suas bonecas no lixo,
Por mais surradas que elas possam estar
Por mais ultrapassadas que possam parecer…
Suas bonecas sempre contarão a você
As histórias que ninguém jamais contará…
Elas sempre serão um indubitável arquivo
De um tempo em que a felicidade
Só dependia única e exclusivamente de você…
De um tempo que ser você, sendo você,
Era como ser uma flor,que de tão inocente
Simplesmente perfumava
Sem os pecados que os adultos inventam
Para se fazerem impolutos,
Sem as cores que os estéticos pintam
Para se fazerem significativos,
Sem os padrões que os doutos estabelecem
Para se tornarem absolutos…
Saiba que no fim, minha cara e adorável Isabella,
Estes adultos nada mais são
Do que crianças que encaneceram indômitos, porém cativos,
De ideologias, conceitos e preconceitos
Que os tornaram velhos ainda jovens,
Vendo a vida passar sem sonhos e sem objetivos…
Minha cara e doce Isabella,
Nunca jogue fora suas bonecas:
Porque se um dia, por acaso,
Você quiser chorar sozinha,
Naquele momento em que a dúvida
Reduz todo o universo à grandeza de uma caneca,
Nada melhor do que as suas bonecas
Para chorar com você,
Porque elas deixarão
Você chorar em silêncio profundo…
Elas guardarão, feito sentinelas,
Respeito e dignidade às suas lágrimas,
Em sabedoria generosa e pacífica,
Simplesmente amparando em eternos segundos
Sem cobranças angustiantes,
As lágrimas honestas e repletas de esperanças
Da pessoa mais magnífica
Que possa existir neste mundo,
Ainda que esteja chorando!
Minha adorável Isabella,
Nunca jogue fora suas bonecas,
Porque serão elas que irão lhe revelar
Da forma mais sincera e genuína,
Que ainda que você tenha que chorar,
Sempre haverá tempo para crescer e construir,
Amar, trabalhar, aprender e se divertir,
Sem nunca deixar de ser menina…
E quando o pranto cessar,
Serão suas bonecas que depois de tudo
Lhe confidenciarão que é no penedo bruto
Que se forja o diamante que enfeita a vida,
Que é no solo sulcado,
Revirado, tombado,
Que se inspira um jardim
Das mais variadas flores
A multiplicar-se num universo de perfumes
Eternizando-se em infinitas pétalas coloridas…
E assim você descobrirá
No canteiro do seu coração
O berço do que pode haver
De mais belo e sagrado
Numa alma feminina…
E será assim, minha afável Isabella,
Que todas as lágrimas
Num poema inédito,
Construirão os versos
De uma inesquecível canção!
Conquista essa que você, mais tarde,
Descobrirá, sorrindo,
Plena e empoderada, que chorar
Nunca será desperdício de tempo e de vida…
E só aí então é que suas bonecas lhe decifrarão
Que flores, como você,
Poeticamente quando choram,
Apenas perfumam o universo
Enquanto permitem divinamente verter
As lágrimas do orvalho que anunciam
A beleza de um eterno e novo amanhecer!
Meu terceiro conselho,
Dos mil que prometi,
É que tenha sempre cuidado com a sua mãe,
Ela irá estragar seus filhos!
Porque teimosa e reticente dará a eles
Escondida de você,
As tortas e os brigadeiros
Que você nunca lhes consentiu…
Ela vai dizer para eles que você é boba
E vai ter com eles a paciência de um jabuti
Que com você não pôde ter,
E vai ficar simplesmente gargalhando,
Vendo-os saltarem no seu sofá preferido,
Incentivando todas aquelas travessuras
Que a você, por amor, nunca permitiu…
Tenha cuidado com seu pai…
Ele vai dizer para os seus filhos
Que tempo bom era o dele,
Quando corria num quintal aberto
E empinava pipas ao vento,
Assustava porquinhos da índia no mato,
Comia perereca com gosto de rã,
Pedalava pelas praças ao relento
Apertava campainhas e saía correndo,
E pulava a janela do quarto
Escondido do pai e da mãe,
Nos primeiros raios da manhã…
Por fim, ele falará garboso
As coisas boas que fez e os riscos que correu,
Os fantasmas e monstros que enfrentou,
Mas que por proteção e amor
Nunca permitiu que você chegasse perto…
Lamento dizer, minha querida,
Mas seus pais vão estragar seus filhos…
Mas não se perturbe por isso,
Nem se dê ao luxo de discutir
Se tal gesto é errado ou se tal procedimento é certo…
Pois você também há de cometer os mesmos erros
E decerto,
Haverá de se vingar dos seus pais
Estragando você mesma os seus próprios netos…
Meu quarto conselho, dos mil que hei de trazer,
É que você nunca tenha menos do que três amigas…
Uma amiga só, se torna chato, egoísta e prepotente,
E ela vai querer tomar posse até da sua respiração…
Duas amigas criam ciúmes e falsa reciprocidade,
Três geram inútil e infantil competição…
Quatro amigas é de bom tamanho:
Elas farão com você um soneto,
Viverão com você um sonho
Que até poderá virar, quem sabe,
Um longa-metragem ou uma novela…
Mas, minha cara Isabella,
Nunca tenha menos do que três amigas…
Mas também nunca mais do que cinco!
Seis amigas começam compartilhando
Sapato, bolsa e brinco,
Depois repartem segredos e histórias,
Viagens, festas e barzinhos…
E quando não, se apaixonam, ficam grávidas
E vão querer que você sinta enjôos junto com elas
E farão você se interessar até por sapatinhos de tricô!
Mas não duvide do que revelo neste conselho:
Elas certamente falarão muito mal de você
Se não presentear com fraldas Huggies ou Pampers
Aquele lindo bebê com cara de joelho!
Elas sempre vão concluir que só fralda de marca relevante
É que pode traduzir o valor da amizade entre vocês
E vão esquecer que fralda é apenas um envelope para cocô!
Todavia mais de cinco amigas
Não é amizade, é aglomeração,
Que no fim só produzem convulsão,
E nunca mais devolvem as histórias compartilhadas…
…E nem os brincos!
Por isso, minha doce Isabella,
Nunca tenha mais do que cinco amigas…
Com cinco amigas voce terá a certeza
De que quando você espirrar
Pelo menos uma vai lhe dar pastilha,
Outra vai lhe dar um nome de xarope,
E ainda terá uma terceira amiga
Para lhe dizer fraternalmente que também já espirrou,
E assim as outras não lhe farão falta…
Não importa… Menos de cinco nunca dá confusão
E elas sempre estarão presentes no seu aniversário
E vão lher trazer presentes decentes!
Mais de cinco, elas esquecem que você fez quinze anos
E ficam lembrando as histórias
Que você queria esquecer…
E quando elas viajam,
Fazem da sua casa um mostruário
Com bibelôs baratos e esquisitos,
Do tipo fui ali e lembrei de você…
Meu quinto conselho, dos mil que eu citarei,
É que você não ouça os conselhos das pessoas invejosas…
Eles vão sempre desejar o que você deseja,
Vão sempre sonhar o que você sonha,
Vão sempre amar o que você ama…
Mas nunca vão querer que você seja
O que você realmente almeja ser,
Nunca vão acolher o que você ama amar,
E vão destruir os sonhos que você lutou para tê-los.
Sempre saiba que se com os invejosos,
Você fez quinze anos,
Sem eles você fará noventa
Sendo muito mais feliz e sem ter que sofrê-los.
Meu sexto conselho, dos mil que carrego
É que você nunca permita que lhe digam
Como se sentir, e nem o que fazer…
A menos quando isso lhe interessar!
Você sempre irá encontrar pessoas que lhe dirão
O que elas não dizem para elas mesmas,
E elas sempre repetirão
Todos os mesmos conselhos
Que por elas nunca foram escutados…
E tome cuidado com a pessoa que diz
Estar falando para o seu próprio bem…
Ela só queria estar no seu lugar,
Ser o que você é,
Fazer o que você já mostrou ser capaz,
Mas sem passar pelo que voce passa,
Sem fazer o que você faz…
E eu posso categoricamente afirmar
Que sua felicidade está
Naquilo que no seu coração você traz
E no jeito que você é,
Sem precisar que outros lhe digam
O que você deve ser…
Tenha sempre fé em si mesma
Porque você só é incapaz
Daquilo que você não deseja.
Meu sétimo conselho dos mil que eu disse que daria
É que você nunca traia seus princípios…
Mas para isso devo dizer
Que primeiro você deve ter princípios
E depois deve bem conhecê-los…
Tenha sempre seus próprios princípios
E você verá que o mundo dependerá de você…
Se você não tiver princípios
Você é quem dependerá do mundo
E depender do mundo, meu bem,
É como se fosse um grego que cantasse
A mais linda canção que um troiano compôs,
É como se fosse a rosa que exalasse
O perfume de um branco e maltratado jasmim
Num jardim de acácias amarelas…
É como se fosse a lua cheia a refletir
A luz de um sol, depois que o sol se pôs…
Minha doce e cara Isabella,
Tenha seus próprios princípios
E você irá perceber
Que poderá ser o sol que constrói o dia
Ainda que em algum momento da vida
Tenha que parar para anoitecer…
Meu oitavo conselho dos mil que hei de trazer
É que você possa exercer uma profissão
Que você ame fazer…
Mas por favor, não ame ser professora!
Professores neste país
Dão nota zero aos seus alunos
E assim não recebem o reconhecimento que poderiam merecer
Como construtores do futuro,
E por isso são esquecidos depois que ensinam
Todas aquelas teorias que enquanto alunos,
Também não quiseram ouvir e saber…
E se puder um dia, faça filosofia,
Mas não me pergunte por quê,
Porque essa resposta só se conquista
Depois que a filosofia conquista você…
Mas se você decidir ser professora,
Então seja professora,
Mas nunca esqueça que a vida
É um eterno e perseverante aprender,
E nunca conceda, sob qualquer pretexto,
Uma nota zero qualquer…
Porque, minha amável Isabella,
Zero é o universo de uma pessoa sem valor,
Zero é a ausência do perfume numa flor…
Zero é a inconsistência de uma vida
Sem sabor… sem amor… sem fé…
Zero é um poema sem consciência…
Zero é um conselho sem essência…
Zero é o fracasso de um professor!
Mas se você tiver que praticar uma nota zero,
Faça-o sem temor,
Mas o faça ensinando,
E receberá significativo reconhecimento
Que a preservará eterna na lembrança
Daquele que receber o seu zero como instrumento de amor!
Meu nono conselho dos mil que eu quero lhe proporcionar
É que um dia você se apaixone
E, quando você se apaixonar,
Que você se apaixone intensamente
Mas que seja uma paixão tão linda,
Tão profundamente linda
Tão profusamente infinda
Que seja daquelas que fazem o coração doer,
Mas que no momento em que você esteja sofrendo,
Por estar apaixonada,
Ainda que esteja entregue a uma paixão devastadoramente cega,
Que você demonstre destemidamente ao seu coração
Quem é que manda,
Para que voce nunca esqueça que paixão
É uma experiência milagrosa
É uma sensação prodigiosamente fascinante,
É uma viagem fascinantemente prodigiosa…
Mas que tem que ser como uma nave espacial
Que flutua mas navega
E não como um carro que capota mas não anda…
Meu décimo conselho para você, Isabella,
É que você tenha sempre quinze anos…
Mesmo que as rugas do tempo
E o retrato na sua identidade
Queiram gritar que é noventa…
Porque o bom da vida é ser eternamente jovem,
Sem nunca deixar de envelhecer…
Então, minha inestimável Isabella,
Tenha muito cuidado com o plantar…
E tenha ainda mais cuidado com o colher…
Só não plante tâmaras!
Plante sonhos!
Plante livros!
Plante amigos!
Plante flores!
Plante poesias!
Plante sorrisos!
Plante batatas!
Só não plante tâmaras, Isabella,
Porque quando a vida se tornar a mais bela canção,
Você deverá estar apta
Para ser a primeira a colher-lhe os frutos da beleza
Com os olhos da alma e com as janelas do coração!
Meu décimo primeiro conselho, dos mil que vou compartilhar,
É que você leia… Leia bons livros,
Mas leia apenas os livros que forem bons para você…
Assista a bons filmes
Mas apenas os filmes que você goste
E não aqueles que fizeram spoiler para você…
Vá ao teatro, mas só assista peças cuja história
Seja uma história interessante para você…
E se ao teatro for,
Assista peças de atores que não envelhecem
Mas não assista a espetáculos
De artistas que um dia morrem…
E qual a diferença? A diferença você saberá
Quando você conseguir viajar
Na interpretação que emociona,
No amor ao personagem que eterniza
No drama que sangra sem sangrar,
Na comédia que faça rir de tanto chorar
Na saga de uma vida que apaixona…
E que terminada a viagem
Você traga na bagagem
O gosto de viver e de amar,
Mas de uma forma tão intensa
Em sonhos tão verdadeiros e tão insanos,
Que, mesmo tendo noventa,
Você deliberadamente voltará a ter quinze anos…
Meu décimo segundo conselho para você
Minha doce Isabella,
É que você tenha uma lista
Com os cem, não mil, mas cem melhores lugares
Para conhecer antes de envelhecer…
Cem é um número fácil de se conseguir realizar
E depois que os alcançar,
É só listar mais cem…
E depois mais cem…
E depois também…
Mas se você quiser fazer uma lista com mil,
Metade da sua vida será
Só relacionando lugares e lugares
Que jamais irá visitar…
Então escolha apenas cem
Para que você possa conhecê-los bem
Antes de envelhecer…
Você verá, que vale a pena viver
Descobrindo que cada lugar tem sua magia
E o seu encanto…
E quando lá estiver,
Não se agaste com o sol escaldante
Ou com a neve flocante,
Só curta a vida com aquilo que a vida tiver
De mais interessante,
E anote um lembrete que você jamais deve esquecer:
Viaje muito e abuse das fotografias,
Mas não estufe sua bagagem
Com porcarias do tipo
“Fui ali e lembrei de você…”
Quando for passear, leve só o necessário
Mais do que isso, não é viagem: é mudança!
Por isso o segredo de uma excepcional viagem
É curtir o conforto do que possa caber em uma mochila
E não permita que a sua mala se transforme num armário…
Meu décimo terceiro conselho,
Dos mil que tenho a propor,
É que você nade no mar sempre que der vontade,
Ou que ande descalça no calçadão de Copacabana
Num domingo à tarde!
Que você se bronzeie sempre que você quiser curtir o sol
Ou que pare para degustar
Inocente pastel de queijo com caldo de cana!
Que você escale sem cordas o Cristo Redentor
Quando tiver com ansiedade!
Que salte de paraquedas de um helicóptero com hélices cortadas
Quando o salário for maior que a vaidade!
Que você esquie poderosa se tiver neve nos Alpes…
Que você compre casaco de pele
Mas só os de pele sintética, por favor,
Em Milão, na Capadócia ou na Patagônia,
Ou que colha tulipas em Amsterdam…
Que você defenda as girafas albinas da Amazônia
Ou que você possa contar
As voltas dos moinhos de ventos holandeses…
Mas nunca se esqueça de voltar para casa,
De manhã,
E que volte viva, inteira e serena,
Todas as vezes,
Para real e poeticamente fazer valer a pena
Cada gota da aventura que você possa realizar,
Na tranquilidade de quem come um prato de brigadeiro
Sem nenhum medo de se lamentar…
Meu décimo quarto conselho
Dos mil que eu tenho para você bem se instruir,
É que nunca se permita socialista!
Seja só humana!
E quando chegar ao esplendor
Dos noventa anos de idade,
Mesmo tendo quinze,
Voce vai saber o quão doce, amável e bacana
Será ser você, apenas você,
Sem os clássicos apelos antropológicos
Que não alimentam a alma de ninguém…
Eu sei que haverá alguém
Que há de dizer: “não entendi!”
Não, meu anjo, esse é o único conselho que não se explica!
Esse conselho se conquista
Com o coração, com a alma e com os anos…
Por isso seja apenas humana, tenha seus próprios ideais
Mas não seja socialista!
Mas se voce achar que deve ser,
Então seja socialista,
Mas não viva conceitos só porque pareçam bonitos ou humanos
E nem defenda sonhos que por tolos, jamais irão acontecer…
Meu décimo e quinto conselho,
Dos mil que eu construi,
É que você seja sempre feliz
Mas nunca espere saber o que é felicidade…
E que quando você tiver a certeza
Que nada mais resta a fazer,
Construa os seus próprios ensinamentos
E complete os mil conselhos
Que eu não terminei de produzir…
E se eu não te disse tudo é porque
Pela pessoa empoderada e maravilhosa que você é,
Nada mais eu precisaria completar…
Você já tem quinze anos
Mas a beleza de sua alma feminina
E o caráter de sua personalidade
Nos dão a certeza da grande mulher
Que se oculta nesse coração de menina.
E quando você tiver noventa anos
Lágrimas de saudades dos seus olhos vão correr
Ao recordar que em quinze páginas
Alguém tão pobre como eu
Ficou muitíssimo agraciado pela oportunidade
De ministrar pelo menos quinze conselhos de felicidade
A uma pessoa tão sábia como você…
Que você seja sempre a própria beleza
De uma vida plena e bela:
Na certeza de que os seus quinze anos
Fizeram parte da melhor parte da nossa vida,
Seja muito, mas muito feliz,
Minha doce e amável, Isabella!
Em algum lugar no Universo, em alguma data qualquer,
Sempre, outra vez!
Seu fã e tio.